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2.13.2012

Remédios, que cuidados devemos ter?

Cuidados com remédios 


O uso indevido de medicamentos afeta diretamente a saúde das pessoas. Por isso, além de só tomar medicação com prescrição médica, é muito importante ter cuidado na hora de armazenar e ingerir o medicamento. Veja algumas  dicas sobre maneiras corretas para a ingestão e a guarda medicamentos:

  • O remédio que não é ingerido corretamente tem seu efeito alterado e pode até perder sua eficácia sobre a doença, prejudicando muito o tratamento médico.
  • Os medicamentos orais possuem várias apresentações. Podem ser sólidos orais (comprimidos, comprimidos sublinguais e efervescentes), sólidos revestidos (comprimidos revestidos), cápsulas (gelatinosa mole e dura) e líquidos orais.
  • O comprimido sólido é aquele sem nenhum tipo de revestimento, com aparência áspera. Os revestidos são os que recebem uma cobertura com solução de revestimento onde a medicação está protegida contra algum tipo de degradação (luz, umidade etc.). As cápsulas gelatinosas podem ser encontradas na forma mole e dura e o medicamento encontra-se dentro da cápsula.
  • Os líquidos são divididos em três categorias: xarope, solução e suspensão. Neste caso a recomendação é que, quando o líquido for suspensão, deverá ser agitado antes da ingestão, pois a medicação fica suspensa na solução líquida.
  • Os comprimidos sublinguais são aqueles que devem ser colocados embaixo da língua, sem nenhum tipo de líquido. Deve-se apenas aguardar o derretimento da substância que irá diretamente para a corrente sanguínea.
  • Além destes, existem os comprimidos efervescentes, aqueles que devem ser dissolvidos na água antes de sua ingestão. Importante, neste caso, é aguardar que o medicamento finalize sua dissolução para iniciar a ingestão.
  • Todos os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de água, exceto os sublinguais. As exceções são aquelas indicadas pelo próprio médico que receitou a medicação. A água é o líquido mais indicado, pois não altera a ação terapêutica do medicamento. O medicamento nunca deverá ser ingerido com bebida alcoólica.
  • A importância de se tomar o medicamento com água é devido ao tempo que o produto leva para chegar ao trato gastrointestinal. Quando se faz a ingestão sem a água o comprimido inicia sua degradação antes do previsto, o que faz perder a sua eficácia.
  • “É muito importante que as pessoas tenham a consciência de ingerir e armazenar corretamente os medicamentos. Só assim é possível garantir a eficácia do produto para qual foi indicado”,
  • Além de ingerir corretamente também é muito importante que os medicamentos sejam armazenados de maneira adequada. Jamais devem ser guardados no banheiro, por conta da umidade, que altera as condições do comprimido. Também não se deve guardá-los no porta-luvas dos carros, onde há calor excessivo, nem deixá-los expostos ao sol e à luz.
  • “Os medicamentos podem ser levados em bolsas e mochilas, desde que armazenados em suas embalagens originais, ao abrigo da luz e sem calor excessivo”. 
  • Não use medicamentos com embalagens estragadas, sem rótulo e sem bula;
  • Não utilize a mesma receita médica mais de uma vez, pois o medicamento usado antigamente, pode não fazer bem hoje;
  • Não compre medicamentos que forem indicados pelos vizinhos ou amigos, sem antes consultar o seu médico;
  • Não misture medicamentos sem a devida orientação;
  • Ao comprar um medicamento solicite informações sobre possíveis reações adversas;
  • Se sentir algum sintoma diferente ao tomar o medicamento, procure o médico ou farmacêutico;
  • Bebês, mulheres grávidas ou que estão amamentando nunca devem tomar medicamentos sem receitas médicas.
    Em caso de dúvida, procure sempre o médico que fez a prescrição do medicamento ou um farmacêutico.

    Fonte: Secretaria de Estado da Saúde SP



    A dose: a quantidade de remédio varia conforme a doença e pode não ser a mesma indicada na bula. O médico deve informar qual é a indicada no caso e por quê. Exemplo: a bula recomenda 40 gotas a cada oito horas, mas o seu caso exige a metade.

    O horário de administração: o médico deve instruir o paciente sobre o melhor horário para consumir o medicamento e explicar o por quê. Exemplo: perto das refeições alguns antibióticos não agem como deveriam. Já os antiinflamatórios que afetam o sistema gastro-intestinal devem ser ingeridos com alimentos. Hormônios para tiróide devem ser utilizados em jejum.

    A interação com outros medicamentos: anote todos os remédios que costuma tomar (mesmo os ocasionais), para não esquecer de informar ao médico. O uso conjunto de certas substâncias pode potencializar ou atrapalhar a ação de outro remédio.

    Em caso de prescrição de medicamentos sedativos: ainda que o médico não pergunte, informe se trabalha com máquinas de risco ou com veículos. A prescrição de sedativos ou hipnóticos pode causar perda de concentração.

    Em caso de gravidez ou suspeita, esta deve ser avisada. Alguns medicamentos – como analgésicos, anestésicos e anti-depressivos, entre outros – podem causar má formação do feto.

    Relate seu histórico de doenças: o médico deve estar ciente de todas as doenças do paciente.

    Em caso de alergias: informe se já teve reação alérgica ou suspeita, mesmo se causada pelo mais simples medicamento.

    Exija uma prescrição legível. Segundo o código de ética medica, uma receita escrita claramente é direito do paciente e obrigação do profissional.

    Entenda a indicação dos medicamentos: alguns remédios, apesar de indicados para o tratamento de certas doenças, podem auxiliar em outras (caso do ácido acetil-salicílico, cuja prescrição clássica é a analgesia mas que também passou a ser receitado para “afinar” o sangue). Peça essa informação ao médico.

    Idosos não devem tomar muitos medicamentos: as pessoas idosas têm, em média, 3 a 5 doenças. Assim, tomam até 6 a 8 medicamentos diferentes. O médico deverá ter cuidado especial ao prescrever um novo medicamento, pois como já foi escrito acima, há uma grande probabilidade de ocorrer interação, ou seja, mistura de medicamentos e isso causar efeitos colaterais sérios. Sempre pergunte ao médico se as misturas de vários remédios não podem estar causando algum dano ao idoso.

    Fonte: www.idosossolidarios.com.br
    "orientaçõesmédicas" Dra. Sonia Orquiza 

    CUIDADOS COM OS MEDICAMENTOS


     "Ter medicamentos em casa pode parecer uma questão de previdência. No entanto, sua má armazenagem ou o fácil acesso de crianças a eles também pode se tornar um grande problema".

    Automedicação: Risco Desnecessário

    De todos os conselhos que se ouvem quando se fala em medicamentos o primeiro e o mais gritante é, sem dúvida, "Não tome medicamentos sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde". Um site voltado aos farmacêuticos abre sua página citando Paracelsus (1493-1541): "Todo medicamento é potencialmente um veneno: o que distingue um medicamento de um veneno é tão somente a dose". Não é à toa que tanta advertência é feita. Dados do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox), da Universidade de São Paulo (USP) indicam que dos 3211 casos de intoxicação registrados em 1998, 40% foram provocados por medicamentos. Os farmacêuticos atribuem isso aos altos índices de automedicação praticados no país.

    Para citar apenas uma informação, que, embora bastante localizada, ilustra bem a questão: de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Paranaense (Unipar), na cidade de Paranavaí, de 52 a 64% da população local se automedica. De acordo com os acadêmicos que realizaram a pesquisa, a maioria destas pessoas faz uso de analgésicos sem prescrição médica e 6% da população procura indicações de remédios com amigos ou vizinhos. Este último dado se confirma pela afirmação de que 37% dos entrevistados costumam indicar remédios para conhecidos. Entre os entrevistados, 69% disseram que procuram profissionais para resolver seus problemas de saúde, ao passo que 25% afirmam buscar indicações diretamente na farmácia.

    A pesquisa ouviu 573 pessoas, divididas em faixa etária, sexo e poder aquisitivo. Uma curiosidade: embora 62% das pessoas afirmem tomar analgésicos por conta própria, 64% dizem que não praticam automedicação. Sobre os resultados da pesquisa, a coordenadora do curso de Farmácia e Farmacologia da Unipar, Érica Peliascov Pereira, alertou que "os organismos das pessoas são diferentes e quando um medicamento cura um determinado paciente, não quer dizer que o mesmo remédio vá agir de maneira eficaz para outra pessoa". Segundo a especialista, mesmo o analgésico, quando usado indiscriminadamente, pode causar danos ao organismo.

    Estas informações muito nos dizem sobre o hábito de comprar e guardar medicamentos em casa, mantido pela grande maioria das pessoas. A armazenagem inadequada, porém, pode ser um dos grandes motivos de intoxicações e interações medicamentosas, seja pelo alto índice de automedicação praticado, seja pelo consumo de medicamentos deteriorados em função da má armazenagem, ou ainda pelo fácil acesso das crianças às farmácias domésticas.

    Intoxicações Medicamentosas Acidentais: Um Risco Para as Crianças

    Outra advertência comum no que se refere aos medicamentos diz respeito a sua armazenagem fora do alcance das crianças. Além disso, os profissionais indicam que se deve observar a dosagem adequada a ser administrada aos pequenos, e lembram que remédios para adultos podem ser perigosos quando dados para crianças.

    De acordo com a pediatra Patricia Dahan, em artigo publicado na Internet, as intoxicações constituem um problema de grande importância em Pediatria, principalmente em crianças entre 9 meses e dois anos. "Nessa idade a criança já engatinha ou anda, sabe abrir armários, frascos e tampas. Tudo para ela é uma fantástica descoberta: frascos coloridos, etiquetas com desenhos, comprimidos de tamanhos e cores diferentes, sabores atrativos, principalmente quando se trata de medicação pediátrica... Os pais costumam demorar a perceber que o bebê da casa cresceu e que já consegue ter acesso sozinho a esses 'perigos'", avalia a médica no artigo.

    De acordo com a médica, a hora das refeições ou as horas que as precedem são as mais perigosas do ponto de vista toxicológico, pois a criança está com fome e a mãe (ou a babá) está mais ocupada com os afazeres domésticos e com isso relaxa a vigilância. "Intoxicações são mais freqüentes em casas desorganizadas, mal arrumadas e em famílias numerosas (mais de três crianças)", afirma a pediatra.

    A Dra. Patrícia explica que os sintomas de uma intoxicação podem ser muito variados e dependem da natureza da substância ingerida. Entre eles, ela cita as alterações oculares (midríase ou miose que são: aumento ou diminuição no tamanho da pupila respectivamente); a secura da boca ou aumento da salivação, sonolência, sudorese fria, náuseas, vômitos, diarréia, tremores musculares, convulsões, dor de cabeça (em crianças maiores), delírios, alucinações etc...

    Muitas vezes os pais não sabem qual a quantidade ingerida ou até mesmo se realmente houve ingestão de substância; na dúvida, devem procurar um serviço de emergência, recomenda a especialista. "Uma lavagem gástrica ou outro procedimento feito o mais prontamente possível poderá evitar que complicações graves ocorram", complementa.


    Dicas para evitar as oportunidades de intoxicação medicamentosa dentro de casa. "Esses cuidados são de extrema importância e podem evitar o pior; no entanto não se esqueça que a vigilância absoluta é imprescindível até que a criança tenha idade suficiente para poder discernir o perigo".

    Profissionais da área farmacêutica deram informações a respeito da armazenagem de medicamentos que podem ser úteis na prevenção de acidentes. Estes profissionais alertam aos pacientes para que tenham em mente que o medicamento é apenas um auxiliar terapêutico e que a cura da doença depende da habilidade (diagnóstico correto) do médico, da consciência do farmacêutico e sobretudo, da aderência ao tratamento pelo paciente.

    1. Armários com remédios, xampus, cremes, produtos de limpeza, inseticidas, graxas de sapato e outros produtos químicos devem ser trancados à chave ou cadeado, ou ainda localizar-se em altura suficiente, fora do alcance das crianças.

    2. Nunca use recipientes de alimentos para guardar produtos de limpeza ou inseticidas (A Dra. Patrícia conta que já presenciou a morte de uma adolescente que tinha ingerido veneno de rato achando que era adoçante).

    3. Esqueça de vez "a automedicação". Lembre-se: o remédio que você usa ou aquele que o filho da sua vizinha toma, pode ser prejudicial para o seu filho.

    4. Procure sempre ter um único pediatra de sua confiança para o seu filho (evite assim as receitas absurdas e sobrepostas);

    5. Se você trabalha e alguém cuida do seu filho durante esse tempo, faça essa pessoa ler esse artigo, e deixe sempre anotado o endereço e telefone de um pronto socorro de sua preferência... faça tudo para evitar perdas de tempo!

    6. Não utilize medicamentos após o término do tratamento. Observe ainda as datas de validade dos medicamentos armazenados em casa, assim como antes de compra-los.

    7. Medicamentos em cápsulas: a quantidade contida na embalagem deve ser a mesma indicada.Examine se existem manchas na superfície, isto indica deterioração do medicamento ou da cápsula examine a existência de cápsulas vazias ou com rachaduras (trincados); cápsulas pegajosas indicam excesso de umidade em contato com a cápsula. Verifique se a embalagem está bem fechada.

    8. Supositórios: quando mal armazenados podem desmanchar (excesso de calor); Manchas presentes na superfície podem indicar deterioração; Procure conservar em local bem fresco ou sob refrigeração leve (no refrigerador na parte inferior).

    9. Pomadas e Cremes: Partes com coloração e consistência diferente; Quando ocorrer separação da parte líquida e sólida. Quando vazar através da tampa ou estufar a bisnaga. Verifique se há gases no interior da bisnaga.

    10. Comprimidos: Desprezar comprimidos quebrados ou faltando partes, se desmanchando ou se esfacelando facilmente; A quantidade de comprimidos na embalagem deve ser igual ao número indicado na mesma.

    11. Xaropes e medicamentos líquidos: Fique atento à presença de substâncias sólidas no fundo do frasco ou no líquido, a qualquer cheiro diferente ou desagradável, à possíveis mudanças de coloração, aos frascos com tampa estufada, às embalagens ou bulas molhadas. No caso de suspensões (líquidos com partículas minúsculas que quando em repouso ficam depositadas no fundo do frasco), observe se ao serem agitados não ficam homogêneos.

    12. Soluções injetáveis (ampolas, frascos, etc): Observe a presença de partículas sólidas no líquido, vazamentos e qualquer coloração anormal. Evite expor a solução à luz solar direta. Quando for tomar medicamentos injetáveis, tenha sempre consigo a receita médica (não se deve tomar medicamentos injetáveis sem receita médica). Observe as condições higiênicas da sala, a presença de pessoa habilitada e o uso de materiais descartáveis.

    13. Antibióticos: siga corretamente a posologia prescrita pelo médico e não o utilize indiscriminadamente. Leve em conta o perigo de resistência bacteriana.

    14. Se ocorrer ingestão simultânea de vários medicamentos, procure orientação médica ou de um farmacêutico habilitado, pois estes profissionais são os únicos que poderão dizer se haverá interação entre as drogas, aumentando ou diminuindo seus efeitos.

    15. Não troque nem guarde a bula de um medicamento na caixa de outro, pois esta atitude pode levar a ingestão errônea de medicamentos e posologias não recomendadas, causando intoxicações.

    16. Na farmácia ou drogaria, procure pelo farmacêutico habilitado e extraia dele o máximo de informações possíveis sobre o medicamento prescrito pelo médico, tais como possíveis interações medicamentosas, posologia correta, reações adversas e, sobretudo, a importância da aderência ao tratamento.

    17. Evite a compra de medicamentos anunciados pela TV ou rádio, pois só um profissional habilitado, um médico, tem condições de saber se você precisa ou não tomar um medicamento. Se for um medicamento de venda livre, oriente-se com o farmacêutico.

    18. A maioria dos medicamentos é sensível à luz. Conserve-os na sua embalagem original, que já foi extensivamente testada para proteção do produto. É realmente importante que todo e qualquer medicamento fique abrigado da luz direta.

    19. Outro grande mal na armazenagem dos medicamentos é a umidade. Mesmo as soluções devem ser protegidas da umidade, pois esta tem efeito deletério sobre a rotulagem do produto. Logo, mantenha os medicamentos em local seco, preferencialmente em prateleiras, afastados das paredes.

    20. O calor também precisa ser evitado. A princípio, todo medicamento deve ser mantido em temperaturas abaixo dos 25ºC. No entanto, vários medicamentos requerem condições indicadas de temperatura e transporte. Leia as embalagens com atenção: elas devem conter as condições indicadas de armazenagem.

    21. A limpeza é essencial em qualquer situação. Mantenha os medicamentos livres de pó, partículas, mofo, etc.

    22. Os medicamentos devem ser armazenados isoladamente dos cosméticos, produtos de limpeza, perfumarias, e outros produtos químicos.

    23. Medicamentos devem ser guardados em salas protegidas da entrada de insetos, roedores e aves. Periodicamente, promova a sanitização do local, tendo o cuidado de proteger os medicamentos do contato com substâncias utilizadas na sanitização. Uma opção é colocar telas finas nas janelas, para evitar a entrada de insetos e outros animais. Deve-se evitar a colocação de ralos no local de armazenagem de medicamentos.

    24. Durante a gravidez e a amamentação, os cuidados com a ingestão de medicamentos devem ser redobrados: durante a gestação, a mulher deve evitar a ingestão de medicamentos, álcool, fumo, cafeína e drogas em geral. Alguns medicamentos podem causar problemas para o bebê. O médico deve sempre ser consultado antes da ingestão de qualquer medicamento.

    25. Alguns medicamentos são inadequados para quem dirige ou opera máquinas, pois retardam os reflexos. O farmacêutico pode dar indicações a respeito disso.

    26. A bebida alcoólica nem sempre combina com o uso dos medicamentos, pois pode interferir na sua absorção e efeito, podendo potencializa-lo ou promover efeitos tóxicos.



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