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5.18.2011

Técnicas para prevenir e tratar cicatrizes


O tratamento adequado das cicatrizes é fundamental após qualquer cirurgia plástica para evitar o aparecimento de cicatrizes perceptíveis e quelóides, com um resultado estético fora dos padrões desejados. Atualmente, existem novas tecnologias da Medicina que se tornaram valiosas ferramentas para prevenir e tratar estas temidas marcas cirúrgicas. Segundo o cirurgião plástico Dr. Alan Landecker (CRM 87043), Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), as novas técnicas como o laser, a betaterapia e o preenchimento complementam a ação de métodos consagrados, como a realização de massagens com cremes específicos e a utilização de placas de silicone, usadas para acelerar o amadurecimento das cicatrizes. “O objetivo final é sempre aplicar as técnicas e materiais mais refinados na tentativa de obter cicatrizes finas e praticamente imperceptíveis”, afirma.

Eu, pessoalmente, admiro quem se entrega às cirurgias, mas sou medrosa mesmo!  Com exceção da cesareana que fiz e retirada de uma variz (graças a Deus com perfeita cicatrização), nunca me submeti a cirurgias (apesar de achar que preciso de várias correções) e vou continuar adiando. Mas é bom saber que técnicas de correção e prevenção são essas e se preparar, não é mesmo?

De correção:
TRIANCINOLONA INJETÁVEL

A maioria das cicatrizes inestéticas, como as cicatrizes hipertróficas e os quelóides, apresenta uma deposição exagerada de colágeno no local onde foi feita a incisão. Este fator é responsável pela coloração arroxeada, superfície elevada e coceira que frequentemente incomodam os pacientes. A partir de dois a três meses após a cirurgia, é possível reverter estes sinais e sintomas com excelentes resultados por meio da injeção de uma potente cortisona (triancinolona) dentro da cicatriz. “A triancinolona reduz o inchaço e inibe a hiperprodução de colágeno pelos fibroblastos, fazendo com que a cicatriz fique mais plana e apresente, gradualmente, uma coloração mais similar à pele. Infelizmente, a aplicação tende a ser dolorosa e pode ser necessária mais de uma sessão para que o resultado final seja atingido. É fundamental que o paciente siga as orientações do médico e que realize as consultas de rotina após a cirurgia para ele avaliar qualquer alteração”, comenta Dr. Alan Landecker.

PEELING DE CRISTAL

O peeling de cristal é um tratamento que promove esfoliação pela aplicação de microcristais de óxido de alumínio na pele. Esse procedimento desencadeia uma inflamação aguda localizada, o que faz com que os fibroblastos produzam colágeno para a regeneração da pele. “Trata-se de um importante recurso terapêutico para melhorar o aspecto do tecido cutâneo por meio da renovação celular, diminuição de rugas finas e tratamento de manchas, estrias e cicatrizes”, opina o médico. Pode de ser realizada em pacientes de todas as idades e tipos de pele com sucesso, simplicidade e rápida recuperação, ao contrário de métodos mais agressivos, como a dermabrasão e os peelings químicos.

VACUOTERAPIA

A vacuoterapia é uma técnica de pressão negativa que aumenta a circulação e ajuda a desfazer pontos de fibrose localizada. Desta forma, é possível melhorar a mobilidade de uma cicatriz, especialmente quando a mesma está localizada em cima ou próximo das articulações.

DERMABRASÃO
 
É um procedimento que utiliza lixas de alta rotação para executar um peeling mais profundo do que aqueles que utilizam ácidos ou laser. Pode ser realizado durante ou após uma cirurgia. “Esta técnica oferece ótimos resultados em pacientes portadores de cicatrizes deprimidas ou irregulares, como as decorrentes de acne”, afirma o Dr. Alan. É importante lembrar que pacientes submetidos à dermabrasão necessitam de cuidados específicos durante o pós-operatório, especialmente em relação à aplicação de cremes e à exposição solar. A área tratada pode apresentar aspecto rosado por algumas semanas, adquirindo coloração normal com o amadurecimento da cicatriz. Para que o resultado final seja atingido, poderão ser necessárias mais de uma sessão.

LASER
 
Atualmente, o laser é uma das principais ferramentas no combate às cicatrizes inestéticas. “Vários estudos têm demonstrado que a luz pulsada melhora a vermelhidão, tamanho e sintomas dolorosos que, frequentemente, estão presentes nestes pacientes, com pouquíssimos efeitos colaterais. Pode haver vermelhidão, inchaço e problemas de pigmentação após a aplicação, mas felizmente, estes efeitos tendem a ser temporários e de fácil resolução”, destaca o médico.

Cicatrizes atróficas, que frequentemente se apresentam como depressões na pele, podem ser melhoradas de 50% a 80% pelos lasers chamados ablativos. “Estes lasers destroem as camadas mais superficiais da pele com enorme precisão e fazem com que o colágeno subjacente prolifere e se remodele. Com isso, as depressões tendem a ser preenchidas, nivelando a pele. Embora os lasers mais recentes tenham menos efeitos colaterais, sinais e sintomas como vermelhidão, inchaço e secreção são comuns. Todo laser deve ser aplicado somente por profissionais habilitados, pois há risco de problemas de pigmentação e queimaduras”, completa.

Segundo o cirurgião plástico, recentemente, métodos não ablativos como a radiofreqüência foram desenvolvidos para ajudar pacientes com cicatrizes inestéticas. “A vantagem destas técnicas é induzir a proliferação e remodelação do colágeno, por meio da geração de calor somente nas camadas profundas da pele. Isto quer dizer que não é necessário destruir as camadas superficiais da pele, como fazem os lasers ablativos. Porém, os pacientes devem ser escolhidos e informados cuidadosamente, pois a maioria dos estudos mostra que os resultados atuais da técnica não ablativa ainda são inferiores quando comparado aos lasers ablativos”, pontua.

PREENCHIMENTO
 
A utilização de substâncias de preenchimento pode oferecer bons resultados em pacientes com cicatrizes atróficas, ou seja, com depressão na pele. Devido ao baixo índice de complicações, recomenda-se o emprego de substâncias absorvíveis como o ácido hialurônico ou a própria gordura do paciente. Esta última é ainda melhor, pois possui células-tronco, o que melhora a qualidade da cicatriz com mais rapidez. Os efeitos do tratamento duram aproximadamente de seis a oito meses e podem ser repetidos após este período. 

De prevenção:

BETATERAPIA
 
Esta técnica consiste da aplicação de radiação em cima da incisão cirúrgica. “Esta energia, proveniente de uma placa de Estrôncio, atinge os fibroblastos responsáveis pela produção de colágeno e inibe a sua proliferação. O resultado é a diminuição da produção de colágeno, ajudando a evitar cicatrizes hipertróficas e quelóides”, esclarece o médico. O tratamento, que é indolor e preventivo, deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após a cirurgia e, em geral, são necessárias 10 sessões para que os resultados máximos sejam obtidos.

PLACA DE SILICONE
 
Trata-se de um curativo flexível e impermeável de silicone que adere à pele. Enquanto a compressão da placa molda a cicatriz, o silicone mantém o tecido hidratado ao reter a umidade na pele. Além disso, a placa de silicone estimula a atividade de uma enzima chamada colagenase, cuja função é refinar o tecido da cicatriz. Depois de um mês da cirurgia, o paciente já pode usar placa mantendo-a em contato com a pele em fase da cicatrização por doze horas diárias, por cerca de seis meses. 
Procedimentos realizados pelo Dr. Alan Landecker: Nariz – Face – Mamas – Implantes Mamários - Abdome – Lipoaspiração – Pálpebras – Orelhas – Braços – Coxas Cirurgia Reparadora - Procedimentos corporais e faciais estéticos.

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