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2.04.2012

Homofobia

Gays protestam em SP após beijo proibido em lanchonete

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO
Sob gritos de "Contra a homofobia, a luta é todo dia", casais gays se beijaram na tarde deste sábado em frente à lanchonete Parada da Vergueiro, onde dois homossexuais dizem ter sido intimidados por um funcionário com uma faca após trocarem carinhos dentro do estabelecimento.
Cerca de 50 pessoas participaram do ato na rua Vergueiro, que fica em frente ao Centro Cultural São Paulo, na região central da capital paulista.
A lanchonete baixou as portas depois que o grupo começou a se concentrar em frente ao local, por volta das 16h. Onze policiais acompanharam o ato, que foi pacífico. O gerente do estabelecimento não quis conversar com a Folha.
"Temos direito de manifestar afeto em qualquer lugar. Ninguém pode aceitar ser expulso de um estabelecimento só porque trocou carinho com alguém", disse o advogado Luís Arruda, 34, que divulgou o protesto em sua comunidade no Facebook "Ato contra a homofobia".
Ele e o namorado, Otávio Matias, 26, trocaram um beijo ali, cobertos por uma bandeira do movimento gay.
O jornalista Marcelo Hailer, 29, diz que um gerente do estabelecimento bateu com uma faca no balcão depois que ele e um acompanhante se beijaram na mesa da lanchonete. "Ele disse que aquilo não poderia acontecer ali. Ficamos sem reação e saímos", disse ele, que também participou da manifestação.
Hailer afirma já ter registrado um boletim de ocorrência e diz esperar que a lanchonete seja punida.

Isadora Brant/Folhapress
Otavio Matias (de chapéu), 26, e Luis Arruda, 34, participam de protesto realizado na tarde deste sábado em São Paulo
Otávio Matias (de chapéu), 26, e Luís Arruda, 34, participaram de protesto realizado neste sábado em São Paulo

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