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1.07.2012

GRAVIDEZ

Quando surgem hemorragias na Gravidez


Quando surge uma Hemorragia na gravidez, deve ser sempre levada a sério, mesmo que não sinta dor.
As causas podem ter diferentes origens:

  • Ameaça de Aborto:
Uma Hemorragia no 1º trimestre de gravidez pode conduzir a um aborto. Quando tal acontece, o corrimento do sangue é mais forte do que o da Menstruação, acompanhado de dores semelhantes a cãibras.
Mas, felizmente, nem sempre a Hemorragia resulta em aborto - a este fenómeno lhe é dado o nome de "Ameaça de Aborto". Neste caso, o(a) médico(a) recomenda repouso absoluto até a Hemorragia parar. Depois é feita uma Ecografia para determinar se o Feto continua vivo.
Nos casos em que ocorre o aborto, o mais frequente é tratar-se de um erro genético, o qual a Natureza se encarrega de impedir o seu prosseguimento;
  • Gravidez Ectópica:
Quando o óvulo fecundado se alojou numa das Trompas de Falópio, e não no Útero como deveria, trata-se de uma Gravidez Ectópica, a qual é bastante perigosa e normalmente exige intervenção cirúrgica.
Este género de gravidez pode manifestar-se numa Hemorragia, ou não, com dores fortes no abdómen;

  • Deslocamento prematro da Placenta:
Embora seja raro, no último trimestre da gravidez pode dar-se um deslocamento prematuro da Placenta das paredes do Útero, o que oferece algum perigo para a mãe e para o bebé.
Se já se encontra a viver o seu 3º trimestre de gravidez, e se tiver Hemorragias, consulte imediatamente um(a) médico(a)!

  • "Placenta Prévia":
"Placenta Prévia" é uma situação em que a Placenta se colocou na parte baixa do Útero, bloqueando o Colo do Útero total ou parcialmente.
Quando o Colo do Útero se abre no início do trabalho de parto, pode desencadear Hemorragias.
Nos casos em que o Colo do Útero se encontra totalmente bloqueado, o bebé terá de nascer por meio de uma Cesariana; 
  • Hemorragias no Colo do Útero:
O Colo do Útero, durante a gravidez, fica mais susceptível ao contacto devido a uma maior irrigação sanguínea. Sendo assim, podem surgir pequenas Hemorragias depois de ter relações sexuais, ou depois de ser examinada pelo(a) Obstetra. Não se preocupe, pois isto não representa perigo. Ainda assim deve ser examinada pelo(a) médico(a) para ter a certeza que está tudo bem.
O "Rolhão Mucoso", quando se liberta pouco antes do nascimento, pode vir acompanhado com sangue, mas tal é normal e não é motivo para alarme.
Se ocorrerem Hemorragias durante a gravidez:
  • contacte imediatamente o seu médico ou Hospital/Maternidade;
  • deite-se na cama e mantenha-se quente, se estiver em casa. Se estiver fora de casa, tente encontrar um local calmo para descançar até chegar ajuda;
  • mantenha vestidas as roupas sujas de sangue e não limpe as manchas até que o(a) médico(a) as tenha examinado;
  • não coma nem beba nada sem autorização do(a) médico(a).

Tabaco: um perigo para a Grávida e para o Feto


Todos nós sabemos que o tabaco faz mal à saúde! Quem fuma tem maior probabilidade de morrer de Cancro do Pulmão ou de Enfarte Cardíaco.
Que riscos corre o seu bebé se continuar a fumar durante a gravidez?
Quando fuma, o Monóxido de Carbono e a Nicotina são transmitidos ao bebé pela sua circulação sanguínea, reduzindo a quantidade de Oxigénio e de Nutrientes que o feto necessita.
Quanto mais cedo largar o tabaco, melhor será para o seu bebé. Tente convencer também o seu parceiro a deixar de fumar ou, pelo menos, a não fumar perto de si, para que o seu bebé, quando nascer, não se torne um fumador passivo.
As crianças cujos pais são fumadores sofrem mais frequantemente de doenças respiratórias, dos ouvidos e da garganta.

Riscos para o bebé:
  • Baixo peso à nascença;
  • Aborto, nascimento prematuro ou parto de nado-morto;
  • Morte súbita do bebé (após o nascimento) devido a atrasos no crescimento e anomalias renais.
Sugestões para deixar de fumar:
  • Em vez de pegar num cigarro, faça algo que lhe dê prazer e que a distraia: dar um passeio, por exemplo;
  • Mantenha as mãos ocupadas, fazendo malha, ou pintando...
  • Pense no dinheiro que passará a poupar se não fumar;
  • Use locais para não-fumadores em espaços públicos;
  • Procure apoio para deixar de fumar no Centro de Saúde.

Viajar durante a gravidez


Geralmente, viajar não é perigoso durante a gravidez, mas é algo que tem que ser planeado cuidadosamente.
Os meses mais adequados para viajar são os do 2º trimestre, visto que o seu corpo já se terá habituado à gravidez.
Se pretende viajar nos últimos meses da sua gravidez, deve perguntar ao(à) médico(a) se corre perigo de ter um parto prematuro.
A maioria das companhias aéreas não transporta grávidas no último mês de gestação. E, já agora, fique a saber que o detector de metais, usado nos Aeroportos, não é prejudicial para o seu bebé!

O Cinto de Segurança no Automóvel:

O cinto de segurança é muito importante, mas não pode ser colocado por cima da barriga da mãe, pois, em caso de acidente, tanto ela como o bebé correm perigo. A maneira correcta consiste em usar a correia diagonal entre os seios, e a correia da cintura abaixo da barriga.
Se viaja muito de carro, talvez seja boa ideia adquirir um cinto especial para grávidas.


Conselhos para Grávidas Viajantes:
  • Se viajar muito de carro, pare de vez em quando para caminhar um pouco;
  • Durante uma viagem de avião longa, estique as pernas frequentemente e dê alguns passos;
  • Use roupas confortáveis;
  • Use sapatos fáceis de calçar e descalçar, pois os seus pés poderão inchar durante a viagem de avião;
  • Não tome comprimidos para enjoos sem antes consultar o seu médico;
  • Faça viagens curtas se for sozinha no 2º ou 3º trimestre de gravidez;
  • Leve consigo qualquer coisa leve para comer e água para beber;
  • Se pensa ausentar-se muito tempo, procure um(a) médico(a) local que a possa acompanhar;
  • Leve sempre consigo o seu Boletim de Saúde da Grávida, e todos os exames que fez;
  • Se viaja de carro, tenha em atenção a posição do cinto de segurança.

A vida sexual na Gravidez


Gravidez não é sinónimo de abstinência sexual! Conheço caso de mulheres que, assim que souberam que estavam grávidas, condenaram os maridos à abstinência sexual!
Não se deve modificar a sua vida sexual só porque está grávida, a não ser que tenha indicações médicas para a abstinência sexual.
As relações sexuais muito próximo do nascimento do bebé ajudam a acelerar o trabalho de parto, pois o esperma contém uma substância, a Prostaglandina, que estimula as contracções do Útero. Mas este efeito apenas se faz sentir no Colo do Útero já pronto para dar à luz! Se ainda não for a altura certa, a Prostaglandina não tem qualquer efeito para o trabalho de parto.

O sexo não prejudica, em nada, o seu bebé. Não provoca aborto porque o bebé está bem protegido pela bolsa amniótica e pelo líquido nela contido.
No entanto, é verdade que a vida sexual do casal não é a mesma durante a gravidez!...
Nos primeiros 3 meses de gestação, muitas mulheres perdem um pouco o apetite sexual. Pode ser uma normal reacção às mudanças hormonais que se estão a processar no seu corpo. Se sentirem muitos enjoos e sofrerem de fadiga, é compreensível que não tenham vontade de ter relações sexuais!
Passado o 1º trimestre, até pode acontecer que sinta mais vontade de ter relações sexuais (até mais do que antes da gravidez!).
Nos últimos tempos da gravidez é normal que essa vontade volte a decrescer devido ao volume crescente da zona abdominal da mulher que pode tornar a prática de sexo algo desconfortável.

Também o seu parceiro terá de se adaptar à nova situação!
Certos homens consideram o facto de a sua parceira estar grávida sexualmente excitante. Outros há que experimentam uma diminuição da líbido ao serem confrontados com as mudanças físicas da mulher durante a gravidez, ou porque se sentem rejeitados quando a parceira sente falta de vontade de ter relações sexuais, ou porque têm um medo inconsciente e irracional de que possam magoar o bebé!
Se nota qualquer tipo de problema a nível sexual, é importante que os discuta com o seu parceiro. Se possível, leve-o a uma breve sessão de esclarecimentos sobre este tema com o seu médico.

O sexo durante a gravidez poderá reforçar a intimidade e a sensação de união que já antes sentiam.

Como é óbvio, não é forçoso que tenha de haver penetração nas relações sexuais! A estimulação oral e/ou manual poderá conduzir ambos a atingir o clímax. As carícias, os abraços, os beijos e as massagens mútuas poderão também proporcionar uma satisfação sexual plena.
Para que se sinta confortável durante as relações sexuais, talvez tenha de experimentar novas posições com o seu marido/companheiro: poderão, por exemplo, deitar-se ambos de lado.



O(A) médico(a) poderá aconselhar a limitar a frequência ou mesmo evitar as relações sexuais quando:
  • já sofreu mais do que um aborto nos primeiros meses de gravidez;
  • se verificam hemorragias durante a gravidez;
  • já teve mais do que um parto prematuro;
  • sofre de alguma infecção na vagina;
  • o Colo do Útero se abre antes do tempo ou ameaça entrar em trabalho de parto antes do tempo;
  • sofre dores na pélvis;
  • se tiver verificado perdas de líquido amniótico.

Especialmente durante a gravidez, é importante que a futura mamã se sinta bem consigo e com o seu corpo. Eu conheço grávidas que começam a sentir-se fragilizadas perante os seus maridos/companheiros porque se acham gordas!
Beber bastante água estimula o metabolismo e faz bem à pele, tornando-a mais elástica e livre de impurezas. Também é bom massajar o corpo com óleo ou creme hidratante - há médicos(as) que aconselham colocar cremes gordos anti-estrias sobretudo na barriga (e seios também), para ajudar a evitar que a pele "estale" com o constante crescimento do bebé dentro do Útero que, inevitavelmente, estica a pele da barriga.

O corpo da futura mamã vai mudar consideravelmente, pelo que é essencial começar por aceitar bem essas mudanças, sentindo-se bela e resplandescente - Sim! As mulheres são lindíssimas quando estão grávidas!



Mas não é só em termos físicos que se deve preparar... também o deve fazer psicológicamente...
O medo da dor de parto é um exemplo daquilo que pode perturbar psicológicamente a grávida. Sendo assim, é essencial que a futura mamã saiba pormenorizadamente tudo o que se vai passar durante a gravidez e na altura do nascimento. Se estiver bem informada, ajuda a que não se surpreenda/assuste e fará com que antecipe reacções, dando-lhe confiança e tranquilidade.
A prática de exercício físico atribui bem-estar no período gestacional, e ajuda a ter um parto mais tranquilo. Os exercícios melhoram a circulação sanguínea, relaxam, aumentam a capacidade pulmonar e garantem energia extra à futura mamã.

Desporto durante a Gravidez:

A prática de uma actividade desportiva durante a gravidez é, com certeza, benéfica, pois faz com que se sinta melhor e apresente melhor aspecto físico.
Os músculos são fortalecidos e alguns incómodos da gravidez (prisão de ventre e fadiga) podem ser atenuados. Para além disso, a actividade desportiva ajuda a suprimir as tensões físicas e emocionais. Se estiver físicamente em forma, tem mais probabilidades de ter uma gravidez sem complicações e um parto mais fácil.
Mas a prática de desporto na gravidez requer, obviamente, bom senso: Não se obrigue a fazer algo que não lhe apetece, e pare para descançar se sentir necessidade disso. Poderá consultar o seu médico quanto à actividade física que melhor se adapta ao seu caso.

Fitness:

Se participava em aulas de Aeróbica de Fitness antes de estar grávida deve, antes de mais, consultar o seu médico para saber se este desporto é aconselhável para si. Se não o considerar perigoso, informe o(a) Técnico(a) Responsável acerca da sua gravidez.



Andar de Bicicleta:

Se continua a proporcionar-lhe prazer, então poderá andar de bicicleta até aos últimos meses de gravidez, mas em terreno plano e a um ritmo moderado.
Se o seu médico detectar em si vestígios que possam indiciar um aborto ou um parto prematuro, arrume a bicicleta a um canto!

Jogging:

Se já tem por hábito praticar Jogging, então poderá continuar a fazê-lo durante a gravidez.
Não se ponha, porém, a correr maratonas e não se canse demasiado ou aumente excessivamente a temperatura corporal.
Beba muitos líquidos, e use soutien de desporto e sapatilhas com solas almofadadas.
Ténis:
Se já jogava antes de ficar grávida, poderá continuar a fazê-lo, mas sem se esforçar demasiado!
Patinagem e Esqui:
Não é consensual as opiniões quanto à prática destas actividades desportivas na gravidez.
Pessoalmente considero perigosas devido aos saltos e, sobretudo, à possibilidade de quedas aparatosas que podem pôr em risco a vida do bebé.

Natação:

A Natação é um desporto bastante recomendável durante a gravidez, pois fortalece os músculos e os pulmões.
Existem cursos de Natação específicos para mulheres grávidas.
Equitação:
Existem mulheres que continuam a particar Equitação durante a gravidez. No entanto, este desporto é considerado arriscado devido à possibilidade de acidente, o qual pode desencadear um aborto ou um parto prematuro.

Ginástica:

Quanto a este desporto, não o deve praticar no caso de se tratar de executar acrobacias, obviamente! Mas há ginástica propria para grávidas!
Se tiver a possibilidade de participar num curso de preparação para o parto, não hesite em fazê-lo! Ser-lhe-ão ensinados exercícios de relaxamento (que também poderá praticar em casa), formas de lidar com as dores de parto e, além disso, discutir-se-ão aspectos relativos à maternidade e paternidade, e terá a oportunidade de partilhar e obter apoio emocional de outras mulheres grávidas.

9 boas razões para praticar desporto durante a Gravidez:

  1. Actua no Sistema Cardiovascular da grávida, que nesse período tem um volume maior de sangue em circulação, e ajuda na oxigenação das células.

  2. Proporciona um estado de realxamento que é fundamental nesta fase. O organismo está a ser submetido constantemente a situações naturais de stress e emoções.

  3. Ao fazer exercício, adquire uma maior percepção do seu corpo, o que fará com que compreenda melhor as transformações que estão a ocorrer consigo, se sinta mais segura e esteja mais preparada para o parto.

  4. Ajuda a queimar calorias, impedindo que engorde além do necessário.

  5. O corpo em movimento garante um melhor funcionamento dos intestinos, que durante a gravidez e pós-parto costumam ficar "preguiçosos".

  6. Aumenta a sua capacidade pulmonar e também ajuda a controlar o ritmo da respiração.

  7. Fortalece os músculos das pernas e da barriga, favorece o bom posicionamento da Coluna e ajuda a suportar melhor o peso do bebé.

  8. Com a musculatura fortalecida, o seu desempenho no momento da expulsão do bebé no parto será melhor. Além disso, a recuperação pós-parto é mais rápida.

  9. Dá mais flexibilidade ao corpo e também contribui com uma dose de energia extra. A boa forma física deve ser uma meta a alcançar para todas as futuras mamãs.

Conselhos para a prática de Desporto durante a Gravidez:

  • Se não estiver em forma, deverá começar suavemente e aumentar de intensidade pouco a pouco;
  • Pratique a actividade desportiva que lhe dê mais prazer, desde que não seja desaconselhado pelo(a) médico(a);
  • Faça exercícios de aquecimento antes de iniciar a sua actividade desportiva;
  • Deve ingerir líquidos para compensar as perdas em suor;
  • Use um bom soutien de desporto;
  • Evite os movimentos bruscos, saltos e situações em que tenha de aplicar muita força;
  • Goze períodos de descanço suficientes e jamais teste os limites da sua capacidade de esforço;
  • Termine imediatamente a sua sessão de exercício físico assim que notar dores, quebras de tensão ou hemorragias, e consulte o seu médico.


O risco de um Aborto:

Se já sofreu um aborto, ou deu à luz um bebé prematuro, ou teve complicações nesta gravidez, deverá praticar exercício físico com muita moderação.
A certas mulheres o(a) médico(a) poderá mesmo desaconselhar a prática de qualquer tipo de exercício físico.

Nutrientes essenciais na Gravidez

No momento da Concepção, o embrião é tão pequenino que é impossível de ver a olho nú, mas ao nascer, o bebé pesa cerca de 3,3 K e mede 50 cm, aproximadamente. Este crescimento prodigioso deve-se às Vitaminas, ao Ferro, ao Cálcio, às Proteínas que o bebé vai buscar ao sangue da mãe, daí a importância de uma boa alimentação durante a gravidez.
Em todo este processo, não é só o bebé que tem necessidades definidas que é importante satisfazer, a mãe também tem, pois é ela que carrega um ser dentro de si que fará com que todos os órgãos do seu organismo participem na gravidez.
É certo que a gravidez começa a alterar o corpo da mulher desde o 1º dia, e que o cuidado com a alimentação deve ser redobrado desde o momento em que planeia engravidar, ou que toma conhecimento da sua nova condição, mas há médicos que garantem que é a partir do 4º mês de gestação que o feto irá verdadeiramente necessitar um maior controlo nos horários de alimentação da mãe. Ou seja, é bom que a mãe coma um pouco mais (normalmente os médicos aconselham a fazê-lo de 3 em 3 horas), mas em quantidades moderadas.
Durante várias gerações acreditou-se que as grávidas precisavam de comer por 2, e em resultado disso engordavam muito, o que era inútil e podia, até, ser perigoso. Nos anos mais recentes, tanto se chamou a atenção para os perigos da sobrealimentação que, hoje, algumas grávidas comem de menos para não engordarem...
Qual será, então, a justa medida? Deixo aqui a promessa em vos dar algumas dicas brevemente!...
  • Cálcio: Para garantir o normal desenvolvimento dos ossos e dentes do seu bebé, deve alimentar-se de boas fontes de Cálcio, como: o leite e seus derivados (queijo e iogurte), o feijão, os frutos secos, a Sardinha, o pão, os ovos, a água e certas verduras (agrião, couve, couve-flor e espinafres). Não deve esquecer que os Lacticíneos também são ricos em gordura, portanto, se está a engordar de mais, opte pelo leite magro ou meio-gordo, e prefira queijo e iogurtes magros.

          Nota: Se não gosta de leite, coma queijo;
  • Ferro: Este mineral é importante para o bebé, que o acumula no seu organismo para o preparar para a vida no exterior (após o parto); mas é ainda mais importante para a mãe, cujo fluxo sanguíneo aumentou para poder transportar Oxigénio. O Ferro existe na carne, no peixe, nas laranjas, nas verduras (espinafre e agrião), no ovo, no chocolate ( atenção! Coma com moderação!), na aveia, nos frutos secos (amêndoas e avelãs), e na salsa.

          Nota 1: Há quem defenda que se deve comer fígado para se obter uma boa fonte de Ferro, mas também há quem alerte para o perigo do o fazer, pois também contém imensa Vitamina A, a qual, consumida em excesso, pode ser tóxica para o feto. Talvez seja ideal jogar pelo seguro e evitar o fígado e os patés.
          Nota 2: O Ferro existente na carne é mais fácil de absorver do que o contido nas verduras e frutos secos. Se é vegetariana, combine alimentos ricos em Ferro com alimentos ricos em Vitamina C, que ajudam na absorção;
  • Proteínas: O corpo da mãe exige maiores necessidades nutritivas. Procure comer peixe, carne (principalmente aves), ovos, frutos secos (amendoins), grão (arroz, lentilhas, feijão, soja e ervilhas) e lacticíneos;

  • Vitaminas: São importantes durante a gravidez, pois o seu bebé irá precisar delas para o crescimento durante as primeiras semanas de vida após o parto; também você precisa delas porque todos os órgãos do seu organismo estão a trabalhar mais do que o habitual. Destaque para a Vitamina C que fortifica a Placenta, ajuda o organismo a resistir às infecções e facilita a absorção de Ferro. Também se deve destacar a Vitamina B, que ajuda a evitar as cãibras! O leite contém as Vitaminas A e E; os legumes são ricos em Vitaminas A, C e K; os cereais contêm as Vitaminas B e E; e a fruta crua (limão e laranja) é rica em Vitamina C;


  • Fibras: devem fazer parte da sua alimentação, pois ajudam a combater a obstipação. São excelentes fontes de Fibra a fruta, os legumes (alho-francês e ervilhas), o pão e as bolachas integrais, as massas e o arroz;

  • Ácido Fólico: É importante no desenvolvimento do sistema nervoso central do bebé. O organismo não o consegue armazenar, sendo necessário ingeri-lo todos os dias. As verduras (couve, couve-de-bruxelas, brócolos) a fruta fresca e os frutos secos (amendoíns e avelãs) são excelentes fontes de Ácido Fólico.

          Nota 1: A cozedura destrói o Ácido Fólico, portanto coma muitas saladas e legumes cozidos ao vapor ou salteados;
          Nota 2: Se é vegetariana, o gérmen de Trigo é uma boa fonte de Ácido Fólico;
  • Lípidos: As gorduras são necessárias para um correcto equilíbrio alimentar. São, evidentemente, ricos em gordura o azeite, o óleo, a banha, a manteiga, a margarina, os frutos secos (nozes, avelãs, amêndoas e amendoíns) e o ovo. É importante diminuir o consumo de Lípidos durante a gravidez para não aumentar demasiado o seu peso, e porque, normalmente, as grávidas não toleram muito bem as substâncias gordas;


  • Glúcidos (ou Hidratos de Carbono): básicamente só servem como fonte de energia para a grávida, mas devem ser consumidos em pequenas quantidades para evitar o excesso de peso. Os alimentos mais ricos em Glúcidos são, evidentemente, o açucar e o mel. Também contêm Hidratos de Carbono as massas, o arroz, a fruta muito madura (ameixa, tâmara e banana), os figos secos, o feijão, a ervilha, o pão e a batata.

A Asma na Gravidez



Sabe-se que a maioria dos medicamentos podem afectar o feto por via sanguínea. Sendo assim, um(a) médico(a), ao prescrever medicação a uma mulher grávida (ou a mulheres que querem conceber), ponderam muito antes de o fazer - mas a verdade é que os riscos ainda são maiores, tanto para a mãe como para o bebé, quando uma doença não é tratada.



A Asma é uma doença em que é absolutamente necessário o uso de fármacos - se não for controlada numa mulher grávida, qualquer que seja o seu grau de gravidade, leva a uma diminuição de Oxigénio no sangue da mãe e do feto, aumentando o risco de complicações quer na gravidez, quer no período neonatal.




Sendo assim, um bom controlo da Asma numa mulher grávida não só previne os problemas referidos anteriormente, como também evita outros associados a esta doença: Pré-eclampsia, mortalidade perinatal, parto prematuro, atraso de crescimento intra-uterino e malformações congénitas.
Conclusão: os riscos da Asma não controlada são bem maiores do que os riscos que poderão causar os medicamentos para esta doença.



Nesta perspectiva, as mulheres têm de perder o medo de usar os medicamentos para controlar a sua Asma durante a gravidez, com a certeza de que os fármacos mais recentes não têm sido associados com o aumento de riscos para o feto.




Existe um estudo científico feito na Suécia que demonstrou não haver aumento na incidência de malformações congénitas nos bebés de mães que foram tratadas, durante a gravidez, com fármacos da última geração.





  • Prescrever durante a gravidez:
Se for absolutamente necessário administrar medicamentos durante a gestação, como no caso do tratamento da Asma, deve prescrever-se doses mínimas eficazes de fármacos que sejam mais utilizados e estudados como sendo seguros.

Folatos: porque são necessários na gravidez?

Durante a gravidez, a mãe transfere para o feto uma enorme quantidade de Folatos, a qual é muito preciosa para o seu crescimento. Sendo assim, se não se fornecer uma quantidade suplementar, as reservas maternas esgotar-se-ão em 2 ou 3 meses. Uma alimentação equilibrada, complementada por comprimidos de Ácido Fólico, e vigilância médica, são fundamentais para prevenir, atempadamente, o défice de Folatos.

Os alimentos mais ricos em Folatos são as verduras, a fruta, a carne, o peixe, o feijão e as nozes. Convém saber que a cozedura e a congelação são processos que reduzem o conteúdo de Folatos nos alimentos, pelo que os mais ricos são aqueles que se podem consumir frescos ou crús, como as nozes, algumas verduras (alface, agrião) e as frutas. Também há que lembrar que as náuseas, os vómitos e o mal-estar - que, por vezes, surgem na gravidez - podem influenciar no mau aproveitamento do organismo.

Consequências do Défice:
O grande prejudicado pelo défice de Folatos é o feto, afectando sériamente todos os seus tecidos ao ponto de poder provocar o aborto. Quando causa malformações fetais, as principais estão relacionadas com defeitos do Tubo Neural - Anencefaleia, Espinha Bífida -, e com o Lábio Leporino e a Fissura Palatina.

Também pode produzir perturbações no desenvolvimento fetal - crescimento intra-uterino retardado, baixo peso à nascença, parto prematuro - e alterações no metabolismo do sistema nervoso - atraso mental e motor.
Anualmente, nascem muitas crianças com deficiências do Tubo Neural em todo o mundo!


Actualmente, há evidências científicas de que a administração de comprimidos de Ácido Fólico durante o período pré-concepcional e nos primeiros meses de gestação, diminui, significativamente, o risco de defeitos do Tubo Neural.


Espinha Bífida:

A Espinha Bífida, uma das consequências do défice de Folatos, consiste na falta de união de um ou vários arcos vertebrais, deixando o canal neural aberto. A lesão pode localizar-se em diferentes alturas da Coluna Vertebral, mas o prognóstico é pior quando se situa na região cervical e dorsal.
Alguns dos bebés com este problema morrem antes de nascer, e quando nascem, têm de ser tratados para sobreviver.


As consequências deste problema são: paralisia das pernas; debilidade dos músculos da bexiga e do tracto intestinal, dando origem à incontinência urinária e fecal; e, nalguns casos, Hidrocefaleia (excesso de líquido cefalorraquídeo).


Tratamento profiláctico:

Actulmente, a grande maioria (senão todos mesmo!) dos médicos considera necessário levar a cabo um tratamento profiláctico sistemático, para prevenir o défice de Folatos durante a gravidez, através da administração de farmacológicos (Ácido Fólico).


O tratamento deve iniciar-se quando se está a planear ter um filho (Pré-concepção), uma vez que as malformações do Tubo Neural se produzem nos primeiros 2 meses de gravidez, um período em que, por vezes, a mulher desconhece o seu estado; este mesmo tratamento poderá manter-se até ao fim da lactação.


Existem situações de risco em que se torna praticamente obrigatória a administração de Ácido Fólico (provavelmente reforçada):

  • mulheres que tomaram a pílula durante vários anos;
  • quando existem antecedentes de partos prematuros ou filhos com defeito do Tubo Neural;
  • mulheres viciadas em álcool ou em determinados fármacos;
  • quando há doenças hematológicas.

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