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3.23.2011

Sangue universal

Biotecnologia

Capa em glóbulos vermelhos pode criar sangue universal

Técnica cria disfarce para células do sangue e engana sistema imunológico

Blood-620-size-598 Uma cápsula de polímero esconde a célula do sistema imunológico do paciente. No futuro, transfusões entre sangues de todos os tipos serão possíveis (Comstock Images)
Cientistas anunciaram um passo importante rumo à transfusão de sangue universal. Pesquisadores da Universidade de McGill (Canadá) desenvolveram uma forma de envolver células sanguíneas em cápsulas feitas de polímero. A cobertura serve como disfarce, fazendo com que a célula fique invisível ao sistema imunológico do paciente. O estudo foi publicado no periódico americano Biomacromolecules.
O tipo errado de sangue em uma transfusão pode desencadear graves reações e levar até à morte. É por isso que os cientistas há muito tempo tentam desenvolver uma célula sanguínea que sirva para qualquer pessoa. Para chegar ao "sangue universal", os cientistas desenvolveram uma casca de polímero que envolve as células vivas. Mesmo cobertas, o oxigênio consegue atravessar a superfície do polímero. Com isto, sua principal função é mantida: oxigenar os órgãos do corpo.

Para realizar uma transfusão é preciso que o sangue do doador seja compatível com o de quem vai recebê-lo. Existem oito tipos comuns de sangue baseados em quatro grandes grupos — A, B, AB e O. Cada tipo de sangue determina os antígenos encontrados na superfície das células sanguíneas. O tipo A possui apenas o antígeno A, o tipo B têm o antígeno B e assim por diante. As pessoas do tipo O são consideradas doadoras universais porque esse tipo de sangue não possui nem o antígeno A nem o B. Os antígenos provocam a ação dos anticorpos que, na presença de um tipo de sangue diferente, atacam os glóbulos vermelhos, podendo causar a morte da pessoa que recebeu o sangue.

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