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1.19.2012


Altas temperaturas e sol queimando a pele. Seja na praia, na piscina ou na rua, assim é o verão brasileiro. Por mais sexy que seja ter uma pele bronzeada e marquinhas de biquíni, ainda mais sexy é cuidar do tecido que cobre o nosso corpo. O cuidado com o câncer de pele deve ser uma das prioridades desta estação. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que este mal deve atingir 134 mil brasileiros no ano de 2012.
O câncer de pele, tipo mais comum de câncer em pessoas com mais de 40 anos, pode acometer qualquer indivíduo que se exponha excessivamente aos raios solares em horários impróprios ou que tenha histórico da doença na família.
"Se for feito um diagnóstico precoce seguido de tratamento imediato, a maioria dos cânceres de pele podem ser curados", afirma Luciana Holtz, presidente e diretora executiva do Instituto Oncoguia, de São Paulo.
O câncer de pele responde por 25% do total de tumores malignos detectados no país e seus tipos mais frequentes são carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, este último, o mais raro e também o mais maligno, por ter capacidade de se espalhar. O melanoma pode ocorrer sobre uma pinta já existente ou surgir sobre a pele normal.
"A recomendação é usar protetores solares e evitar a exposição ao sol e observar o aparecimento de feridas que não cicatrizam, manchas escuras ou nódulos na pele, ou de alterações em pintas como aumento, modificação da cor, prurido ou sangramento", aconselha Rafael Kaliks, diretor médico de Oncologia do Instituto Oncoguia.
Entre os sinais que servem de alerta para o câncer estão:
- Pessoas com histórico pessoal ou com familiares que já tiveram câncer de pele;
- Pessoas de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos;
- Pessoas com baixa imunidade ou imunidade reduzida por doença ou por medicamentos;
- Pessoas albinas ou portadoras de algumas doenças que predispõem ao câncer de pele;
- Pessoas que já se expuseram ou se expõem ao sol excessivamente;
- Pessoas expostas constantemente a raios X, ultravioleta, arsênico, ou outros produtos químicos;
- Pessoas que têm uma grande quantidade de pintas;
- Pessoas que possuem cicatrizes há muito tempo e que apresentam ulcerações frequentes.
De acordo com Holtz, é fundamental consultar um médico sempre que uma lesão mude o seu comportamento, como, por exemplo, uma pinta ou uma mancha de nascença que comece a crescer ou a mudar de cor.
Os principais sintomas do câncer de pele são:
- Lesão na pele em formato de nódulo, de cor rósea, avermelhada ou escura, de crescimento lento, mas progressivo;
- Qualquer ferida que não cicatriza em quatro semanas;
- Pinta na pele de crescimento progressivo, que apresente coceira, sangramento frequente ou mudança de coloração, de tamanho ou de consistência;
- Qualquer mancha de nascença com mudança de cor, espessura, ou tamanho.
"O diagnóstico do câncer de pele pode ser feito logo que o tumor apareça. O paciente deve procurar um médico quando notar qualquer sinal", aconselha Holtz.

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