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2.12.2012

Vida solitária e incapacidade de amar

 

São freqüentes os pacientes que me procuram no consultório por quererem entender por que sentem um grande vazio, solidão profunda, mesmo tendo um(a) companheiro(a) ou estando rodeados de amigos, parentes, etc. Sentem-se deslocados, como não fazendo parte ou não se sentindo pertencentes a nenhum lugar, mesmo no seio de sua própria família (muitos me dizem que se sentem um estranho no ninho, não se identificando com nenhum membro de sua família em gostos, valores, formas de pensar, etc.). Há ainda aqueles que buscam preencher esse vazio interior, essa solidão, com drogas, bebidas, sexo, ao consumir compulsivamente, ou ao se ocupar em excesso no trabalho (workaholics).

Mas em todos os casos, essa fuga ilusória não resolve sua solidão, pois o vazio interior e a insatisfação continuam presentes. No aspecto afetivo, temos a solidão a dois, onde o casal experimenta um tédio, um vazio interior interminável. Estão juntos apenas fisicamente, pois não há carinho, amizade e cumplicidade. Daí ambos vivenciarem a dolorosa sensação de solidão por sofrerem também do medo da intimidade.
Entendo intimidade como a liberdade de ser o que se é, sem máscaras, disfarces, sem manipulação por meio de jogos de poder, de dominação. Em outras palavras, intimidade é a expressão livre e prazenteira do que penso e sinto, sem reservas ou medo de ser julgado ou criticado, porque existe confiança. Embora a experiência da intimidade seja a forma mais rica de relacionamento num casal, é, por outro lado, a mais temida por muitos, pois não sabem como ser íntimos, cúmplices nesta jornada terrena.
Não se permitem serem verdadeiros, amorosos; neste aspecto, há casais que conversam somente assuntos triviais do cotidiano, mas não conseguem ser íntimos, expressar sentimentos de calor, ternura ou mesmo discutir seus conflitos, anseios e diferenças. Vivem, portanto, na superficialidade, conversando só o essencial. Não percebem, mas vivem num verdadeiro torpor mental e emocional por estarem anestesiados emocionalmente.
Pode ocorrer também que o corpo e a alma estejam dissociados e fragmentados. Ou seja, seus corpos agem de uma forma, enquanto suas palavras dizem o contrário. Proferem, por exemplo, palavras cheias de raiva com um sorriso nos lábios. Resultado: vida íntima medíocre, limitada, sem paixão nem compaixão e profunda solidão. Qual o aprendizado do casal? Resgatar a capacidade de amar, ser funcional do ponto de vista amoroso, exercitando a ternura, dulcificando mais o coração.


Solidão: Incapacidade de Amar

Existem três coisas às quais corremos atrás durante toda nossa vida: felicidade, amor e paz interior. Felicidade no final de cada experiência; amor em nossos relacionamentos e paz de espírito. Mas estamos fadados ao fracasso. E por quê?
Porque buscamos essas três coisas fora e não dentro de nós.
Sendo assim, a solidão é um estado de alma, um vazio interior, uma insatisfação que muitos buscam preencher externamente, através de bens materiais (carros, roupas, aquisição de uma casa, etc.), trabalho (muitos se tornam workaholics, viciados em trabalho), comida, sexo, jogos, etc.
Daí as queixas mais comuns de pacientes que me procuram no consultório por sofrerem de solidão: Sou fechado, sério, me isolo das pessoas, não tenho amigos e nem uma vida social; Sou casada, mas infeliz em meu casamento, sinto solidão, pois não me sinto amada, compreendida; Gostaria de casar, constituir uma família, mas não tenho sorte no amor, meus relacionamentos amorosos não dão certo; Tenho tudo: marido bom, filhos saudáveis, um ótimo emprego, mas sinto muita solidão.
Portanto, há pessoas que, mesmo rodeadas de gente, sentem uma solidão profunda. Há ainda casais que sofrem do que chamo de solidão a dois: apesar de estarem juntos, sentem-se sós, há um vazio, um tédio interminável.
Em muitos casos, por mais que a pessoa solitária busque preencher esse vazio da alma fora, não resolve sua solidão, pois o vazio continua presente. Isso é uma prova do quanto a pessoa está alienada, distante de si mesma, de sua essência divina, de sua verdadeira natureza.
Na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – a Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim, o mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) do paciente irá lhe revelar a causa verdadeira de sua solidão, bem como solucionar o problema. Nessa terapia, muitos pacientes descobrem que estão fechados à vida, ao amor, por ainda estarem presos pelos laços do passado (são bloqueios emocionais oriundos de vidas passadas).
Ao passar pela regressão de memória, a causa da solidão é desvendada, rompendo a barreira da memória que o impedia de entrar em contato com a experiência traumática, causadora de seu sintoma. É importante informar aqui que o mentor espiritual do paciente o conhece profundamente, pois vem acompanhando-o em várias encarnações, sabendo se o mesmo tem -ou não-, estrutura emocional para regredir ao seu passado e revivenciar aquela experiência traumática. Desta forma, se tiver condições, o mentor irá lhe revelar; caso contrário, não permitirá que regrida.
Nunca é demais lembrar a máxima secular de Cristo Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos Libertará. Sem dúvida alguma, ela se aplica perfeitamente a essa terapia.
Certa ocasião, uma paciente veio a descobrir na TRE –através de seu mentor espiritual-, que seu estilo de vida solitário na verdade vinha acompanhando-a em várias encarnações, inclusive na existência atual, porque não conseguia se desligar de uma experiência traumática de uma existência passada: fora abandonada pelo marido e acabou morrendo louca e sozinha. Portanto, a causa de sua solidão, além do desamor, estava em seu auto-abandono que trazia dessa vida passada.
Outros ainda descobrem na regressão de memória que a dificuldade de fazer amizade, ou mesmo de se envolver afetivamente é conseqüência do medo da intimidade, da entrega. Portanto, o medo de se entregar advém do temor de vir a sofrer novamente por ter confiado no sexo oposto. O abandono e a traição são as principais causas que levam as pessoas a não confiarem em ninguém.
Resultado: solidão e permanente estado de déficit de amor. Sendo assim, o desamor por si mesmo e pelos outros diz que essa pessoa é disfuncional do ponto de vista amoroso, ou seja, sua capacidade de dar e receber amor está comprometida.
Não foi por acaso que Freud, o pai da psicanálise, definiu Felicidade como sexualidade e sociabilidade naturais, espontânea satisfação pelo trabalho e capacidade de amar.
Neste aspecto, a TRE, através do mentor espiritual, busca resgatar ao paciente sua capacidade de amar, ou seja, ser funcional do ponto de vista amoroso.
Quero finalizar esse artigo com um lembrete às pessoas solitárias: Se você está sendo ruim consigo mesmo há muito tempo, um pingo de amor faz uma diferença enorme. Experimente e verá!

  Fonte: osvaldo.shimoda@uol.com.br

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