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3.30.2011

ANOREXIA E BULIMIA: UM PROBLEMA MAIS COMUM DO QUE SE IMAGINA


Anorexia e bulimia: um problema mais comum do que se imagina
Mais do que nunca, é preciso tratar os distúrbios com seriedade.

Quando o assunto é o nosso corpo, a primeira coisa que vem à cabeça é a preocupação com o peso. Seja homem ou seja mulher, os quilos a mais passaram a ser um incômodo e, às vezes, razão de vergonha e constrangimento. O problema é que, nesta situação, cada pessoa costuma reagir de uma maneira. Enquanto uns optam por mudanças em sua vida e passam a conviver com hábitos mais saudáveis, outros, por diversas razões, acabam desenvolvendo duas doenças que estão se tornando cada vez mais frequente: a bulimia e a anorexia.
A Anorexia se dá quando a pessoa tenta ficar sem comer o maior tempo possível ou, quando ingere qualquer tipo de caloria, faz exercícios descontroladamente para tentar compensar. Já na Bulimia, quando a pessoa come, vomita na mesma hora, acreditando que pode comer para saciar a vontade e a necessidade e vomitar para não engordar aquelas calorias.
A maioria das pessoas que sofre desse distúrbio tem entre 15 e 30 anos, sendo que grande parte são mulheres e raramente enxergam sua forma física de acordo com a realidade. Elas se consideram acima do peso e acreditam que tem que fazer de tudo para emagrecer.
Carolina Gil, nutricionista do hospital do coração de São Paulo, acredita que é na adolescência que está o perigo, pois com as turbulências advindas desta fase, os pais podem nem desconfiar do que está acontecendo. Contudo, para essas doenças, o tempo é um dos maiores inimigos, uma vez que o organismo da pessoa vai se desgastando.
Foi o caso de Marcelo Gil, pai de Julia, hoje com 21 anos: “Ela não comia nada, às vezes comia meio pacote de macarrão instantâneo e dizia que estava indisposta. Eu sabia que ela vomitava com frequência, mas achava que ela realmente passava mal após comer. Acreditava que era coisa normal, de menina”.
Julia, que começou com o distúrbio aos 16 anos tentava esconder a doença de todo mundo, mas dois anos depois começou a se sentir fraca, sua garganta ardia e até sangrava algumas vezes. Foi quando percebeu que precisava de ajuda e começou a fazer terapia.
No mundo virtual, as meninas encontram uma verdadeira comunidade, onde se apoiam e usam até uma pulseirinha para se identificar. Na internet, elas também encontram o exemplo de diversas celebridades, que trabalham com sua imagem e necessitam estar magras para o sucesso de sua profissão.
Suzana Machado é musicista e sofre com a doença há anos. Como também é pedagoga, ela convive com crianças e explica que já na pré-escola começa o preconceito em relação ao excesso de peso: “O preconceito vai de casa para a escola, e as crianças ficam tão traumatizadas que, na adolescência, quando já tem mais autonomia, eles decidem fazer uma mudança radical”
Os distúrbios alimentares podem ter sérias consequências, ocasionando até o falecimento do paciente. Anemia, câncer de traquéia e esôfago também são doenças geralmente ocasionadas pelos distúrbios. Os tratamentos podem envolver terapia, acompanhamento médico, em casa e até internação.
Sua Dieta 

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