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3.09.2012

INFARTO

GEL PODE AJUDAR VÍTIMAS DE INFARTO

Gel pode ajudar vítimas de infarto
A nova descoberta pode ajudar na recuperação do tecido do músculo cardíaco. Saiba mais!


 Infarto é a principal causa de mortes em todo mundo. No Brasil, a doença está entre os principais responsáveis pelo óbito de homens e mulheres. Nas últimas décadas, a ciência tem procurado por novos métodos que beneficiem as vítimas. Recentemente, cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, criaram um hidrogel injetável para tratamento e recuperação do tecido do músculo cardíaco após um infarto. Em animais, o gel apresentou bons resultados.
Para o coordenador de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Antonio Carlos Campos de Carvalho, a grande novidade no trabalho da equipe norte-americana é a possibilidade de injetar o gel por cateterismo.
“O hidrogel fica em estado líquido a temperaturas mais baixas do que a do corpo e se transforma em gel após aquecer a 36 graus, o que facilita a inserção por cateterismo. O método é minimamente invasivo e não necessita de cirurgia ou anestesia geral. Ele é feito a partir da matriz extracelular do próprio coração, ou seja, não há células, o que exclui o problema de rejeição”, explicou Carvalho.
O estudo realizado na universidade norte-americana foi realizado em suínos com lesão cardíaca, e o gel proporcionou uma melhora na função do órgão. Para os especialistas, isto indica que talvez ele possa ser útil em humanos, já que o coração dos porcos é semelhante em tamanho ao do homem. Em experimentos com ratos, o gel não foi rejeitado pelo organismo e não causou arritmia.
“Uma possibilidade é que o gel atraia células-tronco residentes no próprio coração e as leve a proliferar e diferenciar em novo músculo, melhorando assim a função cardíaca. No entanto, é importante ressaltar que o hidrogel ainda é um estudo em animais, portanto, será necessário verificar sua segurança e eficácia em estudos clínicos com pacientes, antes que se possa pensar em uso médico”,

Gel pode recuperar tecido cardíaco danificado por infarto

Material pode ser injetado no corpo humano por um cateter

Hidrogel O tecido conjuntivo em pedaços passa por uma limpeza profunda dentro de um béquer para remover suas células. No final de todo o processo, obtém-se um gel poroso e semissólido (UC San Diego Jacobs School of Engineering)
Cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, desenvolveram um hidrogel injetável que promete ser uma forma eficaz de tratar danos no tecido do músculo do coração causados por infarto. Segundo Karen Christman, líder da pesquisa, publicada no Journal of the American College of Cardiology, a estimativa é de que ocorram 750 mil ataques cardíacos a cada ano só nos Estados Unidos. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, são 320 mil mortes por problemas cardiovasculares por ano.

Saiba mais

TECIDO CONJUNTIVO
As células do tecido conjuntivo têm como função servir de suporte e manter unida a estrutura corporal. Presente na maioria dos órgãos, como o coração, o tecido conjuntivo forma grande parte dos músculos, tendões, ossos, cartilagens e da pele. Também é conhecido como tecido conectivo, por preencher os espaços intercelulares do corpo e ligar órgãos e tecidos diversos.
O gel é produzido a partir de tecido conjuntivo cardíaco retirado de células musculares do coração por meio de um processo de limpeza. Então é liofizado (passa por um processo de secagem feito a baixa temperatura), moído até virar pó e liquefeito até se tornar um fluido que pode ser facilmente injetado no coração. Quando atinge a temperatura do corpo, ele se torna um gel semi-sólido e poroso, que leva as células a reocupar as áreas danificadas do tecido cardíaco.
Segundo o Dr. Luis Gowdak, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e cardiologista do InCor, o infarto ocorre a partir de uma súbita privação de oxigênio no tecido cardíaco. Se o fluxo de oxigênio não for rapidamente restabelecido, as células de parte ou de todo o coração morrem. Se o paciente sobreviver, as sequelas do ataque serão uma cicatriz e a diminuição da capacidade de contração do órgão, gerando insuficiência cardíaca.
"O objetivo do hidrogel, nesse caso, é regenerar a cicatriz e as células mortas, melhorando assim a capacidade de contração do músculo cardíaco", explica Gowdak. "A substância criada pelos pesquisadores norte-americanos faz parte do que se chama hoje em dia de medicina regenerativa, assim como a utilização de células tronco na regeneração de outros órgãos do corpo".
A pesquisa mostra que o hidrogel pode ser injetado no corpo humano por meio de um cateter, método pouco invasivo que dispensa cirurgia ou anestesia geral. O teste, que usou tecido do coração de porcos, foi aplicado em ratos e não causou nenhuma rejeição do organismo ou arritmias cardíacas nos animais. Segundo Christman, isso acontece porque a equipe removeu todas as células que poderiam ser rejeitadas pelo corpo.

COLESTEROL: UM INIMIGO SILENCIOSO

Colesterol: Um inimigo silencioso
É crescente o número de pessoas que sofrem com o aumento da taxa de colesterol. Saiba mais sobre este problema!

Certamente, ou você sofre ou conhece alguém que sofra para manter em um bom nível a sua taxa de colesterol. Este inimigo silencioso está se tornando cada vez mais comum e já atinge pessoas de diferentes idades em todo o mundo. O maior problema é que este descontrole pode levar a outras doenças, muito mais sérias e perigosas.
"O colesterol elevado é a principal causa de doenças cardiovasculares que, por sua vez, lideram o ranking de mortalidade no Brasil e no mundo. Como exemplo, podemos destacar o acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame", explica o cardiologista Renault Ribeiro Júnior.
Ao lado da hipertensão arterial, o colesterol alto é um perigoso fator de risco. Sem sintomas, o primeiro sinal de que o nível está elevado muito vezes é o infarto. "É preciso saber que o aumento das taxas de colesterol está ligado ao estilo de vida, especialmente o observado nos centros urbanos. Indivíduos sedentários, obesos, tabagistas e aqueles que não adotam uma alimentação balanceada estão na linha de risco. Cabe destacar que há também doenças que ocasionam a elevação, como diabetes, alcoolismo, problemas renais e da tireóide", explica o cardiologista.
Engana-se quem vê o colesterol apenas como vilão. Na verdade, trata-se de uma gordura muito importante para o funcionamento do organismo. Há dois tipos de colesterol: o LDL, chamado de colesterol ruim - responsável pela formação de placas que com o tempo obstruem as artérias, e o HDL- que protege o organismo. Para evitar surpresas desagradáveis, a melhor saída é fazer exames de sangue regularmente.
E como a prevenção é sempre a melhor opção, o médico dá as dicas para quem quer manter o seu colesterol no nível adequado: "De uma forma simples, é preciso evitar o consumo exagerado de ovos, carnes e leites gordurosos, além dos alimentos industrializados com grande quantidade de gordura trans",

O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:
  • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
  • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.

Tipos

Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.
A associação dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density, ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa densidade).
Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.

Fatores de risco

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta.
A dieta rica em colesterol inclui grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o problema do colesterol elevado.
A gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal. A carne vermelha, mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.
As gorduras insaturadas estão presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal. Elas são essenciais ao organismo, mas o corpo humano não tem condição de produzi-las. É por isso que é necessário consumi-las na alimentação. A substituição de gorduras saturadas por insaturadas na dieta pode auxiliar a reduzir o colesterol no sangue. Quando quiser preparar um pão mais saboroso, prefira margarina light ou diet à manteiga.

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