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3.15.2011

A fórmula do humor

Uma nova teoria sobre o humor divulgada nesta terça-feira (15) propõe, curiosamente, uma fórmula matemática para identificar a causa e o nível das respostas humanas a estímulos humorísticos. O cálculo é representado pela equação h = d x s (na publicação original, em inglês, o “d” é substituído pela letra “m”).

O autor da fórmula, Alastair Clarke, argumenta que o fato de o ser humano depender de seu próprio ambiente cultural para desenvolver o humor torna sua tese não apenas comprovável, como também a dá a ela “uma importância sem paralelo”. Ainda assim, ele alerta que não pretende afirmar que todas as pessoas seguem uma fórmula algébrica antes de rirem, mas apenas comprova que existe uma certa constância.

O cálculo matemático partiu da constatação de que o humor está ligado à falta de informação e à percepção que o ser humano tem sobre determinado assunto. O homem só vê graça naquilo que desconhece e que é diferente do que está acostumado. Por exemplo, costuma-se achar graça em uma situação em que outro indivíduo age de forma oposta àquela que é culturalmente aceita.

O prazer que sentimos, o humor (h), portanto, seria calculado multiplicando-se o grau de desinformação (d em português e “m”, de misinformation em inglês) percebida pelo grau com o qual o indivíduo pode levar a situação à sério (s). h = d x s.

Segundo essa teoria, então, o humor existe como um mecanismo que encoraja o homem a interpretar uma informação diferente daquela com a qual está acostumado sem rejeitá-la - ao invés de interpretar o diferente como potencialmente perigoso, o ser humano ri. Isso só ocorre quando não se enxerga perigo na situação; quando o indivíduo enxerga apenas uma codificação cultural diferente e inofensiva. Quando uma pessoa sorri, portanto, ela teria conseguido atingir esse grau de percepção.

“É claro que não estou tentando dizer que todos nós passamos por um processo matemático racional toda vez que achamos alguma coisa engraçada, mas esse esquema algébrico reflete a reação instantânea do cérebro a informações potencialmente perigosas (que poderiam ser mal interpretadas)”,
Época 

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