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10.27.2011

Exame de sangue pode identificar os fumantes que apresentam maior risco de doenças cardíacas

Pulmão
RIO - Um simples exame de sangue pode quantificar a toxicidade de um fumante de pulmão e, em consequência, o seu risco de doenças cardíacas. É o que garantem pesquisadores do UT Southwestern Medical Center, que faz parte da Universidade do Texas, nos EUA.
Um em cada cinco adultos americanos são fumantes e estão entre os candidatos a desenvolver doenças relacionadas ao fumo. As despesas médicas e a perda de produtividade em consequência do fumo custam ao orçamento americano cifra superior a US$ 167 milhões, anualmente, de acordo com levantamento dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Níveis altos de uma proteína pulmonar encontrados no sangue dos fumantes podem indicar o risco de acúmulo de placas perigosas nos vasos sanguíneos, segundo o médico Anand Rohatgi, professor assistente de medicina da UT Southwestern e co-autor do estudo disponível em publicação da Associação Americana do Coração.
- Estamos agora perto de ter um exame de sangue para medir os efeitos relacionadas ao fumo, que contribuem para a doença cardíaca aterosclerótica - disse Rohatgi. - Fumar é um dos maiores fatores para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Fumantes têm risco aumentado de ataque cardíaco, de derrame e de morte por doença cardíaca, mas o risco varia entre os indivíduos. Até este estudo, não havia um exame de sangue simples capaz de medir os efeitos do tabagismo sobre variadas doenças do coração.
Os pesquisadores determinaram a quantidade de surfactante pulmonar B (SP-B), uma proteína encontrada nas células do pulmão danificado, em mais de 3.200 participantes do estudo, com idade que variam entre 30 e 65 anos. A pesquisa recebeu o nome de "Estudo do Coração de Dallas". A investigação sobre doença cardiovascular envolveu, no total, mais de 6.100 moradores de Dallas County, que forneceram amostras de sangue e passaram por exames dos vasos sanguíneos, feitos com ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Os pesquisadores descobriram que os fumantes que tinham níveis mais elevados da SP-B também tinham o mais perigoso acúmulo de placas na aorta, a maior artéria do corpo, com ramos principais para o abdômen, a pelve e as pernas.
O exame de sangue ainda está sendo avaliado clinicamente e não está disponível para uso comercial. O próximo passo, disse Rohatgi, é investigar se a SP-B provoca aterosclerose ou é simplesmente um marcador da doença, e determinar se a redução dos níveis de SP-B pode melhorar os resultados sobre o risco de doença cardíaca.

O Globo

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