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2.26.2011

Competir, se destacar, suportar todas pressões, conquistar um salário invejável - e depois torrá-lo no psiquiatra


 Adoro camisetas dessas que trazem frases sintéticas que são verdadeiros manifestos. Elas vão direto ao ponto, gritam mensagens e sentimentos que grudam nos nossos neurônios feito chiclete. O equivalente moderno desse meio de comunicação rebelde é o Twitter. No espaço de poucos caracteres alguém esperneia, berra, reflete com inteligência e bom humor. O mundo lê e se identifica.

Assim como os bons tweets, algumas camisetas são simplesmente geniais. Há alguns meses entrei com a minha filha numa loja moderninha instalada no espaço estreito que já foi uma garagem.Uma camiseta trazia a estampa de uma lousa com giz e apagador. No quadro negro, a frase: “Não mato aula. A aula é que me mata”.

A frase é das boas: politicamente incorreta e instigante. Por mais que eu considere a educação um patrimônio gigantesco e um valor fundamental é preciso reconhecer que o processo de aprendizagem é doloroso. Na maioria das vezes, ser aluno dói. É ser obrigado a cumprir uma rotina que não escolhemos, a aprender conteúdos que parecem inúteis e são esquecidos tão logo o bimestre acaba e a encarar chateações de todo tipo.

O desabafo da camiseta faz ainda mais sentido para as crianças da geração da minha filha do que faria para mim quando eu tinha os 10 anos dela. Algumas escolas e professores até que se esforçam, mas, na maior parte dos casos, as aulas são maçantes para a geração que já nasceu digital.

O mundo mudou, mas o script da vida escolar continua praticamente o mesmo: lousa, apagador, alunos sentados, professor em pé, ouvir, escrever, fazer lição de casa. Para muitos alunos, escola é o próprio tédio. Esses garotos não matam aula. Estão lá. De corpo presente, mas dispersos. É a aula que os mata.

Fiquei pensando em que medida esse sentimento (de estar presente, mas incomodado ou infeliz) nos persegue desde a escola até a vida adulta, quando entramos no mercado de trabalho. Se o trabalho é fonte de tristeza, que danos emocionais pode causar? Lembrei de alguém que poderia me dar boas pistas.

No final do ano passado, assisti em Fortaleza a uma palestra do psiquiatra Duílio Antero de Camargo, durante o Congresso da Associação Brasileira de Psiquiatria. Depois de conversar com ele nesta semana, fiquei convencida de que grande parte dos trabalhadores (talvez a maioria) tem vontade de gritar: “Não mato o trabalho. O trabalho é que me mata”. Se esse é o seu caso, mãos ao Twitter.

Um dos campos de pesquisa de Duílio é o presenteísmo. Esse é um termo que significa “estar presente no trabalho, mas com um sintoma leve de alguma doença ou distúrbio”. A pessoa não falta, mas trabalha doente. Não é só o trabalhador que perde com isso. A empresa também perde.

“Pesquisas realizadas nos Estados Unidos demonstram que as perdas de produtividade por depressão e dores sofridas por trabalhadores que não faltam ao trabalho superam as perdas de produtividade derivadas do absentesísmo”, diz Camargo. Ele é um dos especialistas do setor de psiquiatria do trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

O presenteísmo é um problema conhecido pelos profissionais de recursos humanos e pelos médicos do trabalho. A maioria deles, porém, se preocupa mais com os fatores ambientais que provocam mal-estar e doenças: ergonomia, calor, segurança do trabalho etc.

Duílio decidiu investigar um campo pouco explorado. Ele pesquisa os problemas emocionais e os transtornos psiquiátricos originados no trabalho. Está lançando o livro Psiquiatria ocupacional, pela Editora Atheneu. A obra pode ser comprada na editora, mas só chegará às livrarias em maio.

Os transtornos mentais (entre eles, os depressivos) já são a terceira causa de afastamento do trabalho no Brasil. Ficam atrás apenas dos acidentes e das lesões conhecidas como LER/Dort, o conjunto de doenças provocadas pelo esforço repetitivo. Na região sudeste, os transtornos mentais ocupam o segundo lugar.

“A maioria das empresas trabalha com metas e impõe cobranças radicais. A pressão exagerada por produtividade e o excesso de tensão provocam problemas emocionais que podem desencadear transtornos mentais graves”, diz Camargo.

A coisa é mais ou menos assim: o funcionário trabalha num ritmo insano, enfrenta pressões e acostuma-se a ouvir reclamações constantes da chefia em reuniões constrangedoras. Passa anos nesse ritmo como se esse fosse o ambiente natural de sua profissão. Não reclama, por medo de perder o emprego ou porque não quer ser considerado um fraco.

Até que um dia os problemas emocionais começam a aparecer. Pode ficar ansioso, meio deprimido ou sentir medo. Se isso durar um dia ou outro e não atrapalhar a vida do sujeito, significa que ele ainda não está sofrendo de uma doença psiquiátrica. Mas se a ansiedade, a depressão e o medo perdurarem e começarem a provocar problemas físicos (taquicardia, hipertensão, dores de cabeça, insônia, por exemplo) pode ser o sinal de que um transtorno mental está instalado. Esse é um terreno fértil para uma série de males, entre eles transtorno do pânico, depressão, transtornos do sono, síndrome de burnout (esgotamento total) etc.

Você reconhece essa descrição? Aí no seu trabalho tem alguém que passou por isso? Infelizmente essa é uma situação corriqueira. Até recentemente, os empregados tinham grande dificuldade de comprovar na Justiça que os transtornos psiquiátricos eram provocados pelo trabalho. Duílio e outros profissionais procuraram estabelecer aquilo que na linguagem jurídica se chama nexo causal. Ou seja: de que forma a situação vivida no trabalho pode ter provocado o dano observado.

A depressão do sujeito foi disparada pelo chefe ou pelo casamento ruim? Pelo assédio moral na empresa ou por sua condição sócio-econômica? No livro, Duílio apresenta um questionário que ajuda o médico do trabalho, os psiquiatras e os peritos a fazer essa distinção.

Ele também analisou as ementas de 56 processos julgados e que tiveram o nexo causal reconhecido. A pesquisa é apresentada em tabelas que relacionam a síndrome psiquiátrica, o nexo causal e os sintomas associados. Elas revelam histórias exemplares da extensão dos danos que um ambiente de trabalho doente pode provocar. É o caso do funcionário que sofreu rebaixamento de cargo e redução de salário. Como se não bastasse, foi transferido para outra cidade e perdeu o direito à moradia. O resultado foi perturbação mental e suicídio.

Será que é tão difícil construir um ambiente profissional saudável? É natural que o relacionamento entre chefes e subordinados seja conflituoso. Ele envolve relações de poder e uma convivência forçada entre pessoas que não se escolheram. Se homens e mulheres que se casam apaixonados e de livre e espontânea vontade às vezes brigam como cães e gatos, o que esperar da relação entre chefes e funcionários que trocam gentilezas contínuas como se estivessem prestes a entrar num ringue de Vale-Tudo?

Acho que uma regra básica do bom senso deveria prevalecer: não faço aos outros aquilo que não gostaria que fizessem a mim. Essa norma simples já seria capaz de evitar muito do desrespeito e dos danos emocionais que ouvimos por aí. Os tantos conflitos do mundo corporativo demonstram que a coisa deve ser muito mais complicada do que isso.

Há saída? Segundo Duílio, as empresas precisam ser sensibilizadas e criar programas preventivos. Isso significa avaliar a saúde mental dos funcionários por meio de questionários e testes e ensinar as pessoas que ocupam cargos de chefia a lidar com emoções. “Não adianta tentar mexer na base. Quem tem o poder é que precisa aprender a lidar com gente e a zelar pela saúde mental de todos”, diz Duílio.

Os danos emocionais são especialmente perversos quando acometem os profissionais que ganham os menores salários. Aqueles que estão indefesos, sem a menor condição de pagar uma psicoterapia ou um tratamento psiquiátrico. Os profissionais mais qualificados têm a chance de colocar na balança as perdas e os ganhos que cada empresa oferece. Vale a pena batalhar, se destacar, competir, suportar todas as pressões, conquistar um salário invejável -- e depois torrá-lo na terapia ou no psiquiatra? Conheço vários profissionais, de diferentes áreas, que estão nesta situação. E outros que ainda não procuraram ajuda, mas deveriam.

Você já sofreu danos emocionais ou doenças psiquiátricas provocados pelo trabalho? Conhece alguém que passou por isso? Conte pra gente. Queremos ouvir a sua opinião. 

CRISTIANE SEGATTO

OBESIDADE NA INFÂNCIA

Um menino de 5 anos nascido na década de 1970 podia se sentir seguro para encarar os valentões da escola se tivesse 1,08 metro – a altura média entre seus coleguinhas na época. Hoje, são necessários pelo menos 4 centímetros a mais para se garantir. A espichada, que se repetiu em outras faixas etárias e equiparou o crescimento de nossas crianças à média mundial, é um indicador de que o prato dos brasileiros nunca esteve tão cheio. Nos últimos 20 anos, o número de desnutridos crônicos caiu de 19,6% para 6,8%.
Só que o crescimento vertical dos brasileirinhos veio também acompanhado de um vertiginoso crescimento lateral. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, nos últimos 30 anos, triplicou o número de crianças com idade entre 5 e 9 anos acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, 33,5% pesam mais do que deveriam. Pelo menos 14% delas já são consideradas obesas.
Alarmados com estatísticas como essas, autoridades de saúde pública, médicos e nutricionistas de vários países passaram os últimos anos esquadrinhando o comportamento e os hábitos das famílias. Descobriram como os costumes alimentares – bons ou ruins – pesam na balança. Acabaram produzindo recomendações para pais que querem rechear o prato e a vida dos filhos de saúde. Nesta edição especial Corpo & Mente, ÉPOCA traz medidas simples e eficazes para melhorar a alimentação das crianças. Apresentamos as raízes psicológicas dos maus hábitos alimentares, descrevemos os cardápios adequados para as crianças e discutimos, por meio de exemplos, como é possível fazer uma boa educação do paladar.
Hoje, o cardápio da maior parte das crianças está desajustado. Elas comem pouco daquilo que deveriam: leite e derivados, frutas e verduras, arroz e feijão. E excessivamente daquilo que não deveriam. O refrigerante substituiu o leite, os lanches tomaram o lugar das refeições, doces e balas são ingeridos a toda hora... O resultado é uma nova forma de desnutrição na abundância. “É o que chamamos de fome oculta”, diz a nutricionista Fernanda Pisciolaro, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. “As crianças estão carentes de micronutrientes, como vitaminas e minerais, e não de energia.” A sensação é de barriga cheia, mas o corpo sente a falta de nutrientes importantes.
A mudança dos hábitos alimentares está ligada ao aumento da renda das famílias nos últimos anos. O número de crianças obesas e acima do peso aumenta à medida que a renda das famílias cresce (leia o quadro abaixo). Os ponteiros da balança sugerem que, vencida a primeira batalha – pôr comida no prato de milhões de brasileiros –, é preciso atacar um novo problema: a qualidade da alimentação.
Ao se tornar acessíveis, os alimentos industrializados promoveram uma revolução negativa. “O consumo desses produtos virou sinônimo de status”, diz o pediatra Claudio Leone, da Universidade de São Paulo. As refeições ganharam o reforço de massas prontas, empanados de carne, hambúrgueres. Conquistaram as crianças pelo sabor e os pais pela praticidade. “Ficou mais fácil alimentar filhos lançando mão da oferta gritante de alimentos industrializados”, diz a nutricionista Cristina Pereira Gaglianone, da Universidade Federal de São Paulo, atualmente na Universidade Central da Flórida, nos Estados Unidos.
O empenho em aprimorar a alimentação infantil deriva de estudos científicos que mostram como a dieta equilibrada faz mais do que apenas garantir silhuetas esbeltas. Ela também influencia o desenvolvimento da inteligência. Neste mês, pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, publicaram um estudo que relaciona os hábitos alimentares à inteligência. Numa pesquisa com 4 mil crianças de 8 anos, concluíram que aquelas cuja alimentação era rica em açúcar e gordura tinham 2 pontos a menos no quociente de inteligência. O efeito foi preponderante nas crianças que tinham alimentação pior até os 3 anos, fase em que o desenvolvimento cognitivo é acelerado.
O padrão alimentar também pode favorecer a concentração e melhorar o desempenho escolar. Num estudo com 120 adolescentes, o psicólogo britânico David Benton, da Universidade Swansea, no País de Gales, concluiu que as meninas que consumiam mais junk food tinham deficiência de vitamina B1 e se mostravam irritadiças. Depois de dois meses recebendo 50 gramas diárias da vitamina (que atua no sistema nervoso), as meninas relataram mais disposição e facilidade para organizar as ideias.
Tornar o prato das crianças mais saudável pode ser a chave para prevenir o aparecimento de doenças no futuro. As generosas porções de açúcares e gorduras que fazem refrigerantes, biscoitos e salgadinhos irresistíveis ao paladar também alteram o funcionamento do organismo. Aumentam a quantidade de açúcar no sangue e favorecem o acúmulo de gordura nas artérias, fatores que podem levar a criança a desenvolver doenças como diabetes e hipertensão. “Muitas crianças não são obesas, mas estão com níveis de gordura elevados no sangue, por causa da dieta inadequada”, diz a pediatra Lilian Zaboto.
“A alimentação desregulada de hoje pode originar uma geração de adultos doentes no futuro”, diz a cardiologista Rosa Celia Barbosa, fundadora do projeto Pro Criança Cardíaca, no Rio de Janeiro. Ela nota nas crianças que chegam a seu consultório as consequências da alimentação inadequada. Dos 2 mil pacientes atendidos por sua equipe, pelo menos 50% apresentam nível de gordura no sangue superior ao recomendado. Nos Estados Unidos, o resultado de um estudo conduzido pela pediatra Geetha Raghuveer, pesquisadora da Universidade do Missouri-Kansas, causou surpresa. Geetha analisou a espessura interna das artérias que levam sangue do coração ao cérebro em 70 crianças com mais de 6 anos. Descobriu que, por causa do acúmulo de gordura, as paredes dos vasos tinham 0,45 milímetro, espessura compatível com a de adultos de 40 anos.
Tais estudos sugerem um futuro tenebroso, caso a obesidade infantil não seja contida. Trata-se, porém, de uma realidade que felizmente podemos mudar. A melhor receita para ensinar as crianças a comer direito é uma mistura de educação e informação. Um bom começo você encontra nos links abaixo.
   Reprodução

Envelhecimento Humano


MADRI - Cientistas dos EUA e Espanha desenvolveram um modelo celular para estudo em laboratório do envelhecimento humano após rejuvenescer o núcleo das células de pacientes com uma síndrome muito rara de envelhecimento precoce, cuja média de vida é de 15 anos.
A pesquisa, publicada na última edição da revista Nature, favorecerá a busca de compostos químicos para alterar o processo do envelhecimento humano, assim como uma maior compreensão das doenças cardiovasculares.
Também pode dar esperanças de cura no futuro aos doentes com a síndrome de envelhecimento prematuro Hutchinson-Gilford.
A extrema complexidade do processo de envelhecimento e suas patologias associadas sempre significaram barreiras para o estudo, que agora podem começar a ser derrubadas.
Os afetados com a raríssima síndrome de Hutchinson-Gilford, cerca de 100 casos conhecidos no mundo, sofrem na infância patologias associadas à velhice como a arteriosclerose, trombose e ataques cardíacos.
Os sintomas principais desta doença causada por um defeito genético que produz o acúmulo de uma proteína, a progeria, causadora da aceleração do envelhecimento, são baixa estatura, alopecia, ausência de gordura subcutânea, osteoporose e rigidez articular.
Trata-se da primeira vez que os cientistas conseguem desenvolver um modelo celular humano "in vitro" para estudar o envelhecimento.
Assim explicou à Agência Efe o diretor do estudo, Juan Carlos Izpisúa, diretor do Centro de Medicina Regenerativa de Barcelona (CMRB) além de responsável pelo laboratório de expressão genética do Instituto Salk, nos EUA.
Os cientistas geraram com sucesso células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) a partir de fibroblastos (células do tecido conjuntivo) de pacientes com esta síndrome.
A pesquisa conseguiu a regressão de células doentes destes pacientes para um estado embrionário, com a supressão reversível do gene da progeria por reprogramação, e sua posterior reativação durante a diferenciação celular.
Foi possível "um modelo único" para estudar patologias humanas associadas ao envelhecimento prematuro, com a vantagem de que as células reprogramadas se diferenciam em um prazo relativamente curto (duas semanas), em contraste com as décadas que dura o envelhecimento normal.
Este modelo "in vitro" de células iPS se baseia na identificação de novos marcadores de envelhecimento e vários aspectos da velhice prematura e fisiológica em humanos.
A geração de células iPS em pacientes com progeria facilitará o conhecimento de doenças cardiovasculares, que são as que causam mais mortes nas sociedades desenvolvidas.
Além disso, o estudo dá esperanças para o desenvolvimento no futuro de tratamentos para crianças com a síndrome de Hutchinson-Gilford, por exemplo, o possível transplante de células pluripotentes induzidas saudáveis.
Efe

População deve consumir até 70g de carne vermelha por dia

As pessoas devem limitar a quantidade de carne vermelha da dieta ao equivalente a três fatias de presunto, uma costeleta de cordeiro ou duas fatias de rosbife por dia, advertiram assessores do governo britânico nesta sexta-feira.
SXC
As pessoas devem limitar a quantidade de carne vermelha da dieta ao equivalente a três fatias de presunto por dia
As pessoas devem limitar a quantidade de carne vermelha da dieta ao equivalente a três fatias de presunto por dia
A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph".
O CSN (Comitê Científico Consultivo em Nutrição), divulgou as recomendações com o intuito de reduzir o risco de câncer de intestino entre a população.
Evidências sugerem que o consumo de carne vermelha e processada aumenta as chances de contrair a doença e que as pessoas que comem 90 g ou mais por dia devem diminuir a quantidade.
Reduzir à média de 70 g por dia pode ajudar a diminuir o risco, disse o estudo da CSN.
A carne vermelha contém substâncias que já foram associadas ao câncer de intestino. Um composto em particular, que dá cor ao alimento, danifica o revestimento do cólon, de acordo com pesquisas anteriores.
O WCRF (World Cancer Research Fund) recomenda limitar o consumo a 500 g de carne vermelha cozida por semana (cerca de 700 g a 750 g de carne crua).
Ainda diz que as pessoas devem evitar carnes processadas por causa do risco ainda maior de câncer de intestino.
A estimativa do comitê é que 3.800 casos de câncer de intestino poderiam ser evitados se todos comessem menos de 70 g de carne processada por semana, e que cerca de 1.900 também poderiam ser prevenidos pela redução do consumo de carne vermelha para menos de 70 g por semana.
A carne processada é geralmente definida como qualquer carne defumada, salgada ou com conservantes químicos. Especialistas acreditam que este processo provoca a formação de carcinógenos [substâncias que afetam o DNA das células normais do epitélio respiratório, causando mutações em seu código genético], que podem danificar as células do corpo e permitir que o câncer se desenvolva.
O governo publicou nesta sexta uma lista do que é considerado uma porção de 70 g de carne vermelha ou processada: uma fatia fina de bacon; dois hambúrgueres de carne de vaca; seis fatias de salame; uma costeleta de cordeiro; duas fatias de rosbife de cordeiro ou de porco; ou três fatias de presunto.
Os homens são mais propensos a comer mais carne vermelha e processada --42% comem mais do que 90 g por dia em comparação a 12% das mulheres.
Cerca de 90 g de carne cozida é equivalente a cerca de 130 g de carne crua, devido à perda de água durante o cozimento.

Saiba como tirar manchas de comida e gordura das roupas






Sorvete de leite humano vira sucesso de vendas em Londres

Uma loja londrina está vendendo uma
sobremesa incomum: sorvete feito de leite materno.
A sorveteria moderninha Icecreamists afirma que o novo sabor, batizado de Baby Gaga, esgotou no primeiro dia de vendas, ontem.
Ben Stansall/AFP
Cartaz na porta da sorveteria, em Londres; produto esgotou no primeiro dia de vendas
Cartaz na porta da sorveteria, em Londres; produto esgotou no primeiro dia de vendas
Para conseguir a matéria-prima, a loja colocou anúncios em um fórum de mães na internet, procurando mulheres dispostas a vender leite materno. Victoria Hiley, 35, foi uma das 15 que responderam. Todas elas foram submetidas a exames de saúde antes da "ordenha'.
Hiley trabalha com mulheres que têm dificuldades para amamentar. Ela acredita que se os adultos percebessem como o leite materno é gostoso, mães de primeira viagem estariam mais dispostas a amamentar seus bebês.
"O que pode ser mais natural e fresco do que leite materno? E qual é o mal em usar meu patrimônio para ganhar um dinheiro extra?"
Ela afirma que o sorvete "derrete na boca". Para o preparo, o leite é pasteurizado e misturado com favas de baunilha e raspas de limão. O doce vem numa taça de martíni e custa 14 libras (R$ 30).
Matt O'Connor, dono da Icecreamists, caracteriza o sorvete como "orgânico e totalmente natural". O empresário diz que algumas pessoas podem até sentir nojo. Ele, é claro, não. "Eu tomei um Baby Gaga hoje de manhã e estou ótimo."
A agência que regula alimentos na Inglaterra afirma que não há leis proibindo a venda de derivados de leite humano, mas que os produtos devem cumprir regras sanitárias básicas.
Folha

Alongar ou não, eis a questão






Pesquisa americana mostra que exercícios preparatórios não evitariam lesões em pessoas que praticam corrida





Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Rio - Fazer alongamento antes de iniciar uma corrida não evita a ocorrência de lesões musculares. Pelo menos é o que diz uma pesquisa da Universidade de Washington, nos EUA, que analisou os efeitos da corrida tanto em pessoas que não se alongam quanto em outras, que fazem os exercícios.

O estudo contou com três mil voluntários, que corriam menos de 16km por semana. Durante três meses, metade deles se alongava por até cinco minutos antes da atividade física. O restante correu sem se alongar. Nos dois grupos, a proporção de atletas que sofreu lesões foi parecida: 16% do total.

O ortopedista especializado em trauma do esporte Luis Fernando Funchal pondera: embora a pesquisa mostre que, para lesões de corrida, o alongamento não tenha influência, aquecer-se pode trazer outros benefícios.

Segundo ele, mesmo que não evite lesões, o alongamento antes de qualquer exercício físico deve ser mantido, pois trabalha outros aspectos que promovem a segurança do atleta. “Quem não gosta de fazer alongamento, vai ‘endurecendo’ e tende a sobrecarregar a junção do tendão com o osso de forma desnecessária. Quanto mais se alonga, mais elástica e flexível a pessoa se torna. Assim, a carga do exercício é melhor distribuída pelo corpo, se tornando menos prejudicial”.

Ainda segundo Funchal, a ocorrência de lesões na corrida não depende só de a pessoa se alongar ou não. “Outros fatores, como tipo de terreno onde se pratica a atividade, calçado e vestimenta inadequados, além das condições do ambiente e excesso de peso são fatores que também podem influenciar”, enumera o médico.

Outros benefícios

Toda atividades física tem 4 etapas — aquecimento, exercício, desaceleração e relaxamento. Alongamento é o início e o final, pois:

- Prepara a musculatura para a atividade física.
- Aumenta a concentração para o exercício.
- Dá maior conforto, pois evita a sobrecarga muscular, permitindo que o atleta faça menos força.
- Diminui a tensão entre tendões e estrutura óssea.
- Ajuda a relaxar a musculatura após a realização da atividade.

Cientistas descobrem que processo celular pode reduzir câncer

Por meio da autofagia, células cancerosas são eliminadas.
Agora, a esperança é conseguir reduzir tumores usando o método.

Cientistas do Trinity College, em Dublin, Irlanda, descobriram que a autofagia desempenha um papel importante em evitar o desenvolvimento do câncer. A pesquisa foi publicada pelo jornal científico “Molecular Cell”.
A autofagia é um processo no qual uma célula literalmente se come. Normalmente, ocorre em períodos de jejum prolongado, e nesse contexto é benéfica para manter a nutrição do corpo até que o indivíduo se alimente outra vez.
A equipe liderada pelo professor Seamus Martin descobriu que mutações num gene chamado Ras, envolvido em cerca de 30% dos cânceres humanos, provoca a autofagia excessiva, levando à autodestruição da célula que origina um tumor.
O Ras mutante aumenta a produção de Noxa, uma proteína que aciona o processo de autofagia, fazendo com que as células se comam até a morte enquanto o câncer ainda está no estágio inicial. O estudo sugere que a autofagia seja um importante método natural de combate ao desenvolvimento do câncer.
Outra descoberta importante envolve membros da família de genes Bcl-2. Esses genes interrompem o processo da autofagia, o que faz com que as células cancerosas sobrevivam. Isso sugere que um tratamento com drogas que neutralizem o Bcl-2 possa reativar o processo natural de autodestruição e ajudar a reduzir tumores.
“Essa descoberta é um passo importante em direção à compreensão de como as células nos estágios iniciais do câncer apertam o botão de autodestruição e sugere novas formas pelas quais possamos reativar esse processo em cânceres que de fato se estabeleçam”

A superdieta antirrugas

No cardápio do dia, bastante romã, morango, molho de tomate, brócolis e castanha-do-pará. Com eles, é possível aproveitar os dias de sol e preservar a juventude da pele, além de evitar o aparecimento de manchas e tumores


Se a fonte da juventude fosse vendida em potes nas farmácias, teria o sabor de um doce morango ou uma adstringente romã. Afinal, segundo um recente estudo da Universidade Hallym, na Coreia do Sul, essas frutas são algumas das melhores opções para prevenir o envelhecimento precoce da pele. “Elas são ricas em ácido elágico, um antioxidante poderoso”, afirma o bioquímico Marcelo Hermes Lima, da Universidade de Brasília, que estuda o composto há anos.

Na pesquisa sul-coreana, os cientistas expuseram células à radiação ultravioleta do sol — principalmente à UVB, que provoca vermelhidão e pode causar câncer. Depois, adicionaram extratos de ácido elágico às culturas celulares. “A pele tratada com a substância teve menos inflamações provocadas pelo excesso de exposição solar”, explica a nutricionista Elaine de Pádua, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “A atividade de substâncias que contribuem para a degradação do colágeno também foi reduzida.”

E o colágeno, para a pele, é tão importante quanto os óculos para quem tem problemas de visão. Sem ele, que é a proteína mais abundante no corpo, as células perdem elasticidade e aí aparecem as rugas. “É como se o colágeno fosse um sustentáculo, aumentando a resistência contra estiramentos. Sem ele, o tecido perde firmeza”, assinala a dermatologista Daniela Taniguchi de Barros, da Faculdade de Medicina do ABC, na região metropolitana de São Paulo. Só não há consenso sobre a quantidade de frutinhas necessária para manter a pele jovem — já que o trabalho coreano foi feito in vitro. A recomendação é acrescentá-las a um dos lanches diários. Até mesmo a balança agradecerá: 100 gramas de romãs e morangos têm, respectivamente, 56 e 30 calorias. Delícias de tão leves.

Além de romãs e morangos, a pele agradece o consumo de molho de tomate. Esse alimento foi testado na Universidade de Manchester, na Inglaterra, e se mostrou um aliado da juventude do tecido. Os pesquisadores acrescentaram 55 gramas — a quantidade que consumimos em uma boa macarronada — à dieta diária de mulheres com cerca de 30 anos de idade. Os resultados foram animadores: uma substância do tomate, o licopeno, reduziu a ação dos raios UVA, principais responsáveis pelo fotoenvelhecimento.

Mulheres jovens na prevenção da aids


O foco das ações neste Carnaval são as meninas e mulheres dos 15 a 24 anos. Campanha também incentiva a testagem rápida
Ousadia para falar às jovens na faixa etária de 15 a 24 anos sobre prevenção às DST, aids e hepatites. Esse é o tom da campanha do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para o carnaval de 2011, lançada nesta sexta-feira (25) na quadra da Escola de Samba do Salgueiro, no Rio de Janeiro. A ideia é que as mulheres possam incentivar o parceiro a usar a camisinha nas relações. A medida visa tê-las como aliadas da Saúde para sensibilizar a geração atual a se cuidar e fazer sexo protegido. A campanha também foca a testagem do HIV.

“As meninas entre 15 e 19 anos estão entre os grupos mais vulneráveis ao HIV/aids. Por isso, a campanha busca dialogar com essas mulheres e meninas. Para fazermos esta campanha, pesquisamos o que elas sentem. E elas sentem que, se pedem para usar camisinha, vão ser mal vistas. Têm medo de perder o namorado e o carnaval”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no lançamento. “Usar camisinha não é desrespeitoso. Não existe nada mais respeitoso do que perder a vida”.

O ministro submeteu-se ao teste rápido para diagnóstico do HIV. A intenção foi mostrar à sociedade a importância de um simples furo no dedo para o diagnóstico precoce da doença. “Não dói, é sigiloso, rápido e seguro”, ressaltou Padilha. O cantor pernambucano Reginho, autor da música “Minha Mulher Não Deixa Não”, também participou do lançamento. O ritmo vai embalar os jingles da campanha do Ministério da Saúde neste carnaval.

Alinhadas com o Dia Internacional da Mulher, as mensagens da campanha sugerem mudança de hábito na forma como a população geral lida com questões como confiança e entrega. Entre os fatores que fazem com que a mulher abandone o uso de preservativos estão mitos relacionados à falsa percepção de segurança nos parceiros: a necessidade de provar que ama o parceiro ou que confia nele, a idealização romântica, o julgamento pela aparência, a vontade de se entregar.

A campanha exalta a participação das jovens na negociação do uso do preservativo, demonstrando que o insumo pode ser um aliado na relação. Veiculadas nos meios de comunicação durante a maior festa popular brasileira, as peças serão voltadas principalmente às mulheres de baixa renda.

Pela primeira vez, a campanha é dividida em três filmes, a serem transmitidos pela TV e internet em momentos distintos. No primeiro, antes do carnaval (de 25 de fevereiro a 04 de março), um grupo de amigas lembra a importância de ter a camisinha. No segundo, durante a festa (de 5 a 8 março), elas reforçam o uso do preservativo na hora da relação. Na veiculação do terceiro filme (9 a 20 de março), o mesmo grupo de meninas se encontra depois da folia e orienta quem fez sexo desprotegido a realizar o teste de aids. Para ver as peças da campanha, acesse o link: www.aids.gov.br/campanha/carnaval-2011 .

MAIS MENINAS COM AIDS – O alerta ao público jovem sobre vulnerabilidades ao HIV/aids ampara-se em dados epidemiológicos do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2010, os casos de aids em homens e mulheres jovens, de 13 a 19 anos, de 1980 até junho de 2010, correspondem a um total de 12.693. Nessa faixa etária, o número de casos de aids é maior entre as mulheres: oito casos em meninos para cada dez em meninas, enquanto que nas demais faixas etárias o número de casos de aids é maior entre homens do que entre mulheres.

Em relação ao uso da camisinha, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP - 2008) mostra que, entre jovens de 15 a 24 anos, as meninas estão mais vulneráveis ao HIV. Em todas as situações, os meninos usam mais preservativo do que elas. Na última relação sexual com parceiro casual, o percentual de uso da camisinha entre as meninas é consideravelmente mais baixo (49,7%) do que entre os meninos (76,8%). Quando o relacionamento se torna fixo, apenas 25,1% delas utilizam a camisinha com regularidade; entre eles, o percentual é de 36,4%.

FIQUE SABENDO – O teste rápido do Fique Sabendo, para diagnóstico do HIV, pode ser feito nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) – veja endereços no link abaixo. Antes e depois da testagem, a pessoa passa por aconselhamento e orientação, com o objetivo de facilitar a interpretação do resultado. O teste deve ser feito no mínimo 30 dias após a situação de risco. Se o resultado for positivo, a pessoa pode fazer acompanhamento nos serviços de saúde e começar o tratamento no momento mais adequado. Esse cuidado se reflete na qualidade de vida de quem vive com HIV/aids.

A recomendação vale para relação sexual desprotegida (inclusive sexo oral) e uso de seringas ou agulhas compartilhadas. As mulheres que desejam engravidar são aconselhadas a conhecer sua condição sorológica. A medida pode evitar a transmissão vertical do HIV e das hepatites (de mãe para filho). Mulheres com resultado positivo que iniciam o tratamento o quanto antes têm menos chances de passar as doenças para o bebê.

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o vírus da aids. Dessas, 255 mil nunca teriam feito o teste e por isso não conhecem sua sorologia.


Outras informações Atendimento à Imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 3306 7051/ 7024/ 7010/ 7016
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BATATA COM PIMENTA

Batata com pimenta
Uma fórmula que garante o sucesso da sua refeição!

125 Kcal
Ingredientes
4 batatas médias sem casca cortadas em meia lua

Tempero
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 dentes de alho picados
1 colher de café de pimenta calabresa desidrata
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de orégano seco
1 cebola cortada em tiras grossas
2 colheres de sopa de salsa picada
Modo de preparo
Cozinhe as batatas de modo que elas fiquem macias, mas sem desmanchar. Reserve. Misture o azeite, o alho, a pimenta, o sal e o orégano e besunte as batatas, a cebola e o pimentão. Coloque em uma assadeira, e leve ao forno médio (180º C) por cerca de 30 minutos, mexendo às vezes. Quando estiverem bem douradas, retire, salpique a salsa e sirva.

DOENÇA CELÍACA: SAIBA MAIS SOBRE O PROBLEMA

Doença celíaca: saiba mais sobre o problema
Especialista tira todas as dúvidas sobre o problema!

Uma em cada 100 pessoas sofre com a doença celíaca, uma reação do sistema imunológico a alimentos com glúten. De acordo com estudos, o número de doentes é quatro vezes mais comum do que há 50 anos. E o problema não para por aí. Os celíacos podem desenvolver outros distúrbios bastante graves.

Em pacientes com a doença celíaca, o glúten, uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, provoca o ataque do sistema imunológico, danificando a estrutura vilosa da mucosa no intestino delgado. A vilosidade é um pequeno processo de protrusão vascular, que aumenta a área de superfície do intestino, o que facilita a absorção de nutrientes e a digestão.

“O dano causado pelo sistema imunológico ao revestimento intestinal resulta, enfim, na perda de vilosidade da mucosa e em menor capacidade das células de absorver nutrientes vitais”, diz o gastrenterologista e especialista na doença, John Cangemi.

Essa doença apresenta sintomas diversos, como diarréia, distensão abdominal, perda de peso, anemia, perda de dentes, osteoporose prematura e grave ou uma inexplicável infertilidade. A dificuldade, segundo John Cangemi, é que os sintomas da doença celíaca são variáveis e podem ser confundidos com os de outras doenças mais comuns, como a síndrome de intestino irritável.

“De fato, não há sinais ou sintomas específicos da doença celíaca. Alguns estudos têm sugerido que, para cada pessoa que foi diagnosticada com a doença celíaca, há outras 30, provavelmente, que sofrem da enfermidade, sem que seja detectada”, afirma o médico.

Contudo, uma visita ao gastrenterologista pode resultar em um diagnóstico preciso – através de um exame de sangue ou de uma endoscopia digestiva alta, para se examinar a vilosidade da mucosa.

Difícil diagnóstico

Os pacientes com doença celíaca podem obter melhores resultados se consultarem médicos com experiência no tratamento dessa enfermidade. “Com a mesma frequência que a doença passa despercebida em muitos exames médicos, os diagnósticos podem ser feitos sem comprovação suficiente, sujeitando os pacientes a uma dieta muito austera, por razões erradas”, diz John Cangemi. É necessário fazer uma biópsia para confirmar um caso de doença celíaca.

Dieta sem glúten 

Obter um diagnóstico correto é um alívio. Todavia, o tratamento não é tão simples como pode parecer. “Não é fácil fazer uma dieta sem glúten”, diz John Cangemi. “Trigo, cevada e centeio são componentes de muitos tipos de alimentos, além de fazer parte de alguns medicamentos, doces e outros produtos. A pessoa pode, simplesmente, não se dar conta da presença deles”, explica.

O aspecto mais importante do tratamento é a dieta. Geralmente, alimentação sem glúten alivia os sintomas da doença e restaura a aparência normal – ou quase normal – do intestino delgado.

CARNAVAL E TRIO ELÉTRICO: UMA COMBINAÇÃO NADA BOA PARA OS SEUS OUVIDOS

Carnaval e Trio Elétrico: uma combinação nada boa para os seus ouvidos
Especialista afirma que o som alto dos trios pode trazer problemas irreversíveis à audição, mas também diz que é possível se proteger.
Atualmente, a poluição sonora é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a terceira maior do meio ambiente. Outras pesquisas ainda afirmam que ela é um dos agentes mais nocivos à saúde humana causando, além da perda da audição, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão, gastrites e até impotência sexual.

O ouvido humano suporta a carga máxima de 85 decibéis, mas todo mundo sabe que o som dos trios elétricos durante os dias de carnaval é muito mais alto do que isso. Especialistas afirmam que chega a passar dos 120 decibéis, o mesmo que uma turbina de avião. Levando em consideração que uma pessoa não pode ficar exposta a um ruído tão alto assim por mais que sete minutos diários, o fato torna-se motivo de preocupação.  Tomar cuidados é importante para não correr o risco de perder a audição.
De acordo com a fonoaudióloga Sandra Braga, uma lesão por ruído pode acontecer tanto após um som de curta duração, como uma explosão, ou após um longo período de exposição a sons com intensidades superiores ao que é tolerado pelos humanos, como é o caso dos trios elétricos, geralmente atingindo as células do ouvido responsáveis pelas frequências altas e pelo entendimento da fala.
Além disso, dependendo do período de exposição, sons de intensidades altas podem comprometer a capacidade auditiva para sons ambientais e ainda causar o zumbido - sensação de chiado ou apito constante no ouvido - que não tem cura e atinge cerca de 278 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 28 milhões só no Brasil.
Mas é perfeitamente possível evitar problemas mais sérios e curtir a festa sem comprometer a saúde auditiva. Segundo Sandra, basta se proteger.
“Hoje, existem tampões de silicone e protetores auriculares com filtros que deixam passar o som da fala e reduzem a entrada de ruídos. Quando confeccionados a partir de uma pré-moldagem personalizada podem ser mais efetivos, de forma a bloquear o canal auditivo e reduzir a intensidade sonora. Vale ressaltar que este tampão precisa ser refeito de tempos em tempos, sempre que houver necessidade.”, finaliza a fonoaudióloga.

CATARATA: DIETA RICA EM CARBOIDRATOS É FATOR DE RISCO

Catarata: dieta rica em carboidratos é fator de risco
Estudo aponta que a ingestão de carboidratos em excesso pode aumentar o risco de desenvolver catarata.

Uma pesquisa realizada pela Tufts University, nos Estados Unidos, buscou compreender como se dá o processo que liga o metabolismo anormal da glicose ao risco maior de desenvolver diabetes e de catarata. Para isso, analisou cerca de 3 mil pacientes com mais de 40 anos, mapeando os possíveis fatores de risco para a catarata de 1992 a 1994.
Após cinco anos de estudo, os pesquisadores descobriram que apesar de o carboidrato ser a fonte mais importante de energia para o corpo humano, evidências consideráveis ligavam o desenvolvimento da catarata diretamente ao consumo excessivo dessa substância.
“A exposição prolongada ao excesso de glicose pode resultar em oxidação, cross-linking, agregação e precipitação das proteínas do cristalino, que modificado, leva ao aparecimento da catarata", explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Mas, segundo especialistas, esse é um fator de risco que pode ser modificado. Considerando que uma dieta rica em carboidratos pode representar um risco para o surgimento da doença, a solução é simples: Diminua o consumo de carboidratos na dieta!

Mais informações
Instituto de Moléstias Oculares - IMO
www.imo.com.br

2.25.2011

Impossível previsão sobre o futuro líbio

Vitória parcial do ditador, desagregação, guerra, golpe militar.... Não há uma previsão segura sobre o que ocorrerá nos próximos dias, ou horas, na Líbia. Dentre os vários países conflagrados na área, ela é o que agora vive situação de crise política e conflito mais agudo com a revolta popular que se alastrou por praticamente todo o mundo árabe.

O país tem situação especial e ali a rebelião popular se desenvolve de forma diferente dos outros países, particularmente do Egito e da Tunísia, onde caíram os primeiros ditadores frente à pressão popular. Tudo indica que a revolta na Líbia se desdobrou num "racha", numa divisão interna das Forças Armadas, e na distribuição de armas leves a população rebelde.

Há, por isso, riscos seríssimos de uma guerra civil. Militares que se opõem ao ditador Muamar Khaddafi já falam em atacar Trípoli desde o Leste do país, região que faz fronteira com o Egito. Cidades e regiões inteiras do país já estão sob poder dos rebeldes, que avançam nessas conquistas.

Tudo pode acontecer


Como a Líbia ainda vive apoiada numa unidade nacional frágil e contraditória, já que, apesar de todo o país ser árabe, inúmeras tribos subsistem e exercem de fato o poder em suas fronteiras culturais e étnicas - algumas apoiando Khaddafi e outras os rebeldes - o país pode tanto se desagregar como viver um período de instabilidade. E, até mesmo o que eu disse, de guerra civil.

Diante da constatação de que a oposição líbia não tem força e, tudo indica, Khaddafi tem mais do que ela, não há uma previsão segura do que ocorrerá. A não ser que um golpe militar o derrube e instale um governo provisório para negociar uma transição. Mas, golpe de qual facção, se as Forças Armadas estão divididas?

Tampouco se pode descartar a hipótese de uma vitória parcial e limitada de Khaddafi, que ainda conta com apoio militar e tribal considerável. É isto que explica a ânsia descarada dos norte-americanos de organizar uma intervenção na Líbia, procurando legitimar essa pretensão com a manipulação do noticiário


EUA manipulam noticiário numa manobra para invadir a Líbia
Publicado em 25-Fev-2011
Obama
 Com uma vergonhosa manipulação do noticiário, sustentada pelos meios de comunicação em nível internacional, os EUA buscam respaldar uma invasão e ocupação que pretendem fazer na Líbia. O pretexto para a ação é a defesa dos direitos humanos, que realmente têm que ser respeitados no caso líbio, com rigor e medidas cabíveis. Mas, não tiveram a mesma preocupação quando do auge e da crise no Egito, onde houve massacre de manifestantes. Eles preservam os amigos até o fim, mas adotam o vale tudo para  controlar o desenlace na Líbia.
Image
Obama
Com uma vergonhosa manipulação do noticiário, sustentada pelos meios de comunicação em nível internacional, os Estados Unidos buscam respaldar uma invasão e ocupação que pretendem fazer na Líbia, conflagrada pela série de revoltas populares que atingem os países árabes.

O pretexto para esta ação - muito bem encampado e explorado pela mídia - é defender os direitos humanos, que realmente têm que ser respeitados, particularmente no caso líbio, com rigor e medidas cabíveis.

Só temos que lembrar que os EUA não tiveram este comportamento, nem esta preocupação, quando do auge da crise no Egito, onde houve um verdadeiro massacre de manifestantes. Muito menos na Tunísia.

Na Líbia, a posição dos EUA de envolver a União Européia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), numa suposta e provável intervenção no país, só reafirma e confirma o caráter deliberado e cínico da política externa norte-americana.

O caráter cínico da diplomacia norte-americana


É uma política pela qual eles preservam os amigos até o último momento - caso do Egito e da Tunísia - mas se utilizam, de todos os meios, inclusive manipulando informações, para justificar seus objetivos de controlar a transição ou mesmo o desenlace na Líbia.

Assim, para eles, vale tudo para justificar seus interesses, até esta manipulação, como já ficou provada no caso da Líbia, com a rede de TV CNN tendo de reconhecê-la.

A Líbia tem uma das maiores reservas de petróleo - a 4ª maior do mundo e é o 11º maior exportador - de excelente qualidade e responde por grande parte do abastecimento de alguns países da Europa como, por exemplo, por 32% do petróleo importado pela Itália.


É melhor para a digestão dormir sobre o lado esquerdo e melhor para o coração dormir sobre o lado direito?

 Existem algumas evidências de que a posição de dormir pode estar relacionada à função cardíaca, embora um problema cardíaco existente possa resultar em evitar dormir sobre o lado esquerdo. Quanto à digestão, pelo menos um estudo descobriu que o refluxo gastroesofágico pode aumentar quando dormimos sobre o lado direito.
Num estudo de 2003 publicado no "Journal of the American College of Cardiology, participantes com falha congestiva do coração tiveram "uma tendência significativamente maior de evitar dormir sobre o lado esquerdo'', enquanto participantes sem a condição não tiveram. Os autores do estudo também descobriram que evitar dormir sobre o lado esquerdo estava relacionado ao grau de aumento e disfunção do coração.
As descobertas condizem com a ideia de que a posição de dormir do lado esquerdo ''pode ter efeitos prejudiciais" sobre a pressão cardíaca, bombeamento cardíaco ou funcionamento de nervos cardíacos. Portanto, "pode ser uma estratégia de proteção'', segundo pesquisadores. Eles acrescentaram que a escolha da posição pode derivar de desconforto ao perceber batimentos cardíacos mais fortes.
Um estudo sobre o refluxo digestivo publicado em 1994 no ''Journal of Clinical Gastroenterology'' descobriu que a quantidade total de tempo de refluxo era significativamente maior quando se dormia sobre o lado direito, embora o número de episódios não tenha sido significativamente maior.
Folha

Coração feminino

Associação Americana de Cardiologia anuncia a inclusão de mais fatores de risco à saúde cardíaca da mulher e informa o que realmente pode protegê-la

Rachel Costa
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ALERTA
Agora, diabetes na gravidez está incluída na lista de ameaças
 
A Associação Americana de Cardiologia, referência mundial em saúde do coração, tem se empenhado em mostrar que as doenças cardiovasculares não são exclusividade dos homens. A Organizaçõa Mundial da Saúde (OMS) já alerta que essas doenças são a principal causa de morte de mulheres no mundo.

Para facilitar o diagnóstico e a prevenção entre o público feminino, a associação americana divulgou, na última semana, novas diretrizes. No documento, ampliou a lista de fatores de risco, contestou a eficiência de procedimentos preventivos e chamou a atenção para a responsabilidade compartilhada entre médico e paciente na adesão ao tratamento. “Se o cardiologista não pergunta à mulher se ela está tomando o medicamento regularmente ou se conseguiu aderir a hábitos saudáveis, o problema continua”, avalia Lori Mosca, diretora da entidade. As orientações deverão ser seguidas por cardiologistas de todo o mundo.

Ponto de destaque na revisão, a inclusão de novos fatores de risco contempla agora enfermidades tipicamente femininas. Quem teve complicações na gravidez (diabetes gestacional e hipertensão induzida pela gestação) ou tem artrite reumatoide ou lúpus deve buscar um médico para evitar surpresas como a que aconteceu com a arquiteta Maria Ricciardi, 55 anos. Há 20 anos ela sofreu um infarto que assustou a todos. “Eu era nova e era mulher. Quando aconteceu, se falava pouco de infarto feminino.” À época, o único hábito de risco identificado foi o cigarro. Porém, ela também havia tido hipertensão na gravidez – problema que a associação acaba de incluir como fator de risco. Nesta categoria, aparece agora também a depressão. Uma das razões é o fato de a doença prejudicar a capacidade da mulher de se cuidar e até mesmo de seguir orientações médicas – ameaças ao coração.

No documento, também estão indicadas medidas de prevenção que ainda carecem de comprovação, de acordo com a associação. Entre elas estão a terapia de reposição de estrógeno (hormônio feminino que tem papel protetor do coração) e a suplementação com substâncias antioxidantes, como a vitamina E (leia mais no quadro).

O esforço da associação americana é reunir conhecimentos da prática médica para preencher a lacuna existente nas pesquisas científicas. A presença de mulheres em estudos sobre doenças cardiovasculares é recente – começou na década de 90. E ainda segue insatisfatória. “Os testes com os remédios anticoagulantes e para o desenvolvimento do stent, por exemplo, foram feitos em voluntários do sexo masculino”, diz Elizabeth Alexandre, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médica do Instituto Dante Paz­zanese, de São Paulo. “A ciência precisa mostrar se os be­nefícios das terapias são os mesmos para mulheres e homens”, avalia Lori. O ponto-chave para isso é entender melhor a influência das variações hormonais da mulher na saúde cardiovascular, em especial na puberdade, gravidez e menopausa.
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Lenira recebeu a orientação correta e controla a hipertensão

À medida que a medicina avança, novas informações têm sido levantadas. A associação com o câncer é um exemplo. “A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicará, em alguns meses, uma diretriz ligando o tratamento contra o câncer às doenças cardiovasculares”, diz Evandro Tinoco, diretor clínico do hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro. Prevenir, nesses casos, pode ser decisivo. Foi o que percebeu a fotógrafa Lenira Carrilho, 51 anos. Dois meses depois de iniciar a quimioterapia por causa de um tumor de mama, ela viu sua pressão arterial aumentar a níveis alarmantes e teve de começar a usar medicamento para controlá-la. “Por sorte havia sido alertada sobre esse risco”, afirma.

Nas recomendações divulgadas pela entidade americana, há ainda a ênfase em tornar mais fácil a adoção de bons hábitos de saúde. “O documento foi um puxão de orelha nos médicos”, considera o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, vice-diretor clínico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Muitos especialistas geram demandas para as pacientes que elas não conseguem cumprir.”
De fato, esse é um dos principais empecilhos a mudanças no estilo de vida. Sem saber, por exemplo, como incluir no dia a dia a atividade física, a pessoa desiste de tentar. Por isso, os médicos americanos orientam que não é preciso passar horas na academia: 150 minutos por semana de exercícios moderados, como uma caminhada acelerada, bastam. Ou seja, cerca de 20 minutos por dia. O cuidado é urgente. “T0.emos tecnologia, remédio e equipame.
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Nanopartículas e o Câncer

Um projeto de pesquisa que está em desenvolvimento no Laboratório de Polímeros da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP, teve como principal objetivo encontrar materiais inteligentes e não-tóxicos, que liberem medicamentos de forma controlada diretamente nas células cancerosas.Após a administração, as nanopartículas podem ser orientadas para os tecidos cancerosos utilizando um campo magnético e localizadas por intermédio de ressonância magnética.

O estudo da engenheira química Simone de Fátima Medeiros avaliou a síntese de nanopartículas poliméricas magnéticas, sensíveis à variação de temperatura e de pH, constituídas de polímero, copolímero e ácido acrílico, e óxido de ferro.

De acordo com Simone, a novidade é que os polímeros podem ser utilizados como agentes de encapsulação de drogas hidrofílicas (solúveis em água).
Durante o preparo, tanto a droga como as partículas magnéticas (óxido de ferro) são encapsuladas por matrizes poliméricas sensíveis a estímulos, através de técnicas de polimerização em meio disperso e de métodos que utilizam polímeros pré-formados.
Hipertermia
A engenheira explica que, após a administração, as nanopartículas podem ser orientadas para os tecidos cancerosos utilizando um campo magnético e localizadas por intermédio da técnica de Imagem por Ressonância Magnética (IRM).
Posteriormente, estas nanopartículas são aquecidas pela exposição do tumor a um campo magnético alternado de alta frequência.
Neste processo, conhecido como hipertermia, a temperatura das células tumorais é aumentada até cerca de 45 a 55 ºC. Nesta faixa de temperatura é esperado um aumento das interações físicas do polímero, acarretando a expulsão da droga contida em seu interior.
Desta forma, a hipertermia também pode ser utilizada para promover a liberação do princípio ativo de maneira localizada e controlada, mantendo a sua concentração constante durante um período de tempo prolongado.
A eliminação da droga no local do tumor poupa o paciente dos efeitos colaterais agressivos dos tratamentos convencionais, como a quimioterapia, que tem doses concentradas de drogas que agem não só nas células doentes, mas também nas células sadias de todo o corpo, o que debilita o paciente e em alguns casos impossibilita a continuidade do tratamento.
Outro benefício de se utilizar o óxido de ferro nesta técnica, segundo Simone, é que ele também possui potencial para produzir avanços importantes no diagnóstico por imagem.
"Dessa forma, a imunolocalização de células tumorais com o uso de nanopartículas de óxido de ferro permite obter a detecção precoce de tumores via a técnica de Imagem por Ressonância Magnética" afirma Simone.
Nanocarregadores
Nas últimas décadas, partículas constituídas de polímeros vêm sendo utilizadas na área biomédica como agentes para diagnóstico in vitro.
Neste contexto, o uso de partículas magnéticas pode oferecer importantes vantagens, em comparação a outros sistemas poliméricos clássicos devido à sua rápida e fácil separação sob a aplicação de um campo magnético externo.
No entanto, a pesquisa de Simone visa à obtenção de materiais que possam ser utilizados, principalmente, para aplicações biomédicas in vivo - inicialmente em animais de laboratório.
"Para esta aplicação, os nanocarregadores devem ser constituídos de substâncias biocompatíveis, ou seja, não podem causar distúrbios no organismo vivo". Um composto biocompatível deve gerar mínima alteração homeostática e deve participar de vias metabólicas de eliminação.
Para dar continuidade ao seu projeto, Simone pretende desenvolver diferentes métodos para incorporação de nanopartículas de óxido de ferro na matriz polimérica termo-sensível, focando na obtenção de sistemas totalmente biocompatíveis, avaliáveis para aplicações biomédicas in vivo.
O grupo procura agora parcerias com farmacêuticos e médicos do Brasil, que queiram dar continuidade aos testes laboratoriais in vivo, com os materiais desenvolvidos por Simone.

Nanopartículas

    Nanopartículas liberam medicamento direto na célula cancerosa


    Nanopartículas
    Um projeto de pesquisa que está em desenvolvimento no Laboratório de Polímeros da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP, teve como principal objetivo encontrar materiais inteligentes e não-tóxicos, que liberem medicamentos de forma controlada diretamente nas células cancerosas.
    O estudo da engenheira química Simone de Fátima Medeiros avaliou a síntese de nanopartículas poliméricas magnéticas, sensíveis à variação de temperatura e de pH, constituídas de polímero, copolímero e ácido acrílico, e óxido de ferro.
    De acordo com Simone, a novidade é que os polímeros podem ser utilizados como agentes de encapsulação de drogas hidrofílicas (solúveis em água).
    Durante o preparo, tanto a droga como as partículas magnéticas (óxido de ferro) são encapsuladas por matrizes poliméricas sensíveis a estímulos, através de técnicas de polimerização em meio disperso e de métodos que utilizam polímeros pré-formados.
    Hipertermia
    A engenheira explica que, após a administração, as nanopartículas podem ser orientadas para os tecidos cancerosos utilizando um campo magnético e localizadas por intermédio da técnica de Imagem por Ressonância Magnética (IRM).
    Posteriormente, estas nanopartículas são aquecidas pela exposição do tumor a um campo magnético alternado de alta frequência.
    Neste processo, conhecido como hipertermia, a temperatura das células tumorais é aumentada até cerca de 45 a 55 ºC. Nesta faixa de temperatura é esperado um aumento das interações físicas do polímero, acarretando a expulsão da droga contida em seu interior.
    Desta forma, a hipertermia também pode ser utilizada para promover a liberação do princípio ativo de maneira localizada e controlada, mantendo a sua concentração constante durante um período de tempo prolongado.
    A eliminação da droga no local do tumor poupa o paciente dos efeitos colaterais agressivos dos tratamentos convencionais, como a quimioterapia, que tem doses concentradas de drogas que agem não só nas células doentes, mas também nas células sadias de todo o corpo, o que debilita o paciente e em alguns casos impossibilita a continuidade do tratamento.
    Outro benefício de se utilizar o óxido de ferro nesta técnica, segundo Simone, é que ele também possui potencial para produzir avanços importantes no diagnóstico por imagem.
    "Dessa forma, a imunolocalização de células tumorais com o uso de nanopartículas de óxido de ferro permite obter a detecção precoce de tumores via a técnica de Imagem por Ressonância Magnética" afirma Simone.
    Nanocarregadores
    Nas últimas décadas, partículas constituídas de polímeros vêm sendo utilizadas na área biomédica como agentes para diagnóstico in vitro.
    Neste contexto, o uso de partículas magnéticas pode oferecer importantes vantagens, em comparação a outros sistemas poliméricos clássicos devido à sua rápida e fácil separação sob a aplicação de um campo magnético externo.
    No entanto, a pesquisa de Simone visa à obtenção de materiais que possam ser utilizados, principalmente, para aplicações biomédicas in vivo - inicialmente em animais de laboratório.
    "Para esta aplicação, os nanocarregadores devem ser constituídos de substâncias biocompatíveis, ou seja, não podem causar distúrbios no organismo vivo". Um composto biocompatível deve gerar mínima alteração homeostática e deve participar de vias metabólicas de eliminação.
    Para dar continuidade ao seu projeto, Simone pretende desenvolver diferentes métodos para incorporação de nanopartículas de óxido de ferro na matriz polimérica termo-sensível, focando na obtenção de sistemas totalmente biocompatíveis, avaliáveis para aplicações biomédicas in vivo.
    O grupo procura agora parcerias com farmacêuticos e médicos do Brasil, que queiram dar continuidade aos testes laboratoriais in vivo, com os materiais desenvolvidos por Simone.

    Estética : A Beleza da Pele

    Estética  
    A Beleza da Pele
    A Dermatologia é especialidade médica que estuda a pele, unhas, cabelos e suas doenças, entre elas, o envelhecimento cutâneo. O conhecimento das características e do funcionamento da pele e das causas do seu envelhecimento, possibilitou ao dermatologista o combate aos efeitos do tempo, criando uma nova vertente dentro da especialidade, a Dermatologia Estética ou Cosmiatria.
    Para tanto, são utilizados tratamentos clínicos e pequenos procedimentos, que visam atenuar as marcas dos anos. Os tratamentos melhoram as características da pele (textura, coloração, elasticidade, rugas), retiram lesões pré-cancerígenas e corrigem sulcos e marcas da pele, que ganha o aspecto de uma pele mais jovem, ou de uma pele "rejuvenescida".
    Veja, abaixo, porque a pele envelhece, como são realizados os tratamentos para combater o envelhecimento, o que esperar dos seus resultados e as novidades no assunto. Veja, também, informações sobre outros temas de interesse da área de estética, como bronzeamento artificial, estrias, celulite...
     
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