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1.18.2012

O CÉREBRO AOS 40

O cérebro aos 40
Pesquisa comprova a queda de memória a partir dos 45 anos.


Esquecer o nome de alguém ou o número do telefone pode virar brincadeira entre amigos. Mas, infelizmente, nem todos conseguem manter a mente em forma e o assunto precisa ser levado a sério. Um estudo realizado por pela University College de Londres (UCL), entre 1997 e 2007, mostrou que as funções do cérebro podem começar a “declinar” aos 45 anos de idade.
A memória, o vocabulário e as habilidades cognitivas (de percepção ou de compreensão) de 5,2 mil homens e 2,2 mil mulheres, entre 45 e 70 anos, foram avaliadas. O estudo indica que entre mulheres e homens com idades entre 45 e 49 anos ocorreu um declínio no raciocínio mental de 3,6%.
Uma queda de memória e cognição visual e auditiva foi sentida, principalmente nos entrevistados mais velhos. O estudo revelou que entre os entrevistados de 65 a 70 anos, houve um declínio mental de 9,6% entre homens e 7,4% entre mulheres da mesma idade.
Para os cientistas este estudo serve de alerta para homens e mulheres. Segundo eles, a demência não é um problema da velhice, e sim um processo que se desenvolve ao longo de duas ou três décadas. Dessa forma, é fundamental identificar os riscos cedo.
Quando se fala em memória, logo é feita uma associação com o Alzheimer. Para integrantes da Sociedade contra o Mal de Alzheimer, ter hábitos de vida saudáveis é essencial para a melhora da memória. De acordo com membros da Sociedade, mesmo não havendo maneiras infalíveis de prevenção da demência, parar de fumar e manter o colesterol e a pressão do sangue sob controle podem diminuir o risco de demência.

E SAIBA TAMBÉM:

Estudo diz que cérebro fica melhor após os 40



Na meia idade, há grandes ganhos

O cérebro, como alguns bons vinhos, fica melhor com o tempo. Bem diferente do corpo, cuja vitalidade começa a declinar já antes dos 30 anos, a mente atinge seu ápice a partir dos 40 anos. E segue assim até bem depois dos 60 anos – muito além do que se imaginava. Recentes pesquisas internacionais derrubam completamente antigas teses arraigadas sobre a perda da capacidade cerebral e revelam que a meia idade é, de fato, a melhor idade. Pelo menos para o cérebro.

- Há alguns declínios modestos no cérebro na meia idade, mas há grandes ganhos – afirma a jornalista Barbara Strauch, de 56 anos, editora de ciência do “New York Times”, que reuniu no recém-lançado “O melhor cérebro da sua vida” (Ed. Zahar) os novos estudos sobre o assunto. – De uma forma geral, podemos dizer que, sim, como os vinhos, o cérebro melhora com o tempo.

Todo mundo que já passou dos 40 anos sabe que a tendência a esquecer fatos corriqueiros do dia a dia é recorrente. Não lembrar de nomes ou de onde foram deixadas as chaves, por exemplo, é muito comum. Uma lentidão maior para aprender novas tecnologias também não é rara, bem como uma maior tendência à distração. Entretanto, segundo os novos estudos, os ganhos são bem maiores do que tais perdas. O cérebro se torna mais competente e talentoso com o tempo, lidando melhor com diferentes informações e emoções e, principalmente, na solução de problemas.

Ao contrário do corpo, a cabeça melhora

Uma pesquisa da Universidade de Stanford, feita com 118 pilotos, com idades variando dos 40 aos 69 anos, revelou que os mais velhos foram mais eficientes que os mais novos para evitar colisões aéreas num simulador de vôo. Eles levaram mais tempo para aprender a operar o equipamento, mas se saíram melhor no que era, de fato, importante: evitar um acidente e manter o avião no ar. Isso ocorre porque, conforme envelhecemos, passamos a usar áreas maiores do cérebro, garantindo mais eficiência no resultado.

- O cérebro é plástico e segue mudando, não no sentido de ficar maior, mas no de permitir maior complexidade e compreensão mais profunda das situações – sustenta Kathleen Taylor, da St. Mary’s College, da Califórnia, em entrevista ao “New York Times”. – Como adultos, podemos não aprender tão rápido, mas estamos programados para esse novo passo no desenvolvimento.

Estudos de memorização de palavras revelaram que os jovens adultos usam apenas a parte direita do lobo frontal para resgatar as palavras. Os mais velhos, entretanto, usam ambos os lados.

Leia a íntegra do artigo em www.oglobo.com.br




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