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7.02.2011

Vacinas contra as diarreias são mais eficazes com acido retinóico

Especialistas da Escola Superior de Medicina de Hannover, na Alemanha, informaram nesta sexta-feira que desenvolveram uma nova estratégia de vacinação que consiste em acrescentar ácido retinóico às vacinas para combater os micróbios patógenos das diarreias mortais.
Após uma série de testes com ratos, os cientistas chegaram à conclusão que as vacinas contra o cólera e a salmonelose são significativamente mais efetivas quando contêm esse tipo de ácido. Ele contribui para que as células imunológicas cheguem à mucosa intestinal, onde produzem anticorpos para neutralizar os germes.
"Esta inovadora estratégia de vacinação é de grande importância, não só no que diz respeito à bactéria E. coli, mas especialmente em diarreias que afetam crianças em países em desenvolvimento", ressaltou Reinhold Förster, da Faculdade de Imunologia da Escola Superior de Medicina de Hannover.
"Muitas vacinas não funcionam bem em países em desenvolvimento e isso se deve à desnutrição, principalmente à carência de vitamina A [responsável pela produção de ácido retinóico]", disse o pesquisador.
O papel fundamental desse ácido no processo imunológico foi descoberto apenas há alguns anos, razão pela qual ainda não se havia tentado aplicar sua utilidade nas vacinas.
TESTES
Durante os testes, os cientistas injetaram vacinas contra salmonelose e cólera em dois grupos de ratos e outras doses com ácido retinóico a mais dois grupos. Todos foram induzidos a uma intoxicação por salmonela ou por cólera.
"Os grupos que haviam recebido vacinas com ácido retinoico estavam em ambos casos significativamente melhor protegidos", informou Förster.
Na opinião do especialista, esta nova estratégia de vacinação tem um grande potencial. "Agora existe a possibilidade de imunização mais efetiva contra todos os organismos causadoras da diarreia", considerou, acrescentando que os cientistas devem aplicar estes resultados nas vacinas contra o rotavírus em países em desenvolvimento.
As diarréias representam 20% das causas de mortalidade em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
Mas também constituem uma ameaça permanente nos países industrializados, como foi demonstrando durante o recente surto infeccioso de E. coli na Alemanha, que causou várias mortes em todo o país.
Folha

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