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1.20.2012

Coceira vaginal: entenda os motivos





Entenda os motivos da coceira vaginal interna e externa

coceira vaginal 150x150 Coceira vaginal: entenda os motivos
Todas as mulheres já apresentaram em algum momento episódios de coceira na região vaginal, tanto na região interna quanto externa. Inclusive muitas se perguntam se foi transmissão sexual ou foi por outro motivo. Vamos então esclarecer tudo.
Inicialmente vamos falar da coceira vaginal somente na região externa. Esse é um sintoma bastante característico de um processo alérgico. O uso constante de calcinha de lycra, sabonete íntimo, asseio com substâncias abrasivas como vinagre e outras, podem desencadear o prurido (coceira) associado à vermelhidão e irritação da região.
Há também a coceira vaginal interna, que já não ocorre por motivos alérgicos. A principal doença associada a isso é a candidíase, que você já deve ter ouvido falar. Nesse caso, a coceira é intensa e pode ser interna e externa, associado a ardor, dor ao urinar, inchaço, vermelhidão, dor na relação sexual e um corrimento branco, sem cheiro, semelhante à nata de leite ou queijo cottage. Pode piorar antes da menstruação.
E como se origina? A candidíase é causada pelo fungo Candida albicans que pode se proliferar na vagina por um desequilíbrio do ambiente, normalmente ocasionado por alguns comportamentos comuns como: deixar a calcinha secar no banheiro e não em local arejado, asseio vaginal incorreto, talco, sabonete íntimo, passar o dia inteiro com a mesma roupa.
Existe também a coceira vaginal interna que está relacionada a uma doença sexualmente transmissível, é a tricomoníase. Associa-se a um corrimento esverdeado, abundante e mal cheiroso. Pode apresentar também dor durante a relação sexual. Importante procurar o seu médico para o tratamento tanto seu quanto do parceiro. Caso seja tratada só a mulher, os sintomas aparecerão novamente.
Entendido?!

Anna Aguiar

 Saiba mais

Coceira na vagina, sensação de ardor, presença de 
corrimento esbranquiçado, sem cheiro e experiência 
de dor durante a relação sexual são os principais
sintomas da candidíase, uma infecção causada 
por fungos que afeta principalmente as mulheres 
adultas mais jovens, na faixa entre 18 e 35 anos.
Há dúvidas entre os estudiosos sobre se o contato 
sexual seria uma das formas de contrair a doença. 
Parece que sim. Mas a deficiência no sistema de 
defesas do organismo é de longe a causa mais
importante de candídiase. Algumas mulheres,
inclusive, teriam uma deficiência imunológica
específica para desenvolver a candidíase,
o que explicaria os casos de repetição freqüente 
da doença. Tanto que os tratamentos recentes visam
melhorar a resistência feminina, antes de tudo. 
O que é a candidíase, como se pega e o que fazer
para prevenir esse desagradável problema ou 
evitar as freqüentes recorrências é o tema desta 
semana do Especial de Vagina.
O QUE É CANDIDÍASE
Uma infecção vaginal caracteriza pelo crescimento 
exagerado de fungos na vagina, que produzem 
inflamação e sintomas desagradáveis.
O QUE CAUSA A INFECÇÃO
A vagina saudável contém naturalmente 
microorganismos (bactérias e fungos), que não
conseguem se desenvolver devido à presença dos
lactobacilos de Doderlein, que são agentes do bem 
e defendem o ambiente vaginal de invasores nocivos.
Existem ainda na vagina anticorpos, células de defesa 
e substâncias químicas que ajudam os lactobacilos na defesa 
do meio vaginal e previnem o desenvolvimento das
colônias de bactérias e fungos causadores de infecções.
A proliferação dos fungos que dá origem a candidíase 
está associada com a diminuição dessas defesas no 
ambiente vaginal. A baixa resistência é o principal fator de 
risco para que os fungos presentes no meio, em pequena
quantidade, se multipliquem de modo exagerado. Alguns
estudiosos acreditam que é possível adquirir a infecção
por meio do contato sexual, quando o parceiro está infectado
por fungos e os transmite à mulher através do sêmen.
OS SINTOMAS
Coceira na vulva e canal vaginal, corrimento branco, que
lembra a coalhada, ardor e desconforto para urinar 
além de dor nas relações sexuais são os sintomas mais 
comuns da candidíase. As mucosas vaginais ficam 
bastante inflamadas e a vulva, às vezes, pode ficar
com o mesmo aspecto das "assaduras" de crianças 
que usam fralda e apresentar fissuras. O processo 
inflamatório facilita a contaminação por agentes de 
doenças sexualmente transmissíveis, inclusive do HIV.
FATORES DE RISCO
O uso de determinados antibióticos pode diminuir ou mesmo
acabar com a flora de lactobacilos que protege a vagina dos 
microorganismos nocivos. Roupas íntimas de material sintético,
calças compridas apertadas, desodorantes íntimos
predispõem algumas mulheres ao problema. Doenças
que diminuem a imunidade da mulher também favorecem 
o desenvolvimento dos fungos. As alterações hormonais 
que ocorrem durante a gravidez ou uso de hormônios 
para tratamento de distúrbios ou como anticoncepcional 
pode, em alguns casos, facilitar o aparecimento da doença.
Pessoa diabéticas tem mais propensão a candidíase
porque os níveis elevados de açúcar em circulação 
no organismo estimulam a proliferação dos fungos.
ALERGIAS E ESTRESSE
A candidíase também está associada a processos alérgicos 
e pessoas com predisposição a ter alergias são
mais vulneráveis à infecção vaginal por fungos. 
O tipo de agente causador da alergia não importa. 
Pode ser algum medicamento, alimento ou substâncias 
químicas. Há mulheres que desenvolvem alergia às 
proteínas do sêmen do parceiro sexual ou até a remédios 
consumidos por eles, cuja substância lhes chegam através
do sêmen.O estresse e a nicotina do cigarro são outros dois
fatores de risco para a infecção, uma vez que contribuem para
diminuir as defesas imunológicas, particularmente na região
vaginal. A infecção aparece ainda associada ao HPV,
o papiloma vírus humano, uma vez que esse vírus 
diminui a resistência do organismo.
DEFICIÊNCIA GENÉTICA
Além dos fatores de risco que predispõem à doença, 
pesquisadores vem demonstrando que algumas mulheres 
possuem uma deficiência específica para candidíase. 
Elas teriam um sistema imune capaz de defender o 
meio vaginal de outros agentes infecciosos, mas não 
dos fungos. As pesquisas mais recentes, feitas pelo
ginecologista e professor da Universidade de Cornell,
em Nova York (EUA), Steven Witkin, revelam que tal
deficiência é resultado de uma pequena alteração 
genética em células de defesa imunológica, o que os 
cientistas denominam de polimorfismo genético.
O defeito no gene explicaria, provavelmente, a maior 
parte dos casos de reaparecimento da doença, as 
chamadas recorrências, após o tratamento, segundo 
Witkins, que já está usando um teste para detectar a
alteração genética, na Universidade de Cornell. Uma
tendência de pesquisa para acabar com a candidíase 
envolve o uso da substância acetilcisteína, um potente
antioxidante que melhora a defesa imunológica, informa a
ginecologista Iara Linhares, do serviço de ginecologia do 
Hospital das Clínicas de São Paulo e também pesquisadora 
da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O ginecologista recorre ao exame clínico e de laboratório
e a análise dos sintomas da paciente para diagnosticar
a candidíase. Existem várias opções de tratamento, 
envolvendo em geral medicamentos de aplicação local -
os cremes vaginais. A dra Iara Linhares adverte para a 
importância de seguir orientação médica no tratamento
de todo e qualquer problema vaginal. E nunca buscar a 
orientação de balconistas de farmácias ou usar cremes
vaginais sugeridos por amigas ou que já foram utilizados
em tratamentos anteriores. "Com freqüência as mulheres
confundem os sintomas de outras infecções ou mesmo de 
alergias vaginais com candidíase e se automedicam com
cremes ou outros medicamentos inadequados que usou 
antes. Eles podem até representar alívio, ao melhorar
os sintomas, mas na verdade estão mascarando a
doença que vai reaparecer lá na frente."
PREVENÇÃO DA CANDIDÍASE
Alguns cuidados com a alimentação e os hábitos de vida
podem ser estratégicos para quem tem problemas de
repetição com a candidíase. A ginecologista Iara Linhares 
aconselha suas pacientes a diminuir o consumo de carboidratos
e açúcar e de alimentos ácidos, álcool e cigarro neste caso. 
O uso de papel higiênico perfumado e de absorventes internos 
são absolutamente contra-indicados. Quem faz atividade física 
com regularidade deve usar malhas e calcinha de algodão
durante os exercícios.

 


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