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8.30.2011

Audrey Hepburn simboliza alteração genética ligada à obesidade


Cientistas acreditam que Audrey Hapburn representa as mudanças genéticas sofridas pelas vítimas dos nazistas, devido à fome e à desnutrição. Foto: Getty Images Audrey Hapburn é uma entre milhares de pessoas que sofreram mudanças genéticas devido à fome e à desnutrição vivenciadas no nazismo
A "bonequinha de luxo" Audrey Hepburn, um ícone do cinema americano, também é reconhecida pela sua forma esguia, muito parecida com os padrões seguidos pela maioria das celebridades atuais. No entanto, segundo sugere um grupo de cientistas britânicos, a dieta que Hepburn seguia não apresentava nenhuma semelhança com as que as famosas buscam atualmente. De acordo com o jornal Daily Mail, estudos mostram que a magreza da atriz era genética, fruto de períodos de fome e privação ao longo da infância e adolescência castigada pelo nazismo.
Segundo as pesquisas, Hepburn é apenas uma entre milhões de pessoas que sofreram de desnutrição durante este período da história e, com isso, os genes humanos passaram por mudanças que explicam o aumento, cada vez maior, de problemas de saúde modernos como obesidade e diabetes. Os cientistas vêm divulgando alguns avisos alarmantes, como o que indica que metade dos homens britânicos estarão obesos em 2030.
Diversos estudos mostram que pais e mães que sofreram com deficiências de nutrição podem gerar filhos com problemas de saúde, especialmente a obesidade. A incidência é ainda maior quando a desnutrição ocorre durante os três primeiros meses de gestação.
Algumas teorias sugerem que, quando o bebê sofre de má nutrição ainda no útero, os seus mecanismos de sobrevivência preparam o metabolismo para situações de risco - como a fome -, e acabam priorizando o armazenamento de gordura em níveis superiores ao que seria necessário.
Audrey Hepburn nasceu na Bélgica e passou boa parte da infância e adolescência se escondendo da invasão nazista. Muitas vezes, foi obrigada a ver sua dieta reduzida a tulipas e até mesmo grama. De acordo com os estudos, o período de inanição contribuiu para que seus genes sofressem alterações e sua saúde ficasse cada vez mais debilitada, com problemas respiratórios, anemia, e doenças no sangue. Hepburn morreu com apenas 63 anos.
Graças aos muitos registros holandeses da época da guerra, os cientistas vêm conseguindo investigar pessoas que viveram o período e, com isso, buscar no passado direcionamentos e soluções para doenças de saúde atuais.

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