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3.21.2012

Distúrbios do sono elevam risco de hipertensão


Pessoas com distúrbios do sono ficam mais propensas a sofrer com alterações da pressão arterial.
Após um dia exaustivo, nada melhor do que uma boa noite de sono para recuperar as energias. Quando o corpo não consegue descansar durante a noite ou mal chega ao estágio do sono profundo é hora de procurar um especialista. “O sono é imprescindível para a saúde de todas as pessoas, não importa a idade. O ronco é o primeiro sinal que indica a presença de distúrbios do sono. Apesar de ser considerado normal por muitos indivíduos, o ronco é o sintoma mais conhecido e evidenciador das doenças do sono”, destaca Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista facial da Köhler Ortofacial.
Os distúrbios do sono aumentam o risco do surgimento de várias doenças, como a obesidade, problemas cardiovasculares, dificuldades de concentração e fadiga crônica. Sem contar que no caso da apnéia obstrutiva do sono, distúrbio caracterizado pela interrupção da respiração durante o sono, ocorre uma redução na oxigenação do cérebro. “A apnéia pode levar o indivíduo à morte se não for tratada a tempo. Depressão, ansiedade e impotência sexual são outros sintomas que o paciente pode apresentar”, observa Gerson, que atua de maneira interdisciplinar em casos de distúrbios do sono.
Sudorese excessiva durante a noite, dores de cabeça pela manhã, redução da libido, problemas de memória e sonolência diurna também são causados pela apnéia. A fragmentação do sono impede a sua progressão para as fases mais profundas, que garantem o descanso e o desenvolvimento do corpo. “A respiração cessa por alguns segundos e a cada hora de sono ocorrem pelo menos cinco episódios de apnéia. Em algumas situações a entrada do ar não é interrompida completamente, mas seu fluxo é reduzido de 30% a 50%. É o que chamamos de hipopnéia”, esclarece.

Pessoas com apnéia podem ter pressão alta
Um estudo britânico, da Universidade de Birmingham e que foi publicado na revista Hypertension, da American Heart Association, aponta que os apnéicos sofrem alterações funcionais nos vasos sanguíneos semelhantes as que ocorrem nos hipertensos. Os pesquisadores estimam que 40% das pessoas com pressão alta apresentam apnéia obstrutiva do sono. “Devido à interrupção da respiração o organismo libera adrenalina, como uma reação de defesa, e os vasos são contraídos. Como o sangue precisa continuar circulando, mesmo em vias estreitas, a pressão aumenta”, explica.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão afirma que é comum quem sofre com apnéia ter hipertensão e a situação contrária também acontece com frequência. Gerson alerta que nenhum dos dois problemas devem ser ignorados. “Os pacientes com apnéia devem fazer um acompanhamento da pressão arterial e se necessário usar os medicamentos prescritos pelo médico, pois há o risco das artérias endurecerem, assim como no caso dos hipertensos. O endurecimento dos vasos sanguíneos favorece as doenças cardiovasculares”, observa o especialista.
As patologias que prejudicam a qualidade e quantidade de sono podem ser agravadas com a obesidade, o crescimento exagerado das amígdalas e da adenoide e a estrutura dos ossos da face. Pessoas com queixo e mandibula pequenos são mais propensos a desenvolver distúrbios do sono. “A polissonografia é um exame usado no diangóstico. Ele testa vários parâmetros do corpo durante o sono, como os batimentos cardíacos, os potenciais elétricos da atividade cerebral, a saturação de oxigênio no sangue e o esforço respiratório”, aponta Juarez Köhler, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial da Köhler Ortofacial.
Os distúrbios do sono não surgem de forma súbita, eles se instalam aos poucos e se intensificam com o passar do tempo. Juarez ressalta que além do diagnóstico correto é fundamental que o tratamento seja adequado e realizado em parceria com especialistas de várias áreas da saúde. “A Odontologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono, associada à Medicina do Sono, trouxe muitos avanços na identificação dos distúrbios e também no tratamento, como o uso de aparelhos intrabucais durante a noite que redimensionam as condições - na orofaringe - para a passagem do fluxo de ar em direção aos pulmões”, acrescenta.
Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)

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