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7.04.2011

Inclusão social na agenda da Anvisa



Há dois meses, quando contratou 19 portadores de necessidades especiais (PNE) para trabalhar no seuquadro de colaboradores terceirizados, a Anvisa engajou-se definitivamente na causa da inclusão social destas pessoas. Na Agência, elas estão envolvidas em atividades de apoio à digitalização de documentos do Programa IPE – do Impresso para o Eletrônico, que em sua primeira etapa implantará a gestão eletrônica de documentos (GED) nas áreas da Agência.

Segundo Alexandre Maneta, que é portador de deficiência auditiva moderada e prepara documentos para entrar na linha de produção da digitalização na Unidade Central de Documentação da Anvisa, encontrar trabalho não é mais a dificuldade. Para ele, o problema é encontrar trabalho em um lugar onde as pessoas se preocupem com o ser humano e onde o portador de necessidades especiais sinta-se bem. “Trabalhar na Anvisa está sendo uma ótima experiência para mim. É muito diferente do que trabalhar em um mercado, por exemplo. Tenho orgulho de trabalhar com essas pessoas”, afirmou.

Além de ser uma tendência do mercado de trabalho, a inserção de profissionais com deficiência é uma oportunidade de aprendizado para todos. “Estamos oferecendo uma oportunidade a esses profissionais e também trabalhando a humanização e sensibilização de toda a equipe da Anvisa”, pontuou a chefe da Unidade de Gestão do Atendimento e Protocolo da Anvisa (Uniap), Aline Fernandes das Chagas.

Da turma de 19 PNE, 14 são portadores de deficiência auditiva, três de deficiência motora e dois são supervisores. Rosângela Maria de Souza e William Tomaz são os supervisores-intérpretes da turma. Eles usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar com a maior parte do grupo. “A linguagem de libras dá aos portadores de deficiência auditiva oportunidade de acesso ao mundo dos ouvintes. No curso de libras que eu fiz, o ‘surdo’ era eu”, lembrou William, que não é portador de deficiência auditiva, mas fez da interpretação de libras sua profissão.

Passados dois meses desde que chegou à Agência, o grupo é imprescindível. Cada um de seus componentes já deixou uma marca de sua participação na equipe, seja na maneira de trabalhar ou na disponibilidade em servir. Hoje a presença deles é uma realidade inquestionável.

De acordo com a chefe da Undoc, Cândida Aparecida Alves Santana, quando eles chegaram, a equipe da unidade estava sobrecarregada de trabalho e ficou preocupada em como seria lidar com as diferenças. Com o tempo, o grupo se adaptou. “Eles trouxeram leveza à equipe. Logo que chegaram foi um momento tenso, mas fomos descobrindo que podemos nos comunicar bem com eles. Seja por meio dos intérpretes ou diretamente, a gente sempre encontra um caminho”, 
Anvisa 

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