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5.05.2011

Para atletas açucar não é problema

NOVA YORK - Um conjunto de novos estudos sugere que as pessoas que se exercitam regularmente não precisam se preocupar com o consumo de frutose ou outros açúcares que, em algumas circunstâncias, podem até ser benéficos. Na edição de março da revista "Medicine & Science in Sports & Exercise" um estudo com um grupo de ciclistas altamente treinado mostrou o efeito desses açúcares no fígado dos atletas. Para o experimento, pesquisadores suíços e britânicos fizeram os ciclistas pedalarem à exaustão em várias ocasiões diferentes. Depois de cada passeio, eles engoliram bebidas adoçadas com frutose ou glicose (outro açúcar simples), muitas vezes identificadas como dextrose nos rótulos de ingredientes.
O fígado é frequentemente esquecido quando se fala nos órgãos essenciais para o exercício, mas é um importante reservatório de glicogênio, forma como o corpo armazena a glicose. Todos os açúcares, incluindo a sacarose (ou açúcar de mesa) e xarope de milho rico em frutose (que normalmente consiste de partes quase iguais de glicose e frutose) são convertidos em glucose e armazenados como glicogênio no organismo. Os exercícios extenuantes diminuem ou esgotam este glicogênio no fígado e, até que o estoque seja reabastecido, o corpo não fica totalmente pronto para outra sessão de exercícios.
Neste estudo, os cientistas usaram ressonância magnética para medir o tamanho do fígado de cada ciclista, antes e depois dos exercícios. Todos perderam volume durante as pedaladas, um sinal de que seus fígados estavam repletos de glicogênio. Mas aqueles que beberam frutose repuseram o volume rapidamente, mostrando um ganho de volume de 9% depois de seis horas e meia, contra um ganho de 2% dos atletas que ingeriram bebidas adoçadas com glucose. A conclusão dos especialistas é que as bebidas com frutose são duas vezes mais eficientes que as com glucose no que diz respeito à recuperação do fígado.

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