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2.09.2012

Jejum colabora no tratamento do câncer, diz estudo

Segundo pesquisa feita nos EUA, ficar sem comer durante períodos curtos tem um impacto similar ao da quimioterapia, pois torna mais lento o crescimento dos tumores

Efe
Jejuns curtos e severos tem um impacto similar ao da quimioterapia em certos tipos de câncer, e os dois procedimentos combinados aumentam substancialmente o índice de sobrevida, segundo estudo feito com ratos e publicado na revista "Science Translational Medicine".
Ciclos múltiplos de jejum, até sem água, se mostrou eficaz durante o tratamento feito com ratos - Arquivo/AE
Arquivo/AE
Ciclos múltiplos de jejum, até sem água, se mostrou eficaz durante o tratamento feito com ratos

A pesquisa, liderada por Valter Longo, professor de Gerontologia e Ciências Biológicas na Universidade Southern Califórnia, constatou que em cinco de oito tipos de câncer em ratos o jejum atuou de forma positiva, pois a privação de alimentos tornou o crescimento dos tumores mais lento.

E em todos os casos "a combinação de ciclos de jejum com a quimioterapia foi mais ou muito mais eficaz que a quimioterapia sozinha", explicou Longo.

Os pesquisadores afirmaram que os múltiplos ciclos de jejum combinados com quimioterapia curaram 20 % dos ratos afetados por um tipo de câncer infantil altamente agressivo, que tinha se propagado por todo o corpo, e 40% dos ratos com uma propagação menor do mesmo tumor.

Nenhum dos ratos, em ambos grupos, sobreviveu só com a quimioterapia.

O professor advertiu que só provas clínicas, que ainda levariam anos para serem concluídas, comprovarão se o tratamento é eficaz em humanos.

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