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2.18.2012

PELE, PSORÍASE e LASER


Beleza mantida sob o sol



Pele bronzeada nem sempre é sinônimo de pele saudável. Para preservar a beleza e garantir sua longevidade, cuidados simples não podem ser esquecidos
Aproveitar o verão para deixar a pele mais bonita é o que todo mundo deseja. No entanto, pele bronzeada nem sempre é sinônimo de saúde, até porque os exageros podem significar manchas e, em alguns casos, transformar-se em câncer de pele. A dermatologista Christiana Blattner, de Campinas, lembra que é necessário usar sempre o filtro solar com fator de proteção 30 ou acima, e complementar o cuidado com outros acessórios, como chapéu, óculos escuros e protetores labiais. Para ter uma noção da quantidade de filtro a ser usada, ela ensina: em torno de duas colheres de sopa para o corpo e uma colher de chá para o rosto.  “As pessoas sabem dos cuidados necessários, mas eles ainda não são hábito da maioria. O ideal é passar o protetor sobre a pele 30 minutos antes da exposição solar e reaplicá-lo a cada duas horas. Se a pessoa entra na água é preciso passar o protetor novamente”, explica a médica, que é integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ela ressalta que o protetor leva de 15 a 20 minutos para começar agir.
O hábito de proteger a pele precisa ser aprendido o quanto antes, inclusive pelas crianças, já que o sol é uma radiação e, ao atingir as camadas mais profundas da pele, os raios ultravioletas podem alterar as células, atuando sobre o seu DNA, provocando envelhecimento precoce, causando lesões e até mesmo câncer de pele. “Isso não ocorre de uma hora para outra. O nosso corpo vai acumulando esses efeitos nocivos do sol, por isso é tão benéfico iniciar a proteção já na infância. O sol é um importante fator de aceleração do envelhecimento da pele, pois ele destrói as fibras de colágeno, que dão sustentação à pele. A exposição solar sem proteção pode causar queimaduras na pele, que podem ser graves se não tratadas de imediato.”
Quando o bronze passa do ponto
Para quem abusa do sol, a dermatologista Christiana Blattner orienta o que fazer para amenizar as lesões. Se elas forem leves, o indicado é usar cremes hidratantes, mas, se forem mais graves, com bolhas e ardor, um médico deverá ser consultado para orientar e medicar adequadamente o paciente. Segundo ela, somente o médico dermatologista é indicado para prescrever o melhor filtro solar, adequado para cada tipo de pele. “Existem filtros mais indicados para indivíduos com peles mais secas e outros para peles oleosas. É importante também fazer a escolha do filtro de acordo com os hábitos e a cor da pele de cada pessoa. Filtros mais oleosos, por exemplo, associados ao clima quente e úmido e ao aumento da exposição solar, podem promover a formação de cravos e espinhas nas peles acneicas.”
Além do filtro solar – Mas o calor e a umidade podem aumentar o risco de doenças infecciosas, como micoses na pele e nas unhas. Para evitar esses problemas, além dos filtros solares, é indicado procurar usar roupas leves, hidratar-se com frequência e procurar um dermatologista se perceber algum sinal de doença na pele, como vermelhidão e descamação. “Para quem não abre mão de conquistar um bronzeado, o autobronzeador pode ser uma opção. Ele faz a pigmentação da pele, não causa danos porque não interfere na atividade das células e ainda promove uma reação química na camada mais superficial da pele, que resulta na coloração desta camada, sem estimular as células produtoras de pigmentos”, esclarece Christiana.

Saiba o que é psoríase e o que fazer para tratá-la

A psoríase é uma doença de pele, crônica mas não contagiosa e bastante comum. Atinge tanto homens quanto mulheres, especialmente em áreas como unhas, tronco, couro cabeludo, e inclusive nas articulações, com dores articulares que simulam artrite.
Embora não seja contagiosa, acaba trazendo transtornos e afeta a auto estima de pessoas que apresentam a doença, por ser visível na superfície da pele. De causa ainda desconhecida, a psoríase não tem uma cura definitiva.

“Acredita-se que a predisposição genética seja um dos fatores de causa da psoríase, que, normalmente, se manifesta a partir de causas emocionais. Muito stress, por exemplo, pode desencadear uma crise em pessoas geneticamente pré-dispostas”, comenta a médica dermatologista Christiana Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo a médica, diretora da Dermatolaser, Clínica de Dermatologia e Tratamentos a Laser de Campinas, não se pode prevenir a doença, mas o acompanhamento médico é importante para controlar a reincidência. “Há várias formas de apresentação da psoríase, classificadas de acordo com o tipo de lesão que ela provoca: placas, gotas, grande parte das vezes, descamativas e também, em alguns casos, em forma de vesículas de pus.”
O tratamento, da mesma forma, pode variar entre medicações locais ou por via oral, dependendo do tipo e da extensão das lesões.

“Hidratar bem a pele ajuda, pois a psoríase frequentemente acomete articulações, como os cotovelos, que são regiões mais ressecadas da pele. Mas a principal recomendação para quem sofre com a psoríase é visitar regularmente seu dermatologista para manter as crises sob controle”, aconselha a dermatologista Christiana Blattner.

LASER É OPÇÃO SEGURA PARA REDUZIR OU ELIMINAR MARCAS NA PELE

Por Karina Chiaradia – karina@bjd.com.br  

  As roupas mais curtas e confortáveis que saem do fundo do guarda-roupa nos dias de calor deixam mais partes do corpo à mostra e nesta mudança nas peças para se vestir, muitas vezes acabam deixando aparentes cicatrizes que incomodam, sobretudo, as pessoas mais vaidosas.
Conforme explica a médica Christiana Blattner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as cicatrizes aparecem quando a pele se refaz de lesões, causadas por acidentes, cirurgias e até algumas doenças. “Qualquer trauma na pele irá desencadear o processo de cicatrização”, afirma. “Em geral, uma cicatriz normal fica menos visível com o passar do tempo, e a pessoa não se importa tanto em conviver com ela. Mas, em alguns casos, a cicatriz muito evidente ou mesmo um queloide acabam incomodando muito”, comenta.
A dermatologista Christiana Blattner: “o laser vascular e outros tipos de laser são ferramentas para redução de cicatrizes na pele”
Segundo a especialista, é comum as pessoas confundirem o queloide com uma cicatriz hipertrófica. “A cicatrização hipertrófica apresenta um excesso de cicatrização no local de um trauma, causado pelo aumento da fibrose no lugar da cicatriz. Isso gera uma cicatriz mais marcante, que, no entanto, pode acabar se reduzindo sozinha ao longo do tempo, por isso esse tipo de cicatriz é muito normal”, explica.
Já o queloide, esclarece a médica, é um tipo de cicatrização exagerada, que não se reduz sozinha, ultrapassa os limites da cicatriz, pode apresentar vermelhidão e até uma sensação de pele mais endurecida na região. Normalmente, começa a crescer cerca de um mês depois que se forma a cicatriz. “A cicatriz hipertrófica é um desordenamento das fibras de colágeno, e o queloide é uma produção exagerada dessas fibras”, diz a médica, que também é diretora técnica da Dermatolaser, de Campinas.
“As causas para aparecimento do queloide são bem individuais. Dependem muito do grau de cicatrização da pele do indivíduo, mas quem tem tendência a formar queloides pode tê-los sempre”, afirma a dermatologista. Segundo ela, lugares mais comuns para o aparecimento do queloide são o colo e ombro. Cicatrizes de cesáreas, marcas de espinha, cicatrizes de cirurgias cardíacas, picadas de inseto e até furos para colocação de piercings são algumas das origens mais frequentes de queloides.
A ajuda do laser
A médica explica que a retirada do queloide é feita por meio de pequenas cirurgias, mas outros tratamentos costumam ser aliados dos dermatologistas. O uso de medicamentos para reduzir a produção de fibras colágenas no local da cicatriz, por exemplo, pode ser uma das ferramentas, a partir da avaliação de cada paciente pelo médico. “Para evitar que a própria cirurgia de retirada gere no local um novo queloide, o uso do laser no pós-operatório pode ser uma boa indicação. O laser vascular ataca os vasos sanguíneos ao redor do antigo queloide, diminui a irrigação sanguínea na área e, com isso, as células que formariam um novo queloide não crescem”, afirma.
De acordo com ela, associados ao laser vascular podem ser usados outros tipos de laser, como o Fraxel ou o ND-Yag, diminuindo o volume de células no local e ajudando a renovação da pele. “A tecnologia do laser vem sendo preconizada como uma das técnicas mais eficazes na suavização de cicatrizes em geral. Mesmo cicatrizes de queimaduras, que costumam ser grandes e bem visíveis, podem ter a vermelhidão reduzida”, exemplifica. “O importante é que o paciente converse com seu médico, saiba quais as opções

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