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10.06.2011

MAMOGRAFIA É UM GRANDE ALIADO NA LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA


Mamografia é um grande aliado na luta contra o câncer de mama
A mamografia é um exame que pode diagnosticar o câncer de mama e evitar a morte de muitas outras mulheres.

O movimento Outubro Rosa, voltado para a luta contra o câncer de mama, lançou, no dia 4 de outubro, uma campanha que pretende conscientizar a população para a importância de as mulheres fazerem a mamografia com regularidade. Segundo especialistas, a mamografia pode diagnosticar o surgimento de um tumor na mama, além de ser uma grande aliada para aumentar as chances de cura e, consequentemente, reduzir as mortes causadas por este tipo de câncer.
Segundo especialistas, no Brasil, o câncer de mama é responsável por grande parte das mortes de mulheres de 15 a 49 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, somente neste ano devem ser registrados cerca de 50 mil novos casos da doença no Brasil. Ainda segundo o Inca, por ano, mais de 10 mil brasileiras morrem por causa do câncer da mama.
Dados do Ministério da Saúde revelam que existem no Brasil quase 1,3 mil mamógrafos em funcionamento, disponíveis para exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados mostram também que este número é quase duas vezes maior do que o necessário para atender toda a população brasileira.
De acordo com o radioterapeuta Henrique Balloni, a maior parte dos tumores de mama quando diagnosticados no início apresentam taxas de cura elevadas, acima de 90%. Ainda segundo Balloni, exames como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética das mamas podem indicar maior probabilidade do nódulo ser maligno ou benigno.
O Outubro Rosa
O movimento Outubro Rosa foi lançado no final dos anos 90 e é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referentes à doença. Com a aprovação do Congresso norte-americano, o mês de Outubro virou o mês de prevenção do câncer de mama.

 Saiba ainda:

Mulheres devem fazer mamografia a partir dos 35 anos



Estudo americano recomenda exame a partir dos 50 anos.
Em 2008, 49.400 casos de câncer de mama foram registrados no Brasil.
A recomendação de seis grupos independentes de pesquisa americanos de que a mamografia comece a ser feita apenas a partir dos 50 anos não deve ser seguida no Brasil, diz o ginecologista e mastologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Roberto Hegg.

“A população brasileira é diferente da americana e infelizmente ainda temos um número alto de casos de câncer de mama diagnosticados tardiamente.”

O câncer de mama é o principal tipo de câncer entre as brasileiras. Em 2008, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), eram esperados 49.400 novos casos no Brasil. O número representa um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres.

A conclusão dos pesquisadores americanos deve ser examinada com cuidado, diz Hegg. De acordo com a recomendação, publicada na revista "Annals of Internal Medicine", os exames de mama bienais em mulheres entre 50 e 74 anos são tão vantajosos quanto os exames anuais a partir dos 40, sem suas desvantagens.

As desvantagens, dizem os grupos de pesquisas, seriam os altos índices de exames que apresentam o chamado “falso positivo”, o que além de representar um estresse desnecessário para as pacientes tem impactos nos gastos dos sistemas de saúde.

Enquanto a recomendação americana é discutida por especialistas, a indicação da mamografia para as mulheres brasileiras continua a mesma.
Entre 35 e 40 anos, as mulheres devem realizar o exame pelo menos uma vez

Entre os 40 e 50 anos, a cada dois anos. E a partir dos 50 anos, a mamografia deve ser feita pelo menos uma vez por ano, explica o médico.

No caso de mulheres com histórico familiar de casos de câncer de mama, a recomendação de Hegg é que estejam mais atentas e realizem com frequência o auto-exame das mamas.

Para mulheres com menos de 35 anos nesta condição, o exame mais indicado é o ultrassom da mama. “Antes dos 30 ou 35 anos, a mama da mulher é mais densa, por isso a mamografia não tem tanta efetividade”, diz Hegg.

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