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2.29.2012

Brasil e as drogas

Brasil é destaque positivo em relatório internacional sobre drogas

As ações do governo brasileiro no combate ao uso de drogas tiveram destaque positivo no relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) 2011, divulgado nesta terça-feira (28/2), em Brasília. Durante o anúncio, o representante regional da Jife no Brasil, Bo Mathiasen, destacou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack lançado no último ano e a articulação dos órgãos de governo em torno do tema.
Ao contrário dos anos anteriores, o relatório não fez referência crítica à venda indiscriminada de medicamentos controlados, mostrando que o Brasil conseguiu avançar no controle do uso destes produtos. De acordo com o diretor da Anvisa, Jaime Oliveira, uma série de ações da Agência têm contribuído para aumentar o controle de medicamentos e a segurança no seu uso. Ele citou o controle de receitas pela internet, por meio do Sistema de Gerenciamento de Produtos Controlados, e a retirada dos medicamentos anfetamínicos do mercado. “Todo o controle tem que ser balanceado com a garantia do acesso ao medicamento, para que não afete o tratamento dos pacientes”, afirmou Jaime Oliveira.
O representante da Jife também destacou a preocupação do órgão com o comércio de medicamentos pela internet, destacando que este tem sido um canal dos vendedores ilegais para atingir os jovens, especialmente na Europa. No Brasil a venda de medicamentos pela internet é permitida somente para as farmácias que existem fisicamente, sendo que a venda de medicamentos controlados é totalmente proibida.
O diretor da Anvisa destacou ainda o trabalho que a Anvisa realizou para regulamentar as Comunidades Terapêuticas. Até 2011, estas comunidades seguiam as mesmas regras adotadas para serviços de saúde, apesar de não terem um enfoque na assistência à saúde e sim na terapia ocupacional de dependentes de drogas. As comunidades fazem parte da estratégia de combate ao crack e a atualização da norma permitiu que estas unidades fossem regularizadas.
Carlos Augusto Moura – Imprensa/Anvisa

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