Probído a propaganda médica

Conselho Federal de Medicina bane exposição do 'antes e depois' e proíbe propaganda de pacientes

BRASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) fixou novas regras e critérios para a publicidade médica no país. O médico não poderá mais expor o paciente em peças publicitárias, nem com a concordância dele. O uso de celebridades também terá restrições e o uso de imagens que vinculem o uso de serviços de saúde ao sucesso pessoal ou profissional. No caso do famoso "antes e depois", que é proibido, o conselho reforça que a prática está impedida.
A resolução será publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, mas passa a valer em 180 dias. Na verdade, são recomendações para os médicos, mas sem força de lei.
Em programas de entrevistas ou mesmo em reportagens os médicos não poderão anunciar serviços, dar telefones, endereços ou ter participação que tenha como fundo conquistar novos clientes. Os comentários devem ser esclarecedores e educativos, evitando o sensacionalismo.
As novas regras exigem também que o médico indique em local claro seu CRM em cartões ou mesmo anúncios em revistas. De acordo com o conselho, isso facilitará ao paciente pesquisar sua situação (se está ativo ou cassado) e se realmente o número anunciado pertence ao profissional.
O profissional responsável pelas instituições deve ter a função destacada em locais visíveis. A medida vale para diretores de clinicas privadas e públicas.
Segundo o CRM, a preocupação é estimular um comportamento transparente, ético, educativo e não sensacionalista entre os profissionais.

O Globo