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3.02.2011

ENDOMETRIOSE: ESTUDO ASSOCIA PROBLEMA AO CONSUMO EXAGERADO DE GORDURA TRANS

Endometriose: estudo associa problema ao consumo exagerado de gordura trans
Pesquisa revela que alimentação influencia diretamente no desenvolvimento da doença.

Segundo a pesquisadora da Universidade de Harvard, Stacey Missmer, autora do estudo, as mulheres que consomem mais ácidos graxos como o Omega-3 tiveram 0,78% menos chances de desenvolver a endometriose. As que consumiam maior quantidade de gordura trans aumentaram em 1,44% o risco de ter a doença.
A pesquisa é a maior já feita para investigar a ligação entre a alimentação e o surgimento da endometriose nas mulheres. Além disso, também é o primeiro estudo propenso a identificar um fator de risco modificável para a doença.  Para isso, o estudo reuniu dados de cerca de 120.000 enfermeiras estadunidenses, com idades entre 25 e 42 anos, que nunca tivessem sidos diagnosticadas com a endometriose.
Depois de 12 anos acompanhando a dieta dessas mulheres, descobriu-se que mais importante do que saber a quantidade total de gorduras ingeridas, era saber o tipo delas, se trans ou Ômega-3. Ficou constatado que a influência dos ácidos graxos sobre a produção de prostaglandinas e sobre a resposta inflamatória do corpo foi mais prevalente nas mulheres cujas dietas continham mais Ômega-3, o que as protegeu contra a endometriose.
Por outro lado, também ficou provada a hipótese de que mulheres que seguem dietas com uma maior prevalência de gordura trans têm um risco maior de serem diagnosticadas com endometriose, o que realmente aconteceu.
"O estudo americano nos revela que a endometriose, assim como muitas doenças crônicas, também apresenta fatores de risco. Os estudos epidemiológicos realizados em todo o mundo têm sido fundamentais na identificação de fatores de estilo de vida que podem contribuir com o aparecimento da doença.”, explica o Prof. Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.
Ainda segundo o especialista, assim como os médicos já fazem recomendações sobre o estilo de vida visando prevenir doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer, é hora de acreditar que os fatores modificáveis também podem ser identificados no campo da saúde reprodutiva, visando a redução dos casos de infertilidade.

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