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9.25.2011

A DEPRESSÃO COMPROMETE A VIDA SEXUAL DA MULHER

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A depressão compromete a vida sexual da mulher
Mesmo que nunca teve, sabe muito bem o que é a depressão. Essa doença pode causar muitos problemas na vida de uma mulher, inclusive disfunção sexual. Além de desânimo, ela afeta a produção e a liberação de hormônios sexuais.

Falar em depressão é falar sobre uma doença muito conhecida por grande parte da população. Mesmo quem nunca apresentou os sintomas da doença conhece ou já ouviu alguma história de alguém que sofre ou tenha sofrido desse mal. Estima-se que 17 milhões de brasileiros, ou seja, 10% de toda a população, tenha depressão. O número é ainda mais assustador quando se trata das mulheres, já que estudos apontam que elas sofrem duas vezes mais com o problema do que os homens.

E dentre as muitas mudanças que a depressão pode causar na vida de uma mulher, está a disfunção sexual. Uma pesquisa realizadas pela Dra. Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do ProSex (Projeto Sexualidade) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, confirma a relação entre depressão e comprometimento da libido feminina. "A depressão causa desânimo e desinteresse geral, além de afetar a produção e a liberação de hormônios sexuais, o que interfere diretamente sobre a libido feminina", afirma ela, que estuda o comportamento e os problemas sexuais em homens e mulheres há mais de três décadas.

A disfunção sexual é decorrente do uso de antidepressivos. Estudos demonstram que esse problema atinge de 30% a 70% dos pacientes que tomam esse tipo de medicamento. Aliás, esse é um dos principais motivos do abandono ao tratamento. Porém, Dra. Carmita explica: "Há uma nova geração de medicamentos que minimiza esse efeito indesejável, o que pode contribuir para aumentar a adesão ao tratamento. Isso significa um grande avanço, pois a interrupção prematura da medicação pode levar a um aumento de casos de recorrência dos quadros depressivos”.

Vale ressaltar a importância do acompanhamento médico para essa doença, já que, se não tratada, ela pode comprometer o desempenho profissional, o lado emocional e a vida social de um doente.

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