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10.21.2011

Medo infantil


Brincadeira é aliada para combater o medo infantil

Rio  - Incentivar atividades divertidas pode ser a melhor forma de ajudar as crianças a superar o medo, um vilão sorrateiro que espreita na porta do armário ou se esconde embaixo da cama, bagunçando pesadelos e atrapalhando o sono infantil.


A terapeuta infantil Silvia Boccaletti esclarece que o medo prejudica o desenvolvimento da criança e pode transformá-la em um adulto inseguro, enquanto a brincadeira ajuda a torná-la mais responsável e dinâmica na fase adulta. Ela orienta que o importante é oferecer atividades que, além da diversão, estimulem a criatividade.
“Criança que brinca é criança saudável. O brincar é essencial na boa formação de qualquer indivíduo”, explica.
Silvia alerta ainda que, em alguns casos, as fobias dos pais são fatores geradores do medo. “Às vezes os adultos têm medos que acabam sendo transmitidos para os pequenos. Não é para esconder, mas mostrar, cuidadosamente, que sentir medo é natural até para eles. É preciso deixar claro que o importante é conhecer os medos e enfrentá-los.”
Para ajudar os pequenos a esquecerem os sustos, é importante conversar com paciência e carinho, sem banalizar os sentimentos da criança. “É comum os pais dizerem aos meninos que homem não tem medo. Isto não deve ser feito, pois o medo de uma criança deve ser acolhido”, ensina a terapeuta.
Como forma de trazer o assunto ao cotidiano das famílias brasileiras, a terapeuta Silvia Boccaletti lançou, no último dia 9 de outubro, o livro “Tita, A Abelhinha”, no qual usa sua experiência no atendimento ao público infantil para incentivar os pequenos leitores a conversarem sobre as próprias emoções, destacando em um texto simples as brincadeiras infantis e a ligação afetiva através delas.
POR GARDÊNIA CAVALCANTI
O Dia 
O MEDO INFANTIL


ELIANE PISANI LEITE  

Todos nós temos alguns medos, sem qualquer razão lógica. Porém é comum que os adultos não dêem muita importância aos medos infantis.
É comum crianças pequenas sentirem muitos temores. Alguns são passageiros, outros demoram mais para desaparecer. Os medos mais intensos são chamados de fobias. Alguns não conseguimos achar sua razão de existirem.
Os pais na maioria das vezes conseguem fazer com que seus filhos superem seus medos. A simples presença da mãe ou do pai pode aliviar uma crise. Para a criança de pouca idade, os pais são criaturas poderosas e a segurança de seus braços afasta muitos perigos reais ou imaginários.
Em algumas situações os pais sem entender os motivos reais do medo de seus filhos acabam tomando atitudes inadequadas com a pretensão de acabar com o medo infantil. É o caso dos pais que forçam a criança a entrar no mar. Ou a colocar a mão sobre o aspirador de pó cujo barulho a faz chorar. Expor a criança a alguma coisa que teme e que não sabe nomear as causas – só pode transformar um temor moderado, provavelmente passageiro, em experiência aterradora, capaz de transformar numa fobia duradoura.
O temor tanto pode aparecer como desaparecer rapidamente. Ter medo é um estado natural no ser humano. O que acontece com a criança é que ela tem a força da imaginação muito grande e ela a usa para exagerar perigos. Ou para transformar em temores alguns problemas que não consegue resolver.
Para o homem, o medo funciona como uma segurança. Um alerta contra ameaças a sua sobrevivência física. Sem ele correríamos riscos desnecessários.
O medo funciona também para a nossa sobrevivência psíquica. Dessa forma é dever dos pais respeitar os medos infantis e procurar ajudar seus filhos a superar esses problemas, sem com isso aumentar ou transformar um simples medo em uma fobia.
Existem estudos onde mostram que crianças muito punidas pelos pais tendem a ser mais ansiosas e agressivas, principalmente quando necessitam de seu apoio. Também apresentam maior índice de pesadelos e, estaticamente, mais temores.
Aos pais cabe a tarefa de ensinar e educar sempre usando o bom senso e muito carinho, evitando assim acentuar qualquer ansiedade.


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