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11.05.2011

TUDO O QUE VOCÊ QUER E PRECISA SABER SOBRE A PÍLULA DO DIA SEGUINTE

Tudo o que você quer e precisa saber sobre a pílula do dia seguinte

Ela ainda desperta muitas dúvidas, não é verdade? Já que é assim, fique por dentro deste assunto!

Ela surgiu no mercado cercada de desconfianças e, mesmo depois de alguns anos no mercado, a pílula do dia seguinte ainda deixa muitas dúvidas sobre a sua eficácia e possíveis efeitos colaterais. Para acabar com as suas dúvidas, confira uma entrevista com a ginecologista Rosa Maria Neme, Diretora do Centro de Endometriose São Paulo.


1- Qual a composição deste medicamento? E por que ele é mais potente em relação às demais pílulas?

A pílula do dia seguinte é composta apenas de progesterona, o levonorgestrel. Ela é considerada mais potente porque possui maior concentração do hormônio quando comparada a uma pílula tomada diariamente.

2- Como ela atua sobre o organismo? Quais os efeitos colaterais?

A ação da progesterona é tornar o endométrio um ambiente inóspito para a implantação do embrião. Como efeito colateral, pode provocar enjôo, mal-estar e dor-de-cabeça.

3- A pílula do dia seguinte é eficaz? Oferece riscos à saúde? Quanto tempo após a relação ela deve ser tomada?

Idealmente ela deve ser tomada até 24 horas da relação desprotegida para garantir uma eficácia adequada. Mas, pode eventualmente ser tomada até 72 horas após a relação. Os riscos de gravidez existem e também de ocasionar irregularidade menstrual. Por esta razão, não deve ser tomada sempre.

4- É possível evitar a gravidez com ela?

A pílula do dia seguinte possui uma efetividade de quase 94% se tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida ou acidental.

5- Em quais ocasiões ela deve ser tomada? Precisa de prescrição médica?

Somente em ocasiões de emergência e nunca como um método contraceptivo convencional. Deve ser prescrita sempre pelo médico.

6- Ela tem sido usada por muitos jovens como método regular de contracepção, não emergencial. Qual é o risco desse procedimento?

O grande risco é desregular todo o ciclo hormonal. Essa pílula apresenta uma dose alta de hormônio e se usada de forma não emergencial, pode causar sintomas como irregularidade menstrual importante, efeitos desconfortáveis na pele, como acne e aumento de oleosidade, por exemplo.

7- É perigoso adotar a pílula do dia seguinte como a única forma de evitar a gravidez e as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis)? Por que? O que o uso freqüente da pílula do dia seguinte pode causar?

Claro. Em primeiro lugar, por que ela não previne contra DSTs, e, em segundo, porque usá-la como método para evitar a gravidez, vai causar um desequilíbrio hormonal significativo no organismo feminino. Ela pode ser conciliada esporadicamente com outros métodos, mas se usada com freqüência, pode causar retenção hídrica, aumento da oleosidade da pele, entre outros sintomas.

8- Qual deve ser a periodicidade da pílula?

Deve ser tomada em dose única (postinor uno ®) ou em 2 doses com intervalo de 12 horas entre a primeira e segunda dose (postinor duo ®).

Mais informações

Centro de Endometriose São Paulo
www.endometriosesp.com.br 

SAIBA MAIS 

Saiba como usar a pílula do dia seguinte

Tire suas dúvidas sobre a PDS e entenda porque ela não pode ser usada como anticoncepcional

Por Monique dos Anjos e Mariliz Jorge
Cartela de pílula
A pílula do dia seguinte é assunto cercado de polêmicas e inseguranças.

As dúvidas mais frequentes

Como a pílula deve ser tomada?

Existem dois tipos. Um deles vem em dose única e o outro são dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia.

A pílula funciona como um abortivo?

Não. Ela age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum.

Preciso de receita médica para comprar a pílula?

Sim. Embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso.

Ela pode causar efeitos colaterais?


Sim. O mais frequente deles é a alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Em outras palavras, vai ficar impossível calcular seu período fértil e o dia da sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns. No caso de vômito ou diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Quem tem organismo sensível a medicamento e está tomando a pílula com indicação médica deve pedir a indicação de um remédio contra enjoos para tomar ao mesmo tempo.

Existe contraindicação?

A pílula é contraindicada para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou obesa mórbida. Isso porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos.

Se eu tomar repetidas vezes, ela perde o efeito?

Ela não perde o efeito, mas o risco de você engravidar aumenta. Normalmente, ele já é de 15% se você tomar depois de 24 horas de transar, contra uma média de 0,1% da pílula anticoncepcional comum.

Posso trocar a camisinha pela pílula?

Nem pense nisso. A pílula deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha. Além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara, o contraceptivo de emergência não a protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha.

A pílula do dia seguinte é também um método contraceptivo?


Não. Como o próprio nome diz, ela deve ser usada em casos excepcionais e não como um anticoncepcional de rotina, como muitas mulheres estão fazendo. A dose alta de hormônio do medicamento, cerca de 20% a mais do que o existente em uma drágea de anticoncepcional, aumenta o risco de efeitos colaterais.

Mesmo tomando essa pílula é possível engravidar?

Sim. Como todo método, há risco de falha. Como já foi dito, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior a sua eficácia.

O uso pode afetar o aparelho reprodutor?


Pode. A curto prazo causa uma verdadeira revolução na produção hormonal da mulher. Já, a longo prazo, depende da quantidade de vezes que a pílula do dia seguinte foi usada. Quanto mais, maiores os riscos. Caso ocorra a gestação ectópica, a mulher poderá perder uma trompa e isso dificultará uma futura gestação.

Ao utilizá-la, estarei protegida até a chegada da menstruação?

Não. Terá se protegido somente da relação que aconteceu antes de ter tomado a pílula.

Boa Forma

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