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3.27.2012

VERTIGEM

Crises de vertigem atingem mais as mulheres
Com episódios de curta duração, a Vertigem Posicional Paroxística Benigna surge ao movimentar a cabeça.
Na terceira idade a saúde é mais frágil e precisa de cuidados especiais. Qualquer sintoma que indique alguma alteração no organismo exige o acompanhamento médico, impedindo a progressão da enfermidade. A vertigem, por exemplo, é um sintoma que muitas vezes é negligenciado nas primeiras crises e a ausência de tratamento piora o quadro. “A vertigem é um tipo de tontura rotatória e está ligada aos distúrbios que afetam um órgão do ouvido chamado labirinto, comprometendo a audição e o equilíbrio corporal”,
Dos casos de vertigem, um terço são representados pela denominada Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). A VPPB é caracterizada por episódios de tontura rotatória que é desencadeada por determinados movimentos da cabeça. Os mais comuns são os movimentos de rotação para um lado e para o outro quando o indivíduo está deitado, se levantando, inclinando o corpo para baixo ou fazendo um hiperextensão da cabeça – movimento de olhar para cima. “Este tipo de vertigem é mais comum em idosos. Dentro deste nicho, as mulheres são as mais afetadas”,
A duração de cada episódio de vertigem rotatória é curta e dura no máximo um minuto. As crises começam logo após o indivíduo assumir uma nova posição e no início a intensidade é menor, aumentando até o nível máximo e então o corpo volta ao normal. Os  traumatismos cranianos, infecções e degeneração podem estar relacionados com a VPPB. “Não há queixas de perda auditiva, zumbido ou sensação de ouvido cheio. A VPPB também pode surgir de forma espontânea no idoso e em alguns casos pode ser associada à doença de Ménière e a enxaqueca”,
Dentro do ouvido há a presença de otólitos, nome dado às concreções de carbonato de cálcio, que ficam localizadas dentro de câmaras no ouvido interno. Os fragmentos destas partículas se deslocam para os canais do ouvido ou se fixam na cúpula, uma estrutura gelatinosa do labirinto. “Ao mudar a posição da cabeça estes fragmentos estimulam excessivamente as células sensoriais do labirinto, provocando a vertigem”,
Para o diagnóstico é necessário fazer alguns testes de posicionamento, como a manobra de Dix-Hallpike, na qual o médico movimenta a cabeça do paciente para observar as respostas do organismo. O paciente ainda deve passar por uma avaliação otoneurológica, com testes audiológicos e vestibulares como a videonistagmografia, testes posicionais e em alguns casos ressonância magnética e tomografia computadorizada. “A vídeonistagmografia é um sistema de análise computadorizada, amplamente utilizado para avaliar alterações do equilíbrio corporal”,
Na vídeonistagmografia é feita uma análise dos movimentos oculares, com o registro em vídeo. Esta tecnologia permite a localização da lesão e a identificação da causa do problema de uma forma mais eficaz e ágil do que outras estratégias. “Os cálculos são feitos automaticamente, facilitando o diagnóstico. O aparelho não é encontrado em qualquer lugar. Aqui no Paraná existe apenas um exemplar para avaliar os distúrbios que afetam o equilíbrio corporal nos meus pacientes, facilitando o seu diagnóstico e tratamento”.
O tratamento da VPPB varia conforme o caso e as condições de saúde do paciente. Manobras de reposicionamento, medicamentos, exercícios posturais e de reabilitação vestibular e até intervenção cirúrgica podem ser indicados pelo médico. “Mesmo sendo considerada uma condição benigna, a VPPB causa desconfortos muito desagradáveis e deve ser tratada para não prolongar o sofrimento do paciente, causar incapacitação para as atividades de vida diária e nem desencadear outras doenças”.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães 

Vertigem

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Simulação da sensação de vertigem
Vertigem é um sintoma no qual a pessoa tem a sensação de uma tontura rotatória, podendo causar náuseas, vômitos, ilusão de movimento, etc. Existem dois tipos de vertigem, a Central e Periférica.


Causas

O corpo detecta a postura e controla o equilíbrio através de órgãos do equilíbrio localizados no ouvido interno. Esses órgãos possuem conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A vertigem pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar relacionada a problemas visuais ou a alterações súbitas da pressão arterial. Muitas condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem.
Essas condições incluem infecções bacterianas ou virais, tumores, pressão anormal, inflamação de nervos ou substâncias tóxicas. A causa mais comum de vertigem é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer indivíduo cujo ouvido interno é sensível a determinados movimentos, como o balanço (oscilação) ou as freadas e arrancadas abruptas. Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante viagens de carro ou de barco. A doença de Meniere produz crises episódicas e abruptas de vertigem, juntamente com zumbidos nos ouvidos e surdez progressiva.
A duração dos episódios varia de alguns minutos até algumas horas e, freqüentemente, eles são acompanhados por náusea e vômito intensos. A sua causa é desconhecida. As infecções virais que afetam o ouvido interno (labirintite) podem causar uma vertigem que normalmente manifesta-se subitamente e piora ao longo de algumas horas. Após alguns dias, a condição desaparece sem tratamento. O ouvido interno comunica-se com o cérebro através de nervos. Uma área situada na porção posterior do cérebro controla o equilíbrio. Quando a circulação sangüínea dessa área do cérebro é comprometida (distúrbio denominado insuficiência vertebrobasilar), o indivíduo pode apresentar vários sintomas neurológicos, inclusive a vertigem.
Geralmente, as cefaléias, a fala pastosa, a visão dupla, a fraqueza de um dos membros superiores ou inferiores e os movimentos descoordenados são sinais de que a vertigem é causada por um distúrbio neurológico cerebral em vez de um problema limitado ao ouvido. Esses distúrbios cerebrais incluem a esclerose múltipla, as fraturas cranianas, as crises convulsivas, as infecções e os tumores (especialmente aqueles localizados na base do cérebro ou em suas proximidades). Como a capacidade do corpo de manter o equilíbrio está relacionada a indicações visuais, um defeito da visão, especialmente a visão dupla, pode acarretar perda de equilíbrio.
Os indivíduos idosos ou aqueles que utilizam medicamentos para doenças cardíacas ou para a hipertensão arterial podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé abruptamente. Esse tipo de tontura é decorrente de uma queda breve da pressão arterial (hipotensão ortostática) , comumente dura apenas alguns segundos e, algumas vezes, pode ser evitado com o indivíduo levantando-se lentamento ou com a utilização de meias compressivas.

Diagnóstico

Antes da instituição do tratamento da tontura, o médico deve determinar sua natureza e, em seguida, a sua causa. Qual é o problema? Marcha descoordenada, desmaio, vertigem ou uma outra coisa? Ele é originário do ouvido interno ou de um outro local? Detalhes como, por exemplo, o início da tontura, a sua duração, o que a desencadeou, o que a alivia e a concomitância de outros sintomas (p.ex., cefaléia, surdez, zumbidos ou fraqueza) ajudam a determinar com maior precisão a natureza do problema.
A maioria dos casos de tontura não são vertigens e também não representam um sintoma grave. Os movimentos oculares podem fornecer pistas importantes ao médico. Os movimentos oculares anormais indicam uma possível disfunção do ouvido interno ou de suas conexões nervosas com o cérebro. O nistagmo é um movimento rápido dos olhos, como se o indivíduo estivesse observando os rebotes rápidos de uma bola de tênis de mesa, da esquerda para a direita ou de cima para baixo ou vice-versa. Como a direção desses movimentos pode ajudar no diagnóstico, o médico pode tentar estimular o nistagmo, movendo abruptamente a cabeça do paciente ou pingando algumas gotas de água gelada no canal auditivo.
O equilíbrio pode ser testado solicitando-se que o paciente fique em pé e imóvel e, em seguida, que ele caminhe sobre uma linha reta, primeiramente com os olhos abertos e, a seguir, com os olhos fechados. Alguns exames laboratoriais podem auxiliar na determinação da causa da tontura e da vertigem. Os exames da audição freqüentemente revelam distúrbios do ouvido que afetam tanto o equilíbrio quanto a audição. Outros exames que podem ser realizados incluem estudos radiológicos, a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM) do crânio.
Esses exames podem revelar anormalidades ósseas ou tumores que estão comprimindo nervos. No caso de suspeita de uma infecção, o médico poderá coletar uma amostra de líquido do ouvido ou de um seio ou de líquido cefalorraquidiano (através de uma punção lombar). Caso haja suspeita de uma circulação cerebral insuficiente, o médico pode solicitar uma angiografia (na qual um contraste é injetado na corrente sangüínea e são realizadas radiografias para localizar obstruções dos vasos sangüíneos).

Tratamento




O tratamento depende da causa subjacente da vertigem. Os medicamentos que aliviam a vertigem incluem a meclizina, o dimenidrinato, a perfenazina e a escopolamina. A escopolamina, que é particularmente útil na prevenção da doença do movimento, pode ser utilizada sob a forma de adesivos, cuja ação dura vários dias. Todos esses medicamentos podem causar sonolência, especialmente em indivíduos idosos. O adesivo de escopolamina é o que tende a causar menos sonolência.

Vertigem Postural Paroxística Benigna

A vertigem postural paroxística benigna é um distúrbio comum no qual a vertigem se inicia subitamente e dura menos de um minuto. A maioria dos episódios é desencadeada por uma mudança da posição da cabeça e normalmente ocorre ao deitar-se, levantar-se, virar-se na cama ou quando a cabeça é inclinada para trás ao olhar para cima. O distúrbio parece ser causado por depósitos de resíduos de cálcio em um dos canais semicirculares no ouvido interno (locais que detectam a postura). Esse tipo de vertigem pode ser assustador, mas é inofensivo e , geralmente, desaparece por si em semanas ou meses. O médico pode ensinar ao paciente manobras que dissolverão gradualmente os resíduos no canal semicircular posterior, provendo alívio sem o uso de medicamentos. O indivíduo não apresenta perda auditiva ou zumbido no ouvido.

Causas comuns

Condição ambiental

Medicamentos

 

Problemas circulatórios

  • Ataque isquêmico transitório (distúrbios temporários da função cerebral causados pelo suprimento sangüíneo insuficiente a regiões do cérebro durante breves períodos), afetando as artérias vertebrais e basilares

 

Anormalidades do ouvido

  • Depósitos de cálcio num dos canais semicirculares no ouvido interno (que causa vertigem postural paroxística benigna)

 

Outras causas

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