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4.01.2011

A melhor dieta é a de nossos antepassados

Laurent Chevallier defende uma 'desintoxicação' da alimentação industrial

Paris, 31 mar (EFE).- Excluir da dieta certos alimentos processados industrialmente e se inspirar na comida de "nossos antepassados caçadores" pode emagrecer e evitar câncer, enfarte e depressão, segundo o médico francês Laurent Chevallier.
Nutricionista do Hospital de Montpellier e responsável pela comissão de alimentação da rede "Environnement Santé", Chevallier ressaltou nesta quinta-feira a confusão gerada por seus colegas de profissão, em uma entrevista à emissora France-Info sobre seu último livro: Je maigris sain, je mange bien.
"Há muitas contradições sobre o que devemos ingerir, muitos estudos contraditórios" e "todo mundo está perdido", considerou Chevallier.
Para ele, a solução é "simples" e consiste em analisar "como nossos ancestrais faziam".
Seguir regimes severos, retirar muitos alimentos ou focar no consumo exclusivo de alguns, como as proteínas, por exemplo, "pode causar problemas", além de ser frustrante e terminar, geralmente, com um aumento de peso, lembrou.
Em seu livro, o doutor garante que, além de ser mais barato, não é difícil se beneficiar das vantagens de uma alimentação como a praticada por nossos antepassados, e evitar o perigo de uma dieta "rica em produtos preparados, muito gordurosos, doces ou salgados" para o organismo.
É necessário, em uma primeira etapa, uma "desintoxicação" da alimentação industrial, que pode durar várias semanas.
O médico recomenda centrar a alimentação no consumo de frutas, verduras, carnes magras, peixes e ovos; e evitar os produtos industriais, como biscoitos, bebidas doces, cereais matinais e iogurtes de elaboração complexa, feitos com sabores e adoçantes industriais.
Depois, embora "com parcimônia", poderão ser reintroduzidos certos elementos de elaboração industrial, explicou Chevallier.
Sem esquecer que "os alimentos muito industrializados geram problemas" lembrou.
Por isso, "é muito melhor se limitar aos iogurtes naturais" do que consumir complicadas e inovadoras sobremesas lácteas, com substâncias que "perturbam nossas sensações", ressaltou.
Para recuperar as "verdadeiras" sensações, as que permitem que as pessoas se mantenham em forma e controlem melhor o peso, o especialista informou que a água é essencial.
"Ocasionalmente, pode-se beber um copo de vinho", comentou o doutor, cujas obras alertam tanto para as substâncias e aditivos acrescentados pela indústria alimentícia, como para os efeitos nocivos de certas embalagens.
Em particular, aqueles plásticos dos quais podem migrar elementos "perturbadores endócrinos, que modificam o metabolismo" dos alimentos e do organismo,
EFE 

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