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11.12.2011

A AFETIVIDADE NA FORMAÇÃO DA AUTO-ESTIMA DO ALUNO


Família e escola devem trabalhar juntas para ajudar a criança a desenvolver todas as
partes de si mesma, de modo a ser livre para aprender e criar. Só o respeito à sua total
originalidade permite à criança o desenvolvimento da própria capacidade individual.
A criança precoce ou não, aproveitará o apoio e a conversa franca sobre o seu
crescimento. As crianças que se desenvolvem mais devagar irão se beneficiar muito com o
desenvolvimento de habilidades específicas. A competência compensa o “fracasso” de um corpo
franzino, ou de crescimento lento.
Apesar da consciência e das habilidades, a criança poderá se lamentar sobre seu
desenvolvimento se esse estiver visivelmente em desacordo com o de seus companheiros. Logo, a
apreciação da natureza humana é fundamental para a auto-estima na vida de toda criança. Vale
ressaltar que, os seres humanos adaptam-se e ajustam-se até mesmo aos ambientes psicológicos
mais desfavoráveis, portanto, a tendência para um desenvolvimento sadio floresce até mesmo nas
pessoas que tiveram poucos estímulos psicológicos e que já estão em idade avançada.
Algumas escolas adotam ainda práticas que valorizam o crescimento cognitivo dos
alunos desconsiderando o emocional, por isso as crianças terão mais probabilidade de efetuar o
que prometem se participarem de num clima que lhes permitam crescer no memento adequado, à
sua própria maneira.
As crianças precisam de compreensão afetiva quando atravessar o difícil caminho da
dependência para a independência. Se forem dados os elementos básicos necessários, elas só
terão como alternativa gostar de si próprias.
Vale ressaltar que a criança saudável é verdadeira consigo mesma, o que lhe assegura a
integridade pessoal. Ela faz o que pode com o que tem e isso lhe dá uma paz interior. Há um
ditado popular que diz: “Eu não posso estar bem com alguém se não estou bem comigo mesmo”.
O que a criança sente em relação a si mesma afeta seu modo de viver.
Uma auto-estima elevada baseia-se na convicção que a criança tem que ser amada e valorizada, precisando saber que é importante justamente porque existe.
Ao sentir-se competente para lidar consigo mesma e com o ambiente que a cerca, a
criança percebe que tem algo para oferecer aos outros, por isso a auto-estima elevada não é
pretensão: é a tranqüila aceitação da criança em ser quem é.
É fundamental que os professores saibam que toda a criança tem o potencial de gostar de
si mesma, e que aprende a ver a si mesma tal qual as pessoas importantes que a cercam a vêem,
pois, ela constrói sua auto-imagem a partir das palavras, da linguagem corporal, das atitudes e
dos julgamentos dos outros.
A promoção da afetividade é um terreno em que se torna difícil propor sugestões já que
as necessidades das crianças são diferentes. Assim, por exemplo, o que é útil para uma criança
impulsiva pode não ser para uma inibida, daí a necessidade do uso de recursos e metodologias
variadas pelo professor.
Neste sentido, a escola deve ser um ambiente aberto ao debate da cidadania, da
liberdade, da responsabilidade, da justiça social, do respeito. Uma organização que aprende e que
e que seja capaz de ensinar. O aluno deve apresentar um comportamento ativo e livre no processo
de aprendizagem, dando-lhe uma sensação de autodireção e decisão.
As escolas devem também se preocupar com a formação deste professor que hoje tem
um perfil de mediador, de orientador no processo ensino-aprendizagem, buscando ou formando
profissionais que incluam em sua visão educacional a dimensão emocional como fundamental
para o bom desempenho do aluno.
 Por CÉLIA Mª MORAES DE SOUZA

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