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3.03.2012

Fertilização “in vitro”: chance de sucesso chega a 60%

Programe a gravidez



A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial, (in vitro), de um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, ao redor de cada ovócito II, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos, posteriormente, para a cavidade uterina.

Procedimento

Para a execução desta técnica exige-se uma prévia estimulação ovárica (ovariana) através de medicamentos adequados (gonadotrofinas) e acompanhamento médico regular (exames de ultra-som transvaginal e dosagens hormonais seriados), de forma a controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos ovócitos. Cerca de 34 - 36 horas antes dessa coleta (ou captação) é administrada uma injeção de gonadotrofina coriónica (um tipo de hormônio produzido pela placenta) que provoca a maturação oocitária, vindo a permitir a sua captação por aspiração através de uma agulha especial. Essa captação é realizada com a ajuda do ultra-som transvaginal, que auxilia o médico a guiar a agulha em direção aos folículos ovarianos (pequenas bolhas de líquido situadas dentro de cada ovário e que contêm os ovócitos) durante o procedimento. Os ovócitos assim obtidos são encaminhados ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde serão classificados e ambientados em um meio de cultura especial, sob condições de temperatura e pressão constantes (estufas especiais). Depois de 2 a 4 horas de ambientação numa estufa especial, os oócitos estarão prontos para a fertilização.
Quanto aos espermatozóides, estes são obtidos após uma coleta de por masturbação assistida, sendo normalmente sujeitos a um tratamento prévio, em meio de cultura especial, para que sejam escolhidos os melhores em termos de motilidade e forma. Destes são seleccionados cerca de 50 a 100 mil, com mobilidade progressiva rápida, para serem colocados ao redor de cada oócito. Quando há problemas graves com a quantidade ou qualidade dos espermatozóides, e o número é insuficiente para a fertilização in vitro convencial, considera-se a alternativa da realização de uma microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides.
Após cerca de 16-18 horas os oócitos são observados para identificar o estado de fecundação e eventual progressão até pré-embriões de alguns deles. Já sabemos que após a fecundação (fertilização) forma-se o zigoto. A partir desse momento inicia-se a divisão celular para a formação do que denominamos pré-embrião. Assim, 24 horas (1 dia) depois da fertilização teremos pré-embriões com 2 células, após 48 horas (2 dias) teremos 4 células, após 72 horas (3 dias) teremos 8 células e assim por diante, numa divisão celular (clivagem) em progressão geométrica. A transferência desses pré-embriões para a cavidade uterina é então efetuada através de um fino tubo de plástico especial (catéter), após 2 a 5 dias da coleta dos oócitos. Normalmente transferimos 2 a 3 pré-embriões para a cavidade uterina. Entretanto, esse fato depende da idade da mulher e da qualidade dos pré-embriões. Assim, cerca de 10 a 12 dias após a transferência, fazemos o exame de sangue (dosagem de beta-hCG) na mulher, para identificarmos se a gravidez está presente.
Com a chegada da revolucionaria fertilização in vitro dos anos 80, a inseminação artificial foi abandonada e considerada ultrapassada, sendo retomada apenas recentemente. Tambem podemos ver a inseminaçao artificial que no wikipedia nao tem os 5 tipos basicos, pesquise no google

A maternidade é, ainda, o grande sonho da maioria das mulheres. Algumas são radicais no assunto e acreditam que o ato de dar à luz pode ser a maior realização de suas vidas. Mas, este sonho pode encontrar certos obstáculos quando a mulher ou o homem possuem uma baixa fertilidade. Esta dificuldade pode estar relacionada a problemas genéticos ou a maus hábitos como o fumo ou a ingestão de bebidas alcoólicas. Com a finalidade de ajudar este grupo tão delicado, existe a fertilização “in vitro”, popularmente conhecida como “bebê de proveta”.
Nesta prática, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide ocorre em laboratório e os embriões resultantes desta fertilização são transferidos para o útero aproximadamente 72 horas após a captação de óvulos. A fertilização é indicada para mulheres que sofreram com lesão das tubas uterinas, por consequência de infecção pélvica, ou em casos em que ocorre a gravidez nas trompas. Uma laqueadura sem chance de reversão também é outra situação especial em que é aconselhável a fertilização “in vitro”. De acordo com especialistas, em mulheres com menos de 35 anos a chance de se obter sucesso é de 60%.
Ainda segundo especialistas, as causas da baixa fertilidade no sexo masculino assemelham-se as das mulheres que não conseguem gerar um bebê, como distúrbios genéticos ou hábitos que prejudiquem a produção e a qualidade do esperma do homem. Segundo especialistas, nestes casos, a opção para o casal que se enquadra nesta situação é, sim, a fertilização “in vitro”.
Nos últimos cinco anos a procura pela realização de fertilização “in vitro” (FIV) aumentou em cerca de 35% nas grandes cidades brasileiras. De acordo com Lister de Lima Salgueiro, responsável pela Medicina Reprodutiva da Criogênesis, banco de células-tronco de sangue de cordão umbilical, localizado em São Paulo, o aumento na procura pela fertilização “in vitro” (FIV) está muito ligado às técnicas disponíveis.
“O aumento na procura pela fertilização “in vitro” (FIV) está ligado ao sucesso que vem sendo consolidado nessa área. E os bons índices de sucesso na fertilização “in vitro” vêm sendo conquistados graças a novas técnicas, como a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI), que revolucionou o procedimento, e também com a evolução nos meios de cultura - que permitem melhores condições de crescimento do embrião com qualidade -, tipos de cateter para a implantação do embrião no útero, além de conhecimentos técnicos na área de genética e imunologia”, explicou.
De acordo com especialistas, o aumento da demanda vem ocorrendo por vários motivos, com destaque para melhores alternativas de pagamento do tratamento e para o aumento das taxas de sucesso, que nas clínicas mais diferenciadas podem alcançar os 60%.
Segundo Lister Salgueiro, alguns números indicam esse provável crescimento da fertilização. São eles:
• 1 em cada 5 casais é infértil (de 8 a 10 milhões no Brasil), sendo que destes 50% são candidatos a FIV;
• Os serviços públicos – totalmente ou parcialmente gratuitos – têm filas de espera que podem chegar a quatro anos;
• No Brasil, com uma população de mais de 190 milhões de habitantes, são feitos apenas 15 mil ciclos por ano, enquanto que em países como Israel (com 25 milhões de habitantes) são feitos 250 mil ciclos por ano;
• No Brasil existem apenas 174 clínicas de medicina reprodutiva, sendo que 50 delas estão no Estado de São Paulo e cerca de 30 na cidade de São Paulo;
• Os preços do tratamento por ciclo estão mais acessíveis, em média, de R$ 10 a 15 mil.
Primeiro bebê de proveta
O primeiro caso bem sucedido da fertilização “in vitro” ocorreu em 1978, na Inglaterra. Louise Brown tem uma vida normal, é casada e tem um filho de 5 anos.
Sua Dieta
Fertilização in vitro a custo baixo
É possível recorrer à técnica de reprodução assistida sem gastar muito dinheiro. Veja alguns hospitais e centros médicos que oferecem descontos e até tratamentos gratuitos
Por Gabriela Agustini
Não conseguir engravidar gera uma frustração ainda maior quando se descobrem os preços dos tratamentos nos centros de fertilização. Os valores variam de acordo com o tipo de procedimento e o problema enfrentado pelo casal. “Uma fertilização in vitro, por exemplo, não sai numa clínica particular por menos de 10 mil reais a tentativa”, conta Gilberto Freitas, responsável pelo Setor de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

O hospital oferece desde 1990 um serviço gratuito, pelo SUS, para casais inférteis do Brasil inteiro. Mas é preciso paciência, pois a fila de espera chega a ser de três anos. Tempo suficiente para muitos casais resolverem suas dificuldades sem a ajuda da tecnologia. “A taxa de gravidez na fila é de 19%”, revela Freitas.

Nem sempre é preciso esperar tanto para fazer um tratamento. Outras instituições no país oferecem descontos e preços acessíveis. Mas atenção: na hora de fazer o cadastro nesse tipo de programa, não se esqueça de incluir no cálculo os gastos com medicamentos e exames. No geral, testes mais específicos e remédios não são subsidiados pelo sistema público de saúde. Para estimar o valor total do orçamento, peça ajuda ao médico.

Confira os locais que oferecem tratamentos de reprodução humana gratuitos ou a preços acessíveis:


São Paulo


Hospital Pérola Byington
Gratuito
Como funciona: o tratamento é gratuito. Os interessados devem agendar uma consulta no hospital público de São Paulo. Para isso, basta ligar na terceira quarta-feira de cada mês a partir das 8 horas, para os seguintes números: (11) 3112-1210 ou (11) 3104-2785. Entre 40 e 50 pacientes são atendidas mensalmente. Após os exames e a visita ao médico, é necessário aguardar o tratamento numa fila de espera de até três anos. O critério de seleção é a ordem de chegada – não há análise socioeconômica. O programa já tem medicamentos incluídos e é válido para pessoas de qualquer parte do país.


Endereço: rua Santo Antônio, 630
Informações: hospitalperola@ig.com.br
Telefones: (11) 3248-8000 (PABX do hospital)


Hospital São Paulo
Desconto de até 60%
Como funciona: há desconto de até 60% no tratamento. No primeiro dia útil do mês, os interessados de todo o país podem ligar na Central de Reprodução Humana, no número 0800-7723322, das 10 às 17h30. São aceitos novos pacientes até completar o número de vagas mensais, que varia de 50 a 100, dependendo da disponibilidade do hospital no período. Quem conseguir um lugar assistirá à palestra sobre a reprodução humana, marcada para o primeiro sábado do mês seguinte. Depois do encontro explicativo, os casais passam pelos exames e pela consulta médica e partem para o tratamento com profissionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Não há fila de espera nem análise de renda. A fertilização in vitro custa de R$ 6 mil a R$ 7 mil, e a inseminação, R$ 2 mil, incluindo as medicações.


Projeto Beta
Descontos de até 40%
Como funciona: nessa iniciativa, localizada na capital paulista e fundada por especialistas da área e professores universitários, é oferecido um desconto de até 40% no tratamento. A primeira consulta custa R$ 170 e deve ser agendada pelo número (11) 3826-7017, de segunda à sexta das 8 às 17h30. O médico faz os exames básicos de fertilidade e marca o retorno dos pacientes. Ao voltar à clínica, o casal é entrevistado por um assistente social, que analisará a situação financeira e estipulará a porcentagem de desconto concedida. Há abatimento também nos medicamentos. No número telefônico, pode-se ainda reservar vaga para a palestra gratuita sobre técnicas de reprodução assistida, que o Projeto promove uma vez ao mês. Sempre aos sábados, a partir das 9 horas, o encontro esclarece as principais dúvidas dos participantes sobre o assunto.


Santo André


Faculdade de Medicina do ABC
Descontos de até 70%
Como funciona: há descontos de até 70% no tratamento. Professores e médicos residentes do hospital universitário atendem cerca de 100 mulheres por mês. O agendamento da consulta, gratuita, é feito no número (11) 4993-5401, de segunda à sexta das 8 às 17 horas. Estima-se em dez dias o tempo de espera para a primeira visita ao médico, que inclui uma palestra sobre a reprodução humana. Depois dos exames, não é necessário aguardar em uma fila para fazer o procedimento recomendado. O custo estimado da fertilização in vitro é de R$ 4 mil a R$ 5 mil e a inseminação sai por R$ 600, incluindo as medicações. Não há a análise de renda. Os exames podem ser feitos pelo SUS ou pelo convênio médico e o programa atende casais de todo o país.


Ribeirão Preto


Hospital das Clínicas
Gratuito
Como funciona: o tratamento é gratuito e o serviço é exclusivo para pacientes do interior paulista. Os interessados devem ir a um posto de saúde em sua cidade, que encaminhará o pedido para a divisão regional até chegar ao hospital. Não há a análise socioeconômica e a fila de espera é de cerca de um ano. Os tratamentos são realizados pelos professores e médicos residentes da instituição universitária. Os custos com medicamentos variam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil e devem ser pagos pelo casal.


Rio de Janeiro


Projeto Vida
Gratuito
Como funciona: há tratamentos gratuitos e com desconto de 50%, mas apenas casais com renda até R$ 2,3 mil podem se inscrever no site da clínica carioca Pró Nascer Pró Nascer para uma palestra sobre a reprodução humana, que acontece a cada dois meses. No encontro, com 90 casais, são sorteados dez tratamentos gratuitos, a serem realizados pelos profissionais da instituição, para pessoas com renda até R$ 1,2 mil e dez descontos de 50% para quem ganha entre R$ 1,2 mil e R$ 2,3 mil. Nesse caso, a tentativa da fertilização in vitro sai por R$ 3.960, parcelados em duas vezes. Os medicamentos não estão incluídos no valor.


Todo o país


Programa Acesso
Desconto de 50%
Como funciona: para participar, é necessário que a renda do casal não ultrapasse R$ 3.850. Não existe seleção, fila de espera e vagas delimitadas, mas é preciso comprovar os rendimentos e preencher um questionário disponível nas 72 clínicas conveniadas em todo o país. Para saber se existe alguma na sua cidade, basta acessar osite ou ligar no número 0800-113321. O programa foi criado pela Vidalink, uma empresa de gestão de benefícios de medicamentos, e tem o patrocínio do laboratório Merck Serono. O desconto é apenas para a fertilização in vitro, que custa entre R$ 9 mil e R$ 11 mil, incluindo os medicamentos. A primeira consulta, na qual o casal retira o formulário, é paga e varia de R$ 100 a R$ 280. Além do desconto, o programa permite o parcelamento no cartão de crédito em até 12 vezes.

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