Mulheres em marcha | |
Antes restritos aos homens, esses espaços tornam-se cada vez mais femininos. Essa marcha lenta, mas irrefreável, acontece em Franca, no Brasil e no mundo. Segundo o dossiê ‘As donas do mercado’, publicado pela revista HSM em seu número de janeiro/fevereiro desse ano, as mulheres formam o grupo mais exigente de consumidores e o maior mercado emergente do planeta, correspondendo a duas vezes os PIBs indiano e chinês juntos. Formam, também, 46% da força de trabalho mundial, chegando a mais de 1 bilhão de mulheres trabalhadoras. Em termos de consumo, respondem por 64% dos US$ 18,4 trilhões gastos anualmente em todo o mundo. Em sua carteira há muito dinheiro para gastar com produtos considerados não essenciais. Para isso, as trabalhadoras do mundo dispõem de US$ 9 trilhões, sendo que metade desse valor está nas mãos dos 60 milhões de mulheres que ganham mais US$ 45 mil por ano. Nos países desenvolvidos, 40% das mulheres controlam entre 91% e 100% de todas as despesas do lar. Nesses países, as mulheres decidem mais de 80% das compras de categorias que vão de móveis, alimento e saúde a eletrônicos, férias e automóveis. Nos países desenvolvidos. Além disso, três em cada dez dessas mulheres geram toda a renda familiar e seis em dez contribuem com a metade. Em 2024, segundo a revista Newsweek, as mulheres do mundo desenvolvido estarão ganhando mais que os homens. Nesse mesmo ano, de acordo com a organização inglesa Center for Economic Business, 53% dos milionários serão mulheres. Como alavanca de todo esse processo de crescimento da participação da mulher na economia global está a educação, para além das questões econômicas inerentes à necessidade de complementação da renda familiar ou das revoluções culturais que abalaram os alicerces da dominação masculina. Em países emergentes, como Brasil, Emirados Árabes Unidos e Rússia, o número de mulheres graduadas já ultrapassa o de homens. Porém, apesar de todos esses números positivos, a realidade brasileira ainda está longe do cenário já desenhado pelo mundo desenvolvido. De acordo com o Gender Gap Indicator, um dos mais respeitados indicadores mundiais de desigualdade de gêneros, produzido anualmente pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) e pela Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, o Brasil ficou em 85º lugar entre um grupo de 134 países investigados, atrás de muitos países considerados mais subdesenvolvidos. De qualquer forma, nessa semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o mais importante é considerar o avanço. Se olharmos para o passado, vamos perceber que esse é um caminho sem volta. Vamos perceber, também, que nosso machismo ancestral está sendo atropelado por um exército intrépido, cada vez mais atrevido, competente e feminino. Queremos crer que, em breve, não precisaremos mais de comemorar o dia da mulher, pois sua existência é a maior prova da desigualdade entre os gêneros. Fonte:Revista HSM |
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