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11.28.2011

Adoçante: mocinho ou bandido?

De uma forma geral praticamente todas as pessoas inclusive aquelas que usam adoçantes, não têm uma noção clara do que eles representam, não sabem se o consumo do produto pode acarretar algum malefício à saúde ou qual a real diferença entre eles.

 Existem várias marcas de adoçantes (também conhecidos como edulcorantes) disponíveis no mercado e na verdade a marca comercial que você utiliza pode não ser composta apenas por edulcorantes. Independente da marca, você deve procurar saber no rótulo qual o edulcorante que está presente, sendo que alguns produtos vão ter apenas um edulcorante e outros vão ter uma mistura deles.
Um deles por exemplo, cujo edulcorante é o aspartame (Gold, Aspasweet, Cristaldiet Nutrasweet, Equal, Zerocal, Finn e Spoonful) é um adoçante artificial mais doce que o açúcar e por isso acaba sendo usado em quantidade pequena para adoçar. Isso é muito importante porque quanto menos se usa o adoçante os efeitos adversos também são menores. O aspartame está presente na maioria dos refrigerantes, em muitos chicletes e em vários produtos chamados “diet”.
Cerca de 10% do aspartame ingerido é convertido em metanol. Esta substância também está presente em frutas e verduras, porém, em menor quantidade. Além disso, esses alimentos naturais como as frutas, têm compostos que impedem que o metanol seja convertido numa toxina chamada formaldeído. Então, enquanto os alimentos na forma natural vão conter substâncias protetoras, elas não estão presentes nos adoçantes e nos alimentos dietéticos. Por isso, enquanto alguns cientistas acham que em pequenas quantidades os adoçantes utilizados seriam inofensivos, outros pesquisadores são categoricamente contra os mesmos, já que efeitos colaterais como tremores e até depressão já foram relatados  na literatura.
Outro aspecto bastante divulgado e controverso, é que apesar do aspartame conter zero quilocaloria, ou seja, não engordar em si, acaba estimulando algumas áreas do cérebro que deflagram a fome e às vezes, a compulsão alimentar. Então, segundo alguns, eles não trazem a longo prazo nenhum benefício para as pessoas que querem perder ou controlar o peso. Isto não acontece só com o aspartame, mas com outros adoçantes também.

Ultimamente vêm surgindo informações de que o aspartame estaria associado a várias doenças neurológicas como Esclerose Múltipla e o mal de Alzheimer.
O que ocorre é estas notícias vêm sendo veiculadas por e-mails mal explicados e sem qualquer referência ou comprovação cientifica.
Artigos da literatura científica mostram que somente um consumo muito além do normal poderia provocar efeitos no Sistema Nervoso em indivíduos não portadores de fenilcetonúria.
Deve-se lembrar também que produtos vendidos como aspartame no mercado, muitas vezes possuem apenas cerca de 4% de aspartame, sendo o restante lactose ou maltodextrina, que são açúcares naturais.
É oportuno esclarecer que as doses diárias aceitáveis são de 50mg/kg., o que não deve ser motivo de preocupação, já que geralmente os grandes consumidores ingerem no máximo 6% da quantia máxima tolerada pelo organismo.
Um dos adoçantes mais vendidos, até pelo seu baixo preço, contem uma combinação de sacarina sódica e ciclamato de sódio (.Dietil, Sucaryl, Adocyl, Assugrin e Doce Menor ). Por conter sódio, eles teoricamente não são apropriados para hipertensos, ou portadores de Insuficiência cardíaca congestiva. Além disso, eles contêm um sabor residual mais amargo e quando utilizado em grande quantidade, não são bem aceitos.
A sacarina é um adoçante bem antigo e muito estudado. Algumas pesquisas mostraram alguma ligação com câncer, principalmente de bexiga em estudos com ratos e por esse motivo, ela foi banida em alguns países da Europa e também no Canadá, apesar de não terem sido observados no ser humano. No Brasil e nos Estados Unidos ela é liberada e está presente em uma enormidade de produtos dietéticos inclusive em refrigerantes misturados com aspartame.
Por fim outro adoçante bem popular, tem como composto base a sucralose (Linea, Splenda). A sucralose também é artificial, não provoca cáries, não possui nenhuma caloria, sendo 600 vezes mais doce que a sacarose, e tem o sabor muito parecido com o do açúcar, doce, leve, e não deixa gosto residual desagradável.
 A sucralose é o resultado da adição do cloro à molécula de açúcar. Com essa modificação da estrutura do açúcar, o organismo não consegue quebrá-la, ou seja, não consegue retirar energia da molécula e por isso a pessoa não engorda.
A sucralose não é reconhecida pelo organismo como açúcar ou carboidrato, portanto, não tem efeito na utilização da glicose, no metabolismo do carboidrato, na secreção da insulina ou na absorção da glicose e da frutose.
É pouco absorvida pelo trato digestivo, sendo eliminada nas fezes. Por ser o adoçante mais recente, os riscos à saúde ainda são pouco conhecidos.
Estudos em pessoas com níveis normais de glicose no sangue e em pessoas com diabetes do tipo 1 e tipo 2 confirmaram que a sucralose não afeta o controle da glicose a curto ou longo prazo.
Por ter a capacidade de resistir a altas temperaturas no forno e no fogão, tem sido muito utilizado no preparo de alimentos especialmente doces, sem modificar o paladar.
Finalmente não devemos nos esquecer que qualquer um dos produtos mencionados são drogas, e com tal, além de suas vantagens, sempre têm reações adversas que variam de um para outro organismo, bem como dose dependente individualizada.
Porém, se o usuário do Splenda não tiver um intestino bom, e quem quiser saber mais sobre o assunto pode ler sobre a disbiose, a sucralose pode ser absorvida em até 40%, caindo na corrente sanguínea e causando inflamação, o que dificulta a perda de peso e o controle do diabetes.

Fonte: blog  Controvérsias, Dúvidas e Bobagens

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