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1.28.2012

Dor neuropática

Dor

Pesquisadores identificam parte do mecanismo que provoca a dor neuropática

Descoberta é um importante passo para o desenvolvimento de tratamentos

Dores neuropática: pesquisadores identificam que produção excessiva de molécula está associada ao problema Dores neuropática: pesquisadores identificam que produção excessiva de molécula está associada ao problema (Thinkstock)
Embora seja grande o número de pessoas que sofrem com dor neuropática, um tipo de dor crônica associada a uma anomalia nos nervos, não está claro entre os médicos o mecanismo responsável pelo problema. Por isso, os tratamentos atuais ainda são ineficazes. Um estudo recente, feito no Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, Estados Unidos, pode ajudar a reverter esse quadro. Os pesquisadores identificaram que ratos com essa dor tinham em comum a elevada produção da molécula dimethylsphingosine (DMS), um subproduto de reações celulares. Segundo eles, inibir a DMS pode ser a chave para o desenvolvimento de remédios contra a doença. A pesquisa foi publicada no periódico Nature Chemical Biology.

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DOR NEUROPÁTICA
É um problema causado por alterações nos nervos, na medula espinhal ou no cérebro. Manifesta-se por meio de sensações como formigamentos, ardor ou sensibilidade ao toque ou ao frio. Pode abranger síndromes como a dor do membro fantasma, sentida em uma parte do corpo amputada; a neuralgia pós-herpética, uma inflamação do tecido nervoso que provoca dor constante e aguda e hipersensibilidade ao frio; e distrofia simpática reflexa, uma dor crônica que pode ocorrer após uma lesão  e possivelmente prejudica atividades dos nervos que preparam o corpo para situações de estresse.
Para identificar a DMS, os pesquisadores analisaram um modelo padrão de dor neuropática em ratos de laboratório que tinham um ferimento no nervo da perna. Eles também estudaram os plasmas do sangue e os tecidos da medula espinhal dos animais e os compararam com os de ratos que não tinham a dor.
Os ratos com dor neuropática apresentaram anormalidade na produção da DMS. "Embora a DMS seja um composto que existe naturalmente no organismo, quando injetada em ratos saudáveis com altas doses, semelhantes às encontradas nos ratos do nervo lesado, foi capaz de induzir a dor", afirma Gary J. Patti, um dos autores do estudo.
"Nós consideramos que este é um grande passo para a compreensão e tratamento da dor neuropática" afirma Patti. Agora, os pesquisadores estão testando inibidores da produção de DMS que podem vir a ser tratamentos eficazes ou preventivos de dor neuropática.

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