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11.15.2011

DISTÚRBIOS DA FACE: SAIBA SE VOCÊ SOFRE COM ESTE PROBLEMA

Distúrbios da face: saiba se você sofre com este problema
As dores na face atingem com mais frequências as mulheres e pessoas com idades entre 20 e 45 anos. Saiba mais.

Muito se fala em pessoas que sofrem com dores crônicas. Mas, há quem sofra com outras dores que podem ser muito incômodas: as dores da face. Entre estas dores podemos citar os estalos nas articulações, cansaço, as dores de cabeça e a rigidez dos músculos da mastigação. Para quem não conhece, estes sintomas estão relacionados aos Distúrbios Funcionais Orofaciais (DFO).
“Rigidez, cansaço, dores ao tocar nos músculos mastigatórios, movimentos mandibulares limitados, dores cervicais e alterações na abertura e fechamento da boca também indicam a presença destes distúrbios”, ressalta Nilse Regina Waltrick Köhler, fonoaudióloga especializada em distúrbios funcionais da face que atua na equipe multidisciplinar da Köhler Ortofacial.
O estresse e a rotina cansativa dos dias atuais contribuíram para que os distúrbios da face ganhassem grande destaque. “Os números mostram que grande parte da população sofre com os sintomas dos DFO, apesar destas patologias não serem amplamente divulgadas como deveriam para auxiliar no diagnóstico precoce. Quanto mais cedo os sinais são detectados, mais eficazes são as estratégias de tratamento”, observa Nilse, especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.
Do total de pessoas que apresentam os sintomas, apenas 30% se queixam do problema e 5% procuram tratamento efetivamente. Estes distúrbios são mais incidentes entre os 20 e 45 anos e as mulheres são as mais atingidas. “Antes os DFO eram associados principalmente aos problemas dentários, como falta de dentes e distribuição incorreta nas arcadas dentárias. Com os avanços científicos foi possível descobrir que são vários os fatores que levam a estes distúrbios. Traumas físicos e emocionais, aspectos hormonais no sexo feminino, bruxismo e alterações posturais ou de comportamento estão entre as causas”, explica a especialista.
Para identificar precisamente as causas dos distúrbios que afetam a face existe uma espécie de protocolo de atendimento, desenvolvido pela Academia Européia de Desordens Craniomandibulares (EACD). Com base nestas orientações o especialista faz exames clínicos e testes funcionais nos pacientes, que também tem que responder a um questionário. “As estratégias de tratamento mudaram para beneficiar os pacientes. Assim é possível indicar métodos menos invasivos, reversíveis e que demandam menos desagaste biológico”, aponta.
Tratamento para os distúrbios da face
Existem várias linhas de tratamento, que incluem aconselhamento comportamental, fisioterapia, uso de placas interoclusais e reeducação funcional. O objetivo é eliminar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Dependendo do caso ainda pode ser indicada a realização de tratamento ortodôntico e de próteses. Mas estes métodos só costumam ser prescritas depois que os sintomas forem eliminados”, acrescenta a especialista, que contribui com a área científica por meio de artigos sobre os distúrbios que afetam a face.
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