webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

7.14.2011

A ARTE DE CALAR.

Calar sobre sua própria pessoa,

É Humildade!

Calar sobre os defeitos dos outros,

É Caridade!

Calar quando a gente está sofrendo,

É Heroísmo!

Calar diante do sofrimento alheio,

É Covardia!

Calar diante da Injustiça,

É Fraqueza!

Calar qunado o outro esta falando,

É Delicadeza!

Calar quando o outro espera uma palavra,

É Omissão!

Calar, e não falar palavras inúteis,

É Penitência!

Calar quando não há necessidade de falar,

É Prudência!

Calar, quando Deus nos fala no coração,

É Silêncio!

Calar diante do mistério que não entendemos,

É Sabedoria!

Quando na escuridão da noite procuramos Deus,

E não encontramos...

É porque não o procuramos,

Em nossos corações...

Lembre-se que ele jamais,

Abandona seus filhos...

Um lindo dia...

Uma noite com muita Paz...

E a certeza que Jesus está em nosso coração.
(desconheço autoria)

A Arte de Calar

Sérgio Biagi Gregório
A arte de calar não é um tratado de recolhimento ou de êxtase: visa, paradoxalmente, a falar bem, o que se traduz em comunicar aos semelhantes coisas dignas de serem ouvidas, ou seja, assuntos relacionados à virtude, à sabedoria e à utilidade prática da vida. A arte de calar convida-nos a "governar" a língua, concedendo-lhe apenas a "liberdade moderada", no sentido de melhorar a eloqüência muda do corpo e do rosto.
Ouvimos mal porque não colocamos em prática os preceitos da sabedoria, que primeiramente traduz-se em saber calar; em segundo lugar, em saber falar pouco e moderar-se no discurso; em terceiro, em falar muito sem falar mal e sem falar demais. Ouvimos mal porque raramente nos lembramos da frase evangélica que diz: "Os que têm ouvidos de ouvir, ouçam". Ouvimos mal porque o nosso silêncio é interesseiro, zombeteiro e dissimulador: estamos sempre maquinando coisas para ludibriar, enganar ou passar por cima de nosso interlocutor.
Alguns princípios necessários para calar: 1) só se deve deixar de calar quando se tem algo a dizer que valha mais do que o silêncio; 2) há um tempo de falar, assim como há um tempo de calar; 3) o tempo de calar deve vir em primeiro lugar, e nunca se pode bem falar quando não se aprendeu antes a bem calar; 4) há menos riscos em calar do que em falar; 5) quando se tem uma coisa importante para dizer, deve-se prestar a ela uma atenção muito especial: é necessário dizê-la a si mesmo, e depois de tal precaução, voltar a dizê-la, para evitar que haja arrependimento quando já não se tiver o poder de voltar atrás no que se declarou.
Escrevemos mal porque escrevemos coisas inúteis e muito longamente as melhores coisas. Esse é o defeito de autores pouco judiciosos que não sabem decidir nem escolher matéria que seja de utilidade. É o caso dos escritores de romance, de anedotas. Eles perdem grande tempo compondo as suas histórias, para que nós, depois, também percamos o nosso ao lê-las. Na realidade, deveríamos delimitar o que escrevemos; o defeito da extensão é porque não empregamos tempo necessário para limitar, riscar, suprimir e reduzir na justa medida a matéria que temos em mãos.
Alguns princípios necessários para se explicar pelos escritos e pelos livros: 1) só se deve deixar de deter a pena quando se tem algo a escrever que valha mais do que o silêncio; 2) há um tempo de escrever, como há um tempo de deter a pena; 3) não há mais mérito em explicar o que se sabe, do que em calar o que se ignora; 4) a reserva em escrever muitas vezes passa por sabedoria em um tolo e por capacidade em um ignorante; 5) mesmo que se tenha propensão a deter a própria pena, sempre se deve desconfiar de si mesmo; e para impedir a si mesmo de escrever alguma coisa, basta que se tenha muita paixão por escrevê-la.
"O silêncio é de ouro e a palavra de prata", diz o anexim. Saibamos moderar o nosso verbo, a fim de que as palavras que saírem de nossa boca ou do nosso punho sejam sempre para estimular, enaltecer, incentivar e nunca para destruir aqueles que convivem conosco.
Fonte de Consulta
DINOUART, Abade. A Arte de Calar. Tradução por Luís Filipe Ribeiro. São Paulo, Martins Fontes, 2001. (Coleção Breves Encontros)

Nenhum comentário:

Postar um comentário