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1.20.2012

Não à ampliação da presença militar britânica nas Malvinas


Publicado em 20-Jan-2012
ImageUm absurdo, que decididamente não levará a acordo, a determinação do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron (Partido Conservador), de ampliar a presença militar nas ilhas Malvinas, com o envio de tropas via Ilha da Ascensão, no Oceano Atlântico, que pertence ao Reino Unido. Tampouco convence sua justificativa de que adota a medida beligerante porque há aumento da tensão entre a Inglaterra e a Argentina na briga pela soberania na região, uma disputa que travam desde 1833.

Cameron convocou o Conselho Nacional de Segurança britânico - toda a cúpula militar de seu governo -, dedicou um dia inteiro ao debate e aprovação do plano de contingência para esta ampliação, e comunicou a decisão ao Parlamento. O primeiro-ministro acusa a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania nas ilhas.

"O que os argentinos disseram recentemente é muito mais colonialismo, porque os moradores querem continuar sendo britânicos e os argentinos querem que eles façam outra coisa", afirmou o primeiro-ministro inglês no Parlamento. Com que autoridade a Inglaterra pode falar de colonialismo, hein?

Solução só pode e deve vir através da ONU


O governo argentino considerou as afirmações "absolutamente ofensivas". Principalmente se tratando do Reino Unido. "A história mostra claramente qual foi sua atitude frente ao mundo", rebateu Florencio Randazzo, ministro do Interior do governo da presidenta Cristina Kirchner.

Não é por aí. Cabe as Nações Unidas por um fim a este estatuto vergonhoso em relação as Malvinas e a diversas ilhas em todo mundo ainda ocupadas pelas ex-potências coloniais. As ex-potências ainda detentoras de protetorados são, hoje, meros países em crise, como é o caso da Espanha e Portugal, que no século XV dividiam o mundo entre si; de outros em decadência, como a Bélgica e a Grã-Bretanha - em cujo Império "o Sol nunca se punha"; e até mesmo de democracias avançadas como a Holanda.

A mudança do estatuto que possibilita estas ex-potências continuarem a ocupar ilhas e outros territórios ao redor do mundo só não ocorreu ainda por interesses imperiais e militares destes países. Eles são protegidos pela hegemonia dos Estados Unidos que mantém, inclusive, uma base militar em Cuba - Guantánamo.

EUA patrocinam a manutenção e novas formas de colonialismo


O estatuto só não muda porque os norte-americanos apoiam os interesses imperiais e expansionistas dessas ex-potências, já que são, também eles, donos de um vasto sistema de bases militares em ilhas por todo mundo.

A Argentina tem todo direito de impor sua soberania nas Malvinas e a tomar medidas para evitar a continuidade desse status-quo. Muito acertadamente conta com o apoio do Brasil e de toda a América do Sul nessa sua reivindicação. Até em decorrência da cúpula do MERCOSUL que em dezembro pp., em Montevidéu, decidiu que os países do bloco devem bloquear o acesso de navios com bandeira das Malvinas aos seus portos.

Neste 2012 completam-se 30 anos da guerra entre a Argentina e a Grã-Bretanha pela posse das Malvinas, na qual morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos, encerrada em 14 de junho de 1982 com a rendição da Argentina.

Foto Wikipedia

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