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2.25.2012

TREM TÁ FEIO NO VATICANO – GOLPE DE ESTADO? A CHAVE QUE ABRE PORTAS E COFRES DE BANCOS – “NEGRO DE ALMA BRANCA”

Veja, Folha, Época, Estadao e O Globo

Laerte Braga

Bento XVI fez um discurso na abertura da Quaresma com duras críticas aos seus opositores e refutando qualquer possibilidade de articulações dentro do colégio cardinalício (putz! Que troço doido sô!) para sua sucessão. É a primeira vez que um papa toca nesse tipo de assunto em público, sinal que a coisa está feia. Um cardeal italiano teria, segundo se afirma, dito que o papa morreria neste ano vítima de assassinato.

O botim compensa golpes e contragolpes. Na base de tudo a adequação do Banco do Vaticano às regras da Comunidade Européia sobre lavagem de dinheiro. Essa modalidade de operação bancária já esteve na crista da onda no papado de João Paulo II, o “santo súbito”, quando o cardeal norte-americano Marcinkus chegou a ter a prisão preventiva decretada pela justiça italiana.

E ficou no Vaticano até que fosse negociado um acordo para contornar o “incidente”.

O próprio Bento XVI é produto de uma espécie de golpe de mão. O discurso que pronunciou logo após a morte de João Paulo II foi como que uma ameaça aos cardeais sobre a eleição do futuro papa. Lembra um personagem da minha cidade que pretendendo ser reitor da universidade local – pública, federal – traçou um perfil ideal desse reitor e ao final proclamou – “eu”. Morreu coberto do ridículo.

Mas o integrante da juventude nazista na Alemanha nos tempos de Hitler acabou tendo êxito no seu “perfil”. Virou papa.

Sei não, esse tipo de disputa, de choque, de entrechoque entre dignatários da Igreja Católica Romana traz a baila os tempos de Lucrecia Bórgia, filha de Rodrigo Bórgia, filha ilegítima. Rodrigo foi mais tarde o papa Alexandre VI e senhor de muitas mulheres e escândalos que caracterizavam os papas à época do Renascimento.

Bento VXI deve ter sentido a corda no pescoço e por esse motivo colocou a boca no trombone.

Pastores desse mundaréu de “igrejas” que surgem diariamente e tornam um pedófilo como Magno Malta senador (o inquérito sumiu convenientemente numa delegacia no Espírito Santo), têm deixado de lado o caráter solene de igrejas, como é o caso da Católica Romana, para obter lucros mais fáceis e eleger vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, para acuar e chantagear governos. Um deles vende uma chave que abre a porta e o cofre de qualquer banco.

A transação é simples. A chave custa 500 reais, um fiel comprou e pagou em 24 prestações, tentou abrir um banco e não conseguiu. Foi preso. Chamado a se explicar o pastor esclareceu que só abre porta de bancos para aqueles que merecerem a “graça divina”. O nome da “igreja” é “Deus é dinheiro” e a notícia pode ser vista em


Não vai demorar muito e esse pastor vira deputado. O delegado encarregado do caso disse que em qualquer circunstância um cidadão que fizesse isso seria preso e processado por estelionato, mas sendo pastor, não tem como, ele se escuda na tal “graça divina”. No mérito do “fiel/otário”. Quem sabe se ele comprar aquele spray de outro pastor, o que “espanto demônio”, o assunto fica resolvido e as portas dos bancos se abrem?

Já na paróquia de Santo Espírito de Campobasso, região central da Itália, hóstias produzidas com uma farinha recheada de alucinógenos – por engano diz a notícia – produziu reações as mais variadas entre os fiéis que entraram em alfa. Duas senhoras freqüentadoras da igreja começaram a correr atrás do padre a gritar que o dito cujo era o demônio. Foi preciso a Polícia para controlar a reação da turma e segundo esses não foi nada fácil.

Está lá em



No mundo dos vivos, da realidade, o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo exibiu um vídeo onde está presente a tortura nos presídios do estado. É a primeira vez que um presidente de um TJ procede dessa forma e o atual já havia dado indicativos que não seria complacente com o crime organizado ou não. O vídeo é estarrecedor. A tortura não é prática só nos presídios do Espírito Santo. Existe em qualquer, repito, em qualquer presídio em qualquer estado da desconjuntada Federação brasileira. É norma “disciplinar” da turma encarregada de tomar conta e participar do pseudo processo de ressocialização dos presos.

A média de reincidência hoje está próxima dos cem por cento. O sistema está falido. Se alguém perguntar ao governador de Minas Antônio Anastasia se isso acontece em seu estado ele vai dizer que não e gastar os tubos em propaganda para mostrar penitenciárias e presídios que se certamente se assemelharão a spas ou resorts de alto luxo, pela boca e com a carinha infantil de uma atriz global. Aquela que disse que os professores de Minas ganham bem.

O vídeo em questão pode ser visto em


Nesse desarranjo todo a primeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel, sugeriu ao seu colega grego que adiasse as eleições previstas para breve, com receio que o povo grego diga não ao pacote do Banco Central Europeu que, na prática, transforma o país em colônia, refém dos bancos falidos da Comunidade Européia. Merkel deve ter rezado na mesma capela que Hitler rezava e como os tempos são aparentemente diversos, veio com essa conversa mole.

O fato é que o conceito de nação está sumindo e o mundo inteiro vira um grande conglomerado de bancos e empresas capitaneados pelo arsenal nuclear/terrorista de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A. Foi por conta disso que 260 soldados franceses disfarçados de rebeldes sírios foram presos pelo exército daquele país, insuflando populares à rebelião que a GLOBO chama de protestos contra o governo de Bashar Al Assad. Nem uma palavra sobre essa intervenção descarada.

A proposta de Merkel não vingou, pelo menos até agora. Os protestos na Grécia são crescentes, o povo resiste à barbárie imposta pelos bancos e como a crise se alastra pela Itália, por Portugal, pela Espanha, cada vez mais vai ficar difícil encontrar uma saída pacífica, que não passe pela borduna, até porque a reeleição de Sarkozy, neste momento, é incerta. Não que os socialistas franceses vão mudar alguma coisa. São socialistas de boca, conjugam os verbos do neoliberalismo sem problema. Como Zapatero fez na Espanha. O problema são os levantes populares, uma eventual “primavera européia”, como gostam de dizer os repórteres da GLOBO, todos comprometidos com a “verdade”.

A semana registra a confusão no carnaval de São Paulo e o desespero da mídia em culpar a escola Gaviões da Fiel, pelo fato de ter homenageado o ex-presidente Lula. Tentaram de tudo, mas o invasor foi de outra escola e por trás dele um complô para anular uma grande marmelada. A presidente da escola vencedora é tucana de carteirinha. E está guardada no peito de Kassab.

O que pouca gente prestou atenção foi na notícia que José Serra foi a Buenos Aires consultar-se com seu “psicanalista” para saber se sai ou não candidato a prefeito de São Paulo. As aspas na expressão psicanalista é porque, na verdade, Serra foi consultar o que os argentinos chamam de “bruxo”. Pedir ao dito cujo, o seu, para ler seu futuro. Se melhor tentar a Prefeitura ou esperar e tentar a presidência outra vez.

O fato é que levou uma baita rasteira de Alckimin, de FHC e de Aécio que, na muda, trocou todos os tapetes e passou sabão nos novos. Escorregão na certa.

Na pior das hipóteses, como precisa de uma lavanderia para lavar o dinheiro das privatizações no governo FHC, se perder, abre uma igreja e vira pastor. Vende tranquilamente chave de cofre de bancos. Entende do assunto, sua filha é sócia de Daniel Dantas.

No duro mesmo a semana está brava em todos os sentidos. O jornalista Paulo Henrique Amorim, da RECORDE e do blog CONVERSA AFIADA – um dos poucos sem rabo preso no Brasil – está se vendo em palpos de aranha por conta da expressão “negro de alma branca”. O epíteto que usou para classificar Heraldo Pereira, jornalista da GLOBO e empregado de Gilmar Mendes.

A leitura cínica e equivocada de alguns ditos sábios classificou a expressão de racista. É exatamente o contrário. Mas, em se tratando de mídia de mercado e seus “agentes”, tudo é possível, até ler de cabeça para baixo como gosta de fazer o ex-presidente George Bush e sair “besteirando” mundo afora.  

É que o que deve sair por baixo vem para cima. Inunda e não tem cura. Pelo menos na medicina. O “bruxo” de Serra sei lá...

A expressão já foi usada várias vezes, inclusive em relação a Pelé, a Obama e só alguns “notáveis” aqui entenderam que é racista. Deve ser o tal instituto de estudos superiores de direito de Gilmar Mendes, movido em boa parte a verbas públicas.


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