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8.25.2011

GOVERNO BRASILEIRO ENTRA NO COMBATE À OBESIDADE

Governo Brasileiro entra no combate à obesidade

Governo brsaileiro alerta. Está na hora de levar a sério o hábito da alimentação saudável

A dieta dos brasileiros conta com um bom prato de arroz e feijão, massa aos domingos e, de quebra, aquele café da tarde com um pão francês, não é verdade? Resistir a frituras, refrigerantes e outras delícias da nossa culinária é uma tarefa difícil. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), apesar de haver uma ingestão satisfatória de proteínas por parte dos brasileiros, a prevalência de consumo excessivo de açúcares foi observada em 61% da população, já a de gorduras saturadas, em 82% das pessoas. O consumo insuficiente de fibras foi observado em 68% dos brasileiros.
Para a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, esse cenário é preocupante, uma vez que se observa o crescimento da obesidade no Brasil, associada, entre outros fatores, à má alimentação. “A população precisa criar o hábito de fazer três refeições e um lanche nos intervalos, buscando o consumo de frutas, verduras e legumes no lugar de alimentos processados. Ter cuidados com a alimentação reduz o aparecimento de doenças precoces como hipertensão e diabetes. E o Plano vem ao encontro dessa preocupação com a saúde dos brasileiros”, destaca.
Dados da mesma pesquisa mostram que 12% dos brasileiros estão obesos. Para controlar e reduzir o excesso de peso, obesidade e promover a alimentação saudável, o Ministério da Saúde apresenta à sociedade o Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que traz como metas, para os próximos dez anos, elevar o consumo de frutas e hortaliças, reduzir o consumo médio de sal da população brasileira, aumentar a atividade física no lazer e a implementação do Plano Intersetorial de Obesidade, que buscará reduzir ao excesso de peso e a obesidade na infância, na adolescência e na vida adulta.
O Plano de Enfrentamento das DCNT, também tem como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
Ações propostas pelo Plano - Alimentação:
- Implementar os guias alimentares para fomentar, em todos os ciclos da vida, escolhas saudáveis relacionadas à alimentação;
- Apoiar a implementação dos parâmetros nutricionais do Programa de Alimentação do Trabalhador, com foco na alimentação saudável e na prevenção de DCNT no ambiente de trabalho;
- Promover a aquisição de alimentos saudáveis para o Programa Nacional de Alimentação Escolar, de forma a respeitar as diferenças biológicas entre faixas etárias e condições alimentares que necessitem de atenção especializada;
- Articular ações de capacitação e de educação permanente dos profissionais de saúde, em especial na Atenção Primária em Saúde, com foco na promoção da alimentação saudável;
- Formular a orientação técnica para a aquisição dos alimentos oriundos da agricultura familiar, conforme o Art. 14 da Lei 11.947/2009 – Atendimento da Alimentação Escolar;
- Promover ações de educação alimentar e nutricional e de ambiente alimentar saudável nas escolas, no contexto do Programa Saúde na Escola;
- Elaborar e implementar programas de educação alimentar e de nutrição, articulando diferentes setores da sociedade;
- Fortalecer a promoção da alimentação saudável na infância, por meio da expansão das redes de promoção da alimentação saudável voltadas às crianças menores de dois anos (Rede amamenta Brasil e Estratégia Nacional de Alimentação Complementar Saudável);
- Fortalecer o projeto Educanvisa como estratégia de promoção da alimentação saudável;
- Elaborar Guia de Boas Práticas Nutricionais para Alimentação Fora de Casa, destinado a orientar pequenos comércios e serviços sobre o preparo e a oferta adequada e saudável dos alimentos oferecidos para refeições de rua;
- Estimular o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras;
- Ordenar e fomentara a aqüicultura familiar, visando ao aumento da produção e oferta de alimentos (pescado e algas) para uma alimentação saudável;
- Estimular a produção de alimentos de bases limpas (orgânicos, agroecológicos), em articulação com os programas facilitadores da produção de alimentos saudáveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
- Criar protocolo de ações de Educação alimentar e nutricional para as famílias beneficiárias dos programas socioassistenciais, integrando redes e equipamentos públicos e instituições que compõem o Sisvan.
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ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA: COMO COMEÇAR?

Alimentação equilibrada: como começar?
Nutricionista dá dicas para você mudar os seus hábitos de uma vez por todas!

Mais do que emagrecer, a escolha certa dos alimentos faz com que alcancemos algo mais importante: qualidade de vida. Manter um cardápio balanceado é o primeiro passo para viver bem, longe de doenças e com disposição para superar qualquer dificuldade! Mas, afinal, em que consiste uma alimentação equilibrada?
Para a Dra. Lorença Dalcanale, nutricionista do “Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica” e Mestre em Ciências da Saúde em Gastroenterologia Clínica: “Uma boa alimentação é importante para todas as pessoas, pois é a partir dos alimentos que o organismo retira os nutrientes indispensáveis para seu crescimento e desenvolvimento, manutenção de tecidos, resistência às doenças, entre outros aspectos”.
Confira!
1 - Qual o conceito de uma alimentação equilibrada?
Uma alimentação saudável é aquela que respeita três regras fundamentais:
Variedade: não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários para uma boa saúde. Portanto, devemos variar ao máximo os alimentos, para que o organismo possa absorver os mais diversos nutrientes;
Moderação: todos os alimentos podem ser consumidos, desde que com muita moderação. É primordial uma boa distribuição entre os grupos de alimentos: carboidratos, proteínas e gorduras;
Qualidade: significa comer mais alimentos que contêm vitaminas, minerais e fibras, como frutas e verduras, e diminuir o consumo dos que possuem calorias “vazias”, como biscoitos, e refrigerantes.
 
2 - Qual a quantidade correta de consumo de proteína, gordura e carboidrato em cada uma das refeições para manter uma dieta saudável?
Não existe uma quantidade ideal de carboidratos, proteínas e gorduras por refeição. O ideal é que a alimentação do dia respeite uma distribuição de 60% de carboidratos, 10 a 15% de proteínas e, no máximo, 20% de gorduras, distribuídos de forma equilibrada em 5 a 6 refeições por dia.
3 - O consumo de alimentos diet e/ou light ajudam na dieta equilibrada e saudável? Qual é o limite?
Sem dúvida os alimentos diet e light ajudam a equilibrar a dieta, especialmente os light que, em geral, apresentam uma redução de açúcares e gorduras e não só de sacarose como nos produtos diet. O ideal é que se tenha bom senso no consumo de adoçantes, pois tudo que é em exagero pode trazer algum malefício ao organismo.
4 - Dizem que um prato saudável deve ser colorido. É verdade? Como uma pessoa pode montar uma refeição saudável?
Quanto mais colorido e variado for o prato maior será a gama de vitaminas. Uma boa maneira de equilibrar a montagem da refeição é dividi-la em três partes iguais: uma deve conter saladas verde e legumes, outra parte deve conter os carboidratos e a terceira uma porção de proteína, tudo isso regado em pouco azeite (1 colher de sobremesa) e pouco sal.
5 - Por que as conversas durante as refeições podem atrapalhar?
Este hábito distrai a pessoa, que não presta atenção ao que come. Isso implica em maior consumo de alimentos, sem ter a noção exata da quantidade ingerida. As conversas também atrapalham a mastigação, o que pode dificultar tanto a digestão como gerar a formação de gases, porque a pessoa come, fala e engole mais ar. Tudo isso influencia negativamente no processo de fome e saciedade.


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