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6.06.2011

FAMILIA INFELIZ (novo adesivo)

A paulistana Camila Trevisan Foti, de 30 anos, não havia sido pega pela febre dos adesivos que representam famílias felizes - moda na traseira dos carros da cidade. Mas, no mês passado, se deparou com um adesivo que achou a sua cara. Nele, um homem alegre aparece segurando um copo e de mão dada para uma garrafa de cerveja, que, por sua vez, está de mão dada para uma mulher com ar de pouquíssimos amigos.
Marcio Fernandes/AE
Marcio Fernandes/AE
Cerveja. Camila e os adesivos que considera a sua cara: pelo retrovisor, ela se diverte com a reação bem-humorada das outras pessoas
"É bem a cara que eu faço. Meu marido bebe toda vez que sai", diz, rindo da situação. Feliz com sua família, a analista de crédito ainda colou uma garotinha ao lado da figura feminina para representar a filha. "Pelo retrovisor, vejo as pessoas rindo e falando do meu adesivo", diverte-se.
Por R$ 2,50, o decalque é vendido como lançamento em bancas de revistas de São Paulo. "Quis fazer brincadeira, não uma apologia à bebida", diz o autor Jorge Antônio Vieira, de 50 anos, que fornece os adesivos. Ele admite que a inspiração veio de um desenho que circula na internet.
É também da internet que vêm outros adesivos que ironizam os bonequinhos felizes. Em geral, são feitos por quem critica o excesso de felicidade pública atual. "O uso é um exagero, as pessoas não precisariam mostrar na traseira do carro se namoram, têm filhos e animais ", diz o publicitário gaúcho Diego Emerick, de 27 anos. Com o sócio Matias Lucena, ele criou uma linha de parentes nada felizes e a divulgou em seu twitter (@diego_emerick). São seis personagens. "Um pai suicida, uma mãe viciada, um jovem paralítico, uma adolescente grávida, um velho tarado e um cachorro morto."
Origem - E quem criou os integrantes da família feliz, o que pensa dessa "tristeza" toda? Dois empresários reivindicam a autoria. O catarinense Rogério Manoel Raulino, de 46 anos, da Serigel Adesivos, diz ter tido a ideia há quase cinco anos. Já o paulistano Germano Spadini, de 31, da Job Adesivos, conta ter lançado a moda há dois anos.
Os dois acreditam que a sátira é válida, se for saudável. "Se é desagradável, não aprovo", diz Raulino.
Já Spadini - que criou versões de guarda-costas da família em resposta a críticas de que os decalques dão informações a bandidos - acha as variações sadias "se não dizem respeito a uma pessoa em especial".
Esdadão


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