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3.28.2012

Menina de 10 anos usa sua câmera de videogame para flagrar pedófilo


Deveria ser assim. Quando informamos direito nossos filhos e nossas filhas sobre os riscos que os rondam, podemos contribuir para que histórias escabrosas tenham um “final feliz”. John Fisher (foto), 46 anos, foi preso depois que uma garota de 10 anos mostrou à polícia a foto que ela mesma tirou dele a acariciando.
Para a polícia, a foto é uma prova indiscutível de pedofilia. Fisher foi preso por três anos e meio ontem, após julgamento no tribunal de Ipswich, na Inglaterra. A história foi publicada hoje no dailymail.co.uk.
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Acho tudo isso um exemplo. Não só a esperteza da menina, o raciocínio rápido, a coragem e a habilidade de uma legítima representante dessa nova geração multimídia. Também a ação da polícia inglesa. É um exemplo de como usar a própria rede e acessórios tecnológicos para desmascarar pedófilos e pervertidos – uma praga insidiosa tanto na vida real quanto virtual. Esses doentes do corpo e da mente estão à solta e podem causar sérios traumas a crianças e adolescentes. Quantos casos não acabam em morte?
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A primeira vez em que a menina foi abusada por Fisher, ela tinha nove anos. Contou à sua mãe (outra atitude importante e decisiva, porque muitas crianças, sem diálogo aberto em casa, se sentem envergonhadas e escondem isso dos pais). Nada foi feito contra o homem porque não havia prova.
Mas o pedófilo resolveu atacá-la novamente com carícias sexuais um ano depois, quando a menina tinha 10 anos. Inteligente, ela pegou seu aparelho de videogame Nintendo DS e usou a câmera para registrar o ato. Diante da evidência, Fisher foi detido e confessou ter abusado dela em janeiro de 2010 e em novembro do ano passado.
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Nos próximos 10 anos, Fisher foi proibido pelo juiz de ter qualquer contato com crianças e adolescentes de menos de 16 anos.
“Ela teve coragem suficiente para vir a nós e relatar o incidente, dando todos os detalhes, com muita precisão”, disse ao Mail Annabelle Bunn, a oficial encarregada do caso, na polícia de Suffolk. “Embora Fisher no início tenha negado o abuso, ao ser confrontado com a imagem não teve outra opção a não ser confessar tudo que a menina havia denunciado”.
Não foi divulgado o grau de relacionamento ou parentesco entre Fisher e a menina.
Mas fica o alerta. Naturalmente, não é qualquer menina com essa idade que tem presença de espírito e coragem para reagir com sabedoria e frieza. Mas, se os pais ajudarem, nossas crianças podem ser menos ingênuas e vulneráveis, e mais preparadas para lidar com situações perigosas. Nessas horas, usa-se a tecnologia contra o agressor – e não vice-versa.
Os meninos e meninas de hoje são tão habilidosos nas novas mídias que podem sim se proteger, caso os pais os ajudem a não entrar em pânico e a fazer uso de sua competência.
Existe esse tipo de diálogo transparente e aberto em sua casa?
Época

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