Rio - Mulheres que estão prestes a se casar costumam passar os dias sonhando com todos os detalhes da festa, do vestido, entre outros. Sem excessões, todas querem uma noite inesquecível mas muitas vezes o principal é esquecido: como será a vida com o marido depois que todos os convidados vão embora e os dois estão sozinhos em casa? É nessa hora, em que o casal para para pensar na nova rotina, que outras questões vêm à tona.
O dia a dia na casa, a divisão de tarefas, abrir mão de coisas que gostamos, entre outras coisas da vida a dois. Se o casal não estiver bem preparado, isso pode ser um problema.
De acordo com as psicólogas do Espaço Trocando Ideias, os conflitos no início do casamento são normais. São nos primeiros meses que o casal passa a conhecer mais a intimidade de cada um e a se adaptar com as diferenças. Mas para que isso seja apenas uma fase de adaptação, é preciso diálogo e respeito mútuo.
“Quando casamos, não apenas conquistamos um novo e maravilhoso mundo a dois, embalado pelo ideal romântico da alma gêmea e do par perfeito. Também temos que deixar para trás um porto seguro, um local ao qual estão acostumados. De uma hora para outra entramos num mundo onde tudo é novo e que ainda temos que aceitar a individualidade do outro”, destacou a psicóloga Luciana de la Peña.
Elas lembram que a ideia de que o casamento é um conto de fadas pode dificultar ainda mais essa adaptação. No livro “Mulher, vamos descomplicar?”, lançado pelas psicólogas no mês de outubro, elas descrevem situações fictícias e verídicas em que os casais passam para acertar o passo.
“O casamento é mais vendido pelo lado positivo e isso dificulta ainda mais a situação, pois as pessoas só esperam as coisas boas. Quando se deparam com questões simples, como ir a um estádio de futebol no domingo, pode gerar um enorme conflito, pois o (a) parceira quer estar ao lado. A falta de diálogo é responsável por grande parte das
separações”.
POR GARDÊNIA CAVALCANTI
O Dia
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