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8.19.2011

Estudo sugere que derivado do ecstasy pode tratar câncer

  FRANCE PRESSE
Cientistas do Reino Unido revelaram nesta sexta-feira que estão avaliando se o ecstasy, conhecido como a droga do amor e popularizado em festas de música eletrônica, as chamadas "raves", pode ser eficaz no tratamento de cânceres no sangue.
Cientistas da Universidade de Birmingham, no centro da Inglaterra, afirmaram ter modificado formas da droga, intensificando em cem vezes sua capacidade de destruir células cancerosas.
Seis anos atrás, os pesquisadores descobriram que os cânceres que afetam os glóbulos brancos do sangue parecem responder a certas drogas "psicotrópicas". Entre elas estão pílulas de emagrecimento, antidepressivos da família do Prozac e derivados da anfetamina como o MDMA, conhecido popularmente como ecstasy.
Os cientistas afirmaram que as descobertas feitas desde então podem levar ao uso de derivados de MDMA em testes com humanos.
Os derivados podem ser eficazes no tratamento de cânceres do sangue, como leucemia, linfoma e mieloma.
"Este é um animador avanço no uso de uma forma modificada de MDMA para ajudar pessoas que sofrem de câncer no sangue", disse o professor John Gordon, da Escola de Imunologia e Infecção da universidade inglesa.
"Embora não queiramos dar às pessoas falsas esperanças, os resultados desta pesquisa demonstram o potencial para avanços nos tratamentos nos próximos anos", acrescentou.
A equipe de cientistas descobriu que a dose de MDMA requerida para tratar um tumor poderia ser fatal, portanto, trabalhou no isolamento das propriedades anticancerígenas da droga.
Agora, eles estão estudando formas de conseguir que moléculas de MDMA penetrem nas paredes das células cancerosas mais facilmente.
O doutor David Grant, diretor científico da instituição beneficente Pesquisa de Leucemia e Linfoma, que financiou parcialmente o estudo, disse: "a perspectiva de sermos capazes de atacar o câncer no sangue com uma droga derivada do ecstasy é uma proposta genuinamente excitante".
"Muitos tipos de linfoma permanecem difíceis de tratar e necessitamos desesperadamente de drogas não tóxicas que sejam eficazes e tenham poucos efeitos colaterais", acrescentou.
As descobertas foram publicadas na edição bimestral da revista "Investigational New Drugs".
Folha

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