Varíola com dias contados
Autoridades em saúde pública e especialistas em segurança nacional pressionam para que EUA e Rússia destruam frascos que mantêm com o vírus da doença em laboratórios
O vírus da varíola, responsável pela morte de cerca de 300 milhões de pessoas no século XX, poderá ser extinto do mundo. A doença foi erradicada há mais de 30 anos, e autoridades em saúde pública e até experts em segurança nacional sustentam que chegou a hora de incinerar centenas de frascos do vírus mantidos em dois laboratórios de alta segurança nos Estados Unidos e na Rússia. Em maio, a Assembleia Mundial de Saúde, fórum que governa a Organização Mundial de Saúde (OMS) da ONU, votará sobre a condenação do vírus à extinção.
“O mundo ficaria mais seguro sem a existência desses estoques. Por que correr o risco de os vírus escaparem e a doença ressurgir?”, diz Lin Li Ching, pesquisador da Third World Network, associação internacional de pesquisa.
Os governos americano e russo, no entanto, brigam para garantir o estoque do vírus. Os cientistas argumentam que precisam dos vírus vivos para preparar vacinas melhores e tratamentos para o caso de o micróbio mortal reaparecer. Eles afirmam que não é possível garantir ainda se o vírus mortal não reaparecerá, seja por acidente, por ato de um bioterrorista ou por sua recriação a partir de registros computadorizados de suas sequências de DNA.
Até hoje, não há um tratamento aprovado contra a doença. A varíola, causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae, que infecta apenas humanos, foi erradicado no Brasil em 1973 graças à vacinação em massa. No mundo, o último caso da doença identificado ocorreu em 1977, na Somália. Em 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola oficialmente erradicada.
Na época, todos os laboratórios, exceto um nos Estados Unidos e um na Rússia, concordaram em destruir posteriormente suas amostras. Em 1990, a OMS estabeleceu o prazo até 1993 para os dois remanescentes fazerem o mesmo. Mas os EUA recuaram em 1994, após revelações de que a antiga União Soviética havia trabalhado para desenvolver a varíola como uma arma biológica.
“O mundo ficaria mais seguro sem a existência desses estoques. Por que correr o risco de os vírus escaparem e a doença ressurgir?”, diz Lin Li Ching, pesquisador da Third World Network, associação internacional de pesquisa.
Os governos americano e russo, no entanto, brigam para garantir o estoque do vírus. Os cientistas argumentam que precisam dos vírus vivos para preparar vacinas melhores e tratamentos para o caso de o micróbio mortal reaparecer. Eles afirmam que não é possível garantir ainda se o vírus mortal não reaparecerá, seja por acidente, por ato de um bioterrorista ou por sua recriação a partir de registros computadorizados de suas sequências de DNA.
Até hoje, não há um tratamento aprovado contra a doença. A varíola, causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae, que infecta apenas humanos, foi erradicado no Brasil em 1973 graças à vacinação em massa. No mundo, o último caso da doença identificado ocorreu em 1977, na Somália. Em 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola oficialmente erradicada.
Na época, todos os laboratórios, exceto um nos Estados Unidos e um na Rússia, concordaram em destruir posteriormente suas amostras. Em 1990, a OMS estabeleceu o prazo até 1993 para os dois remanescentes fazerem o mesmo. Mas os EUA recuaram em 1994, após revelações de que a antiga União Soviética havia trabalhado para desenvolver a varíola como uma arma biológica.
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