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9.01.2011

Reanimação Cardiorrespiratória

Prolongar o tempo de reanimação cardiorrespiratória em vítimas de ataque cardíaco não aumenta suas chances de sobrevivência, concluíram cientistas nesta quarta-feira, solucionando assim um longo debate na medicina de emergência.

"Nosso estudo mostra definitivamente que não há vantagens em fazer uma reanimação cardiorrespiratória mais longa", declarou Ian Stiell, do Instituto de Pesquisa Hospitalar de Ottawa, no Canadá, principal autor do estudo.
Paramédicos e bombeiros tradicionalmente fazem reanimação cardiorrespiratória (ou ressuscitação cardiopulmonar) durante o tempo necessário para aplicar um desfibrilador para reiniciar a atividade cardíaca.
Mas alguns especialistas nos últimos anos tinham afirmado que um longo período inicial de ressuscitação --de um máximo de três minutos-- poderia aumentar as chances de sobrevivência de um paciente com parada cardíaca.
Os cientistas responsáveis pelo estudo, divulgado hoje, do qual participaram a Universidade de Ottawa e o Consórcio de Resultados de Reanimação, afirmaram que esta nova pesquisa soluciona, finalmente, esta antiga polêmica.
"Acho que é melhor seguir com o enfoque tradicional de fazer a reanimação cardiorrespiratória curta inicial", declarou Stiell.
O estudo concluiu que aumentar de um a três minutos o tempo que bombeiros e paramédicos aplicam na ressuscitação cardiopulmonar não proporciona nenhum benefício adicional.
Os resultados, publicados na revista "New England Journal of Medicine", analisaram dados obtidos com 10.000 pacientes nos Estados Unidos.
Os cientistas disseram que uma ressuscitação cardiopulmonar rápida pode aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro e manter uma pessoa com vida por um curto tempo, mas para pacientes com certos ritmos cardíacos, o coração só pode voltar a funcionar se lhe forem aplicadas descargas elétricas com um desfibrilador.
Segundo especialistas, mais de 350.000 pessoas no Canadá e nos Estados Unidos sofrem anualmente paradas cardíacas repentinas, das quais menos de 10% sobrevivem
Folha
DA FRANCE PRESSE

Reanimação cardiorrespiratória


A ressuscitação cardiopulmonar, reanimação cardiopulmonar (RCP) ou ainda reanimação cardiorrespiratória (RCR) é um conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de uma pessoa para (parada cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar em necrose, pondo em risco a vida da pessoa.
Os procedimentos básicos da respiração são:
  1. desobistrua as vias áerias (com cautela pois pode haver danos na cervical)
  2. afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura;
  3. verifique se há qualquer coisa ou objeto obstruindo a boca ou garganta da vítima;
  4. inicie a respiração de socorro tão logo tenha a vítima sido colocada na posição correta. Cada segundo é precioso.
Os procedimentos básicos da massagem cardíaca são:
  1. coloque a vítima deitada de costas sobre superfície dura em deculpito dorsal;
  2. coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno com os braços estendidos;
  3. os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax;
  4. faça a seguir uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno cerca de 4 cm, comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral;
  5. descomprima em seguida.
Inicie a manobra com duas respirações, depois faça 15 compressões cardíacas e repita as duas respirações, continuando até que o ritmo cardíaco/respiratório se restabeleça ou até o socorro chegar.
De 4 a 6 minutos já pode ocorrer dano cerebral na vitima. Após 6 minutos o dano cerebral é praticamente certo.

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