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1.22.2012

Rede social para cientistas passa de 1 milhão de seguidores no mundo

ResearchGate, criado em 2008 por médico alemão, tem 40 mil brasileiros.
Pesquisadores usam site para trocar artigos, informações e experiências.

Luna D'Alama Do G1, em São Paulo
Uma espécie de Facebook acadêmico é a aposta de cientistas e pesquisadores para trocar artigos, informações e experiências. O ResearchGate, criado em 2008 pelo médico alemão Ijad Madisch, ultrapassa 1,3 milhão de usuários em todo o mundo – 40 mil deles brasileiros.
Segundo a responsável pela comunicação da rede social, Lalita Balz, o principal objetivo é oferecer a oportunidade de discutir tópicos específicos em grupos online, baixar publicações e pesquisar em sete diferentes bancos de dados ao mesmo tempo.
“Além disso, os profissionais podem procurar empregos fora do país e se informar sobre conferências internacionais”, diz Lalita.
ResearchGate valendo (Foto: Reprodução)Rede social ResearchGate começa a ser divulgada entre os pesquisadores brasileiros (Foto: Reprodução)
A ideia surgiu da necessidade de conectar pessoas da mesma área de atuação – a maioria hoje é de medicina e biologia – e saber o que está sendo produzido dentro e fora do país de origem. Para entrar, não é preciso convite, e o cadastro é grátis. O usuário deve informar os dados profissionais, a produção científica e os tópicos de interesse.
“O ResearchGate ainda tem poucos brasileiros porque aqui usamos muito a Plataforma Lattes, que tem perfis sempre atualizados. No exterior, é uma ‘selva’ para achar um pesquisador, e isso só é feito por meio de um site próprio ou da universidade ao qual ele está vinculado”, compara o biólogo e doutorando em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) Atila Iamarino, de 27 anos.
Ele entrou nessa rede social para cientistas há três meses e diz que funciona como uma vitrine profissional, boa para fazer contato entre os pares. “Minha maior queixa é que o site sugere ‘amigos’ com base na localização do usuário e na área de atuação. Quando criei meu perfil, achei apenas 20 brasileiros”, diz.
Desde a semana passada, quando o serviço foi divulgado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Iamarino tem recebido 15 pedidos por dia para adicionar contatos. “A maioria é da USP, UFSCar, UFMG e UFRJ”, enumera.
Iamarino comenta que profissionais da área biológica são os que têm participado mais ativamente das redes sociais. “Antigamente, eram os físicos. Hoje debatemos muito sobre saúde, biotecnologia e nanotecnologia”, cita. Outro site usado por ele para troca de informações profissionais é o CiteULike.

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