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1.21.2012

Osteoporose


Classificação e recursos externos
CID-10 M80-M82
CID-9 733.0
A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.
A partir de 1991 devido o Consenso realizado por todas as Sociedades Americanas que tratam da osteoporose, elas passaram a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea que expressa o estado de deterioração do colágeno ósseo. Quanto melhor for a qualidade óssea menor a chance de ter fratura.
A mudança na definição ocorreu porque as pesquisas verificaram que 100% das pacientes com Síndrome de Turner e que possuiam osteoporose, não fraturam. Ainda, os pesquisadores constataram que ao prescrever Fluoreto de Sódio para suas pacientes, os óssos ficavam mais densos e fraturavam com maior facilidade.
A partir dessas constatações os pesquisadores começaram a estudar mais profundamente o tecido ósseo e verificaram que o risco de desenvolver osteoporose e fratura está diretamente relacionado com as deteriorações do colágeno ósseo.
A partir de 2000, uma nova tecnologia com Inteligência Artificial dos Projetos da Robótica da Nasa permitiu determinar o local mais apropriado do organismo humano que permite estudar minuciosamente o tecido ósseo. Essa região é a das metáfises das falanges dos dedos II-V. Nela é possível avaliar oito parâmetros e não apenas um como quando o exame é realizado na coluna lombar, como vem sendo orientado há mais de 25 anos. Na atualidade, avaliar apenas a densidade óssea,nós estamos fazendo uma análise do tecido ósseo muito restrita.
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A osteoporose progride de forma tão lenta que quem faz o primeiro teste e tem resultado normal aos 65 anos pode esperar até 15 anos para a próxima densitometria óssea.
É o que diz um novo estudo publicado nesta semana na revista médica "New England Journal of Medicine".
A pesquisa faz parte de uma iniciativa ampla que vem reavaliando a forma de diagnosticar e tratar a doença, que pode causar fraturas de quadril e vértebras.
A classe de drogas conhecida como bisfosfonatos consegue prevenir fraturas em quem tem osteoporose. Mas os médicos não querem mais que as mulheres, mais afetadas após a menopausa, tomem as drogas para sempre.
Agora, com o novo estudo, os pesquisadores se perguntam também se faz sentido pedir exames frequentes de densitometria para uma maioria que não está nem perto da zona de perigo após o teste inicial.
"A densitometria óssea tem sido exagerada", afirma Steven Cummings, um dos autores do estudo e professor de epidemiologia na Universidade da Califórnia (EUA).

Editoria de arte/Folhapress
PESQUISA
A pesquisa acompanhou, por mais de uma década, 5.000 mulheres a partir de 67 anos. Logo que foram recrutadas, elas fizeram um exame de densitometria. Nenhuma tinha osteoporose.
Menos de 1% das mulheres com densidade óssea normal no primeiro teste desenvolveram a doença nos 15 anos seguintes. Entre as que tinham densidade um pouco baixa no teste, 5% ficaram com osteoporose depois desse período. No grupo com o pior resultado, 10% ficaram com a doença depois de um ano.
Segundo Joan McGowan, do Instituto Nacional de Artrite dos EUA, o estudo dá provas de que se a pessoa tem densidade óssea normal aos 60 ou 70, não vai ter osteoporose nos próximos cinco anos a não ser que alguma coisa aconteça. Essa coisa pode ser o uso de remédios como cortisona ou ter doenças que afetem os ossos. Mas a médica diz que a recomendação do estudo vale para a maioria.
Segundo o ginecologista Mauro Abi Haidar, chefe do departamento de climatério da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a pesquisa está em sintonia com achados recentes. "Pesquisas anteriores mostraram que não faz diferença esperar dois ou três anos entre os exames."
A recomendação de tomar remédios para mulheres com densidade óssea um pouco abaixo do normal, condição chamada de osteopenia, também está entrando em desuso.
Hoje, diz Ethel Siris, pesquisadora de osteoporose na Universidade Columbia, a osteopenia é vista como um fator de risco e não como uma doença a ser tratada.
Ela lembra, no entanto, que mulheres ou homens que já sofreram fraturas graves (de vértebras, quadril, ombro, pélvis ou punho) precisam levar a doença a sério e se tratar. "Mas não há risco imediato para quem tem resultados normais nos testes."

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