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11.18.2011

Pouca atividade física e muita televisão aumentam risco de depressão em mulheres

Estudo revelou que as mais sedentárias podem ter 20% mais chances de enfrentar quadros depressivos
Atividade física e pouca televisão: hábitos como esses foram relacionados com menos incidência de depressão em mulheres
Atividade física e pouca televisão: hábitos como esses foram relacionados com menos incidência de depressão em mulheres 
Mulheres que se exercitam mais e assistem menos televisão são aquelas com menor riscos de serem diagnosticadas com depressão. É isso que diz um estudo feito por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado no American Journal of Epidemiology.
A pesquisa aplicou um questionário a quase 50 mil mulheres, com perguntas sobre saúde e estilo de vida, as quais elas responderam a cada dois anos no período entre 1992 e 2006. No início do estudo, nenhuma dessas mulheres apresentava depressão. Após esses 14 anos, 6.500 voluntárias haviam sido diagnosticadas com o problema.
Resultados — O estudo observou que o fator mais impactante relacionado aos quadros depressivos foi a prática de atividade física. As mulheres que revelaram se exercitar durante 90 minutos ou mais por dia tinham 20% menos chances de desenvolver depressão do que aquelas que se exercitavam por 10 minutos ou menos diariamente.
"Atividade física praticada por mais tempo pode aumentar a autoestima, o senso de controle e os níveis de endorfina no sangue da mulher", explica Michel Lucas, coordenador do estudo.
Assistir televisão foi identificado como hábito relacionado à depressão. Segundo a pesquisa, as mulheres que passavam mais tempo em frente ao aparelho apresentaram 13% mais riscos de ter depressão do que aquelas que raramente ligavam a TV. Segundo Lucas, uma possível explicação para essas duas relações está no fato de que muitas mulheres substituem o tempo em que poderiam praticar alguma atividade física por ficar em frente à televisão.
Embora o estudo tenha colocado a depressão como consequência de não praticar atividade física, os pesquisadores também consideram a hipótese de que, em certos casos, a mulher possa ter experimentado alguns sintomas da depressão antes de ser diagnosticada formalmente com o problema. Assim, deixou de se exercitar após ser acometida pelo problema, e não antes.

Saúde e televisão

Vários estudos já apontaram para os prejuízos que o hábito de assistir muita TV pode causar. Conheça alguns:

  1. Piora na alimentação — Um estudo feito na Universidade de Loughborough, do Reino Unido, concluiu que quanto mais tempo uma pessoa passa em frente à televisão, pior é a qualidade daquilo que come. Assistir TV está associado com o consumo de lanches, bebidas e fast foods com maior quantidade de calorias e baixa ingestão de frutas e legumes.
  2. Menor aprendizagem Segundo recomendações lançadas neste ano pela Academia Americana de Pediatria (APP), as crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo TV. Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, indicou que, a cada hora que uma criança passa em frente à televisão, há uma declínio de 6% em seu desempenho matemático e 7% de sua participação em sala de aula.
  3. Hipertensão Uma pesquisa publicada no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent relacionou tempo demais em frente à televisão e ao computador com o aumento da pressão sanguínea das crianças.
  4. Problemas psicológicos — Hiperatividade, dificuldades nos relacionamentos sociais e problemas emocionais foram alguns dos problemas observados por estudo publicado no periódico Pediatrics em crianças que passavam duas ou mais horas em frente à TV ou ao computador ao dia.

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