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2.21.2012

O exemplo de Gabrielle

Gabrielle Andersen, exemplo de superação

A suíça Gabrielle Andersen-Scheiss não venceu nenhuma competição importante internacionalmente, não conquistou nenhuma medalha olímpica, tampouco é considerada um nome vencedor do esporte suíço. Mas o status de heroína de Gabrielle aparece devido ao esforço e espírito esportivo.

A suíça participou da maratona feminina dos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles. Era a primeira vez que as mulheres disputavam a prova nas Olimpíadas. As atletas iam terminando suas participações nas Olimpíadas sob muito calor na cidade. Gabrielle, que tinha 39 anos na época, não vinha bem na prova. Não apenas com relação à sua colocação, mas também fisicamente.

Desidratada e sofrendo de hipertermia, a atleta recusava-se a receber ajuda médica, pois seria desclassificada. Perto do final, ela não aceitou água no ponto de distribuição e entrou no Estádio Coliseum notavelmente debilitada. Restavam 400 metros para o fim do sacrifício.

Incentivada pelos aplausos dos torcedores e recomendada pela equipe médica a desistir, Gabrielle percorreu os 400 metros finais mais acompanhados da história do atletismo. A suíça tinha dificuldades em manter-se de pé. Ela tinha o rosto transfigurado pelo excessivo esforço e o andar arrastado devido às fortes cãibras. Ignorando a todo momento os médicos que a acompanhavam de perto e pediam para que ela desistisse, a atleta completou a prova com o tempo de 2h48min42s. Apenas nos últimos 400 metros, a suíça levou cerca de sete minutos. Os últimos 100 metros levaram 5min44s para serem cruzados.

Após a recuperação, Gabrielle justificou seu esforço pelo fato de já estar com 39 anos, o que não daria a ela outra oportunidade de disputar uma Olimpíada e que queria honrar seu diploma de participação completando a prova.

Reconhecendo o esforço de Gabrielle, a IAAF criou o artigo “Andersen-Scheiss”, que permite que os atletas sejam atendidos pela equipe médica durante as competições sem serem desclassificados.

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